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Bakugo não era idiota.
Ele sabia que Lazúli sentia algo por ele, mesmo que fosse apenas um sentimento novo, ele ainda existia, e sabia que não era somente amizade, dava para notar um pouco, principalmente pela forma que ela às vezes sorria ou olhava para ele, e é claro, Bakugo sabia disso porque leu aquelas mensagens.
Claro que a garota não assumiu em nenhuma delas que já sentia algo real por ele, mas sim que poderia acontecer e foi isso que o loiro tentou fazer nas últimas semanas. Era justamente sobre esse assunto que Bakugo estava pensando enquanto caminhava calmamente até a floricultura. O beijo que ele 'roubou' dela ontem pareceu uma ideia incrível no momento, mas quando estava na metade do caminho para casa, ele começou a pensar, e pensar demais, às vezes, era uma grande porcaria.
E se por acaso ele tivesse se precipitado? Era uma possibilidade, poderia ter acuado Lazúli e isso seria uma merda do caralho, e não ajudaria em nada quando ela descobrisse que os dois já se conhecem a mais tempo do que ela imagina. Porque obviamente Bakugo sabia que não poderia arrastar aquela história por mais tempo, era isso ou arriscar que ela descobrisse tudo de um jeito não tão legal.
De qualquer forma, não tinha mais o que pensar sobre o assunto, ele já tinha a beijado e não dava para desfazer, só torcia para que isso não fosse um problema.
Aos poucos, Bakugo viu a fachada verde musgo da floricultura e começou a sentir aquela costumeira ansiedade que se acumulava em seu estômago sempre que estava na iminência de encontrar Lazúli. Ele extinguiu os poucos metros que ainda restavam e, como sempre, o sino da porta soou quando ele entrou no estabelecimento.
- A velha pediu rosas vermelhas hoje. - ele anunciou assim que viu o topo da cabeça dela atrás do balcão. - Parece que ela viu um filme de merda e quis fazer igual.
Bakugo revirou os olhos ao lembrar das recomendações de Mitsuki antes de sair de casa. Geralmente, ela deixava para Bakugo a responsabilidade de escolher, o que automaticamente significava que Bakugo só pedia para que Lazúli montasse o arranjo do jeito que achasse melhor.
Normalmente, ela responderia com uma piada ou só abriria um sorriso e falaria algo como "Boa tarde para você também", mas ao contrário disso, levou um tempo até que ela reparasse a sua chegada.
- Ah, oi, eu não te vi. - ela murmurou parecendo surpresa e... estranha pra caralho.
Lazúli largou o celular em cima do balcão, ela parecia estar lendo uma conversa ou qualquer merda parecida, mas não dava para ter certeza pois o aparelho foi bloqueado.
Ela não olhou para ele, melhor, estava evitando olhar na direção dele. Lazúli estava visivelmente tensa e esquisita, o que não era nada normal, levando em consideração o que sabia sobre ela.