Prólogo

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   Presa em uma masmorra Penélope Eckat esperava, como tantas vezes já fizera, sua execução. Avia sido acusada de tentar envenenar Yvonny Eckat, sua irmã que na verdade estava sendo possuída por Leila um demônio e uma falsa deusa, em sua festa de noivado com o príncipe herdeiro de Eorka Callisto Regulos.

   Claro que não avia feito isso, tudo foi mais um plano de Leila para incriminá-la.

¿Como todos podiam ser tão burros para não perceberem a falsidade em seus sorrisos?

¿Como todos poderiam ser tão cegos para não verem seu olhar de satisfação para com o sofrimento alheio?

!¿Como todos poderiam ser tão surdos para não escutarem sua risada de diversão tenebrosa em cada uma das execuções?!

   Penélope não sabia, talvez todos fossem burros mesmo ou somente ignoravam isso é descontavam suas frustrações nela, bastardos.

   Ainda sim a mesma se encontrava levimente aliviada, preferia mil vezes esta sendo aprisionada e torturada na masmorra do palácio de Callisto a esta na de Derrick ou Iklies novamente. Pelo menos ali não era violada.

   Sua morte estava perto, mas Penélope não se importava, já avia morrido tantas vezes desta mesma forma que não era mais capaz de entrar em pânico com a ideia da grande lâmina fria separando sua cabeça do resto de seu corpo.

  E quando a mesma achou que sua noite não poderia piorar o mundo fez questão de provar que em sua vida tudo poderia piorar. Yvonni possuída por Leila avia entrado na masmorra e agora se encontrava enfrente a sua sela com um sorriso inocente e um olhar perverso repleto de maldade e deboche.

Yvonny/ Leila- Nelly, como tem estado?- Penélope não a responde, seu corpo doia demais para tal e seu olhar repleto do mais profundo ódio já dava a Leila a reposta que desejava- Vim aqui para te informar que sua execução foi marcada para amanhã, queria ser eu a te entregar a notícia e ver a sua reação- Fala a última parte em completo deboche.

  Sempre era assim, sempre que sua execução era marcada Leila fazia questão de vir e a informa disso, adorava esfregar em sua cara mais uma vitória.

Yvonny/Leila- O gato comou sua liga foi?- Sua risada era desprezível- Não se cansa Nelly? Não se cansa de lutar por eles e a única coisa que receber entroca ser a morte?

   Se estava cansada? É claro que estava cansada! Estava casada do príncipe louco que sempre arancava sua cabeça. Estava cansada do Marques cuja a culpa a condenou ao sofrimento. Estava cansada do irmão cuja as desculpas não significavam mais nada. Estava cansada do irmão mais velho que a via com outros olhos e nutria desejos pecaminosos. Estava cansada do escravo cujo as juras de lealdade eram todoas as mais traiçoeiras mentiras. Estava cansada do Duke que a prometeu ser seu pai, mas que sempre firmava suas sentenças de execução.

Penélope- Não luto por eles, luto porque te odeio mais que tudo!- Sua voz estava emboida no mais puro ódio, tão puro quanto o que queimava em seus olhos.

Yvonny/Leila- Por que me odeia tanto Nelly?

   Como ela poderia ser tão descarada? Penelope riria se suas cordas vocais não parecesem que se romperiam na primeira palavra que pronunciasse, mesmo assim ela resolveu responder Leila.

Penélope- Como consegue ser tão descarada? Se irei morrer amanhã é por sua culpa, como quer que eu não te odeie?!- Ela acabou por se alterar, mas logo se arrependeu ao sentir o gosto metálico em sua boca.

Yvonny/Leila- Nelly, Nelly, Nelly não fui eu que firmei suas execuções, não fui eu que a prédi nessa masmorra e ordenei que te torturasem, não fui eu que te condenei a esses lupens infernais, não fui eu que proibi os empregados de te alimentarem, não fui eu que entrei em seu quarto e...bom, você sabe e não fui eu que te sequestrei e fiz todas aquelas coisas "horríveis" até que você morresse- Fala com seu tom acido enquanto fazia aspas com as mãos em deboche, deboche do seu sofrimento.

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