Minha Última Vida

012

O aniversário do Segundo Príncipe finalmente avia chegado.

Aquele dia avia começado cedo para Penélope, Emily e outras quatro empregadas mandadas pelo duque a acordaram logo sedo para começar a arruima-la, foram horas entre o preparo da mesma e a finalização com o vestido, penteado e maquiagem.

Foi somente no começo da noite que Penélope pode ver o resultado final de tanta preparação.

O vestido era lindo, diferente daquele que ela costumava usar em seus outros lupens. Em tons de verde e preto, ombros nus com alças caidas no começo dos braços e um leve decote em formato de coração. A parte superior do vestido era preta com detalhes em dourado e que conectava-se a saia do em uma decida que formava uma espécie de V, tanto nas costas quanto na frente. Já a saia do vestido, ela era de um verde levemente escuro e continha alguns desenhos bordados em sua parte superior, a barra do vestido cobria suas pernas por inteiro, não permitindo a visualização de seus saltos. O cabelo avia sido preso em um coque alto e sua maquiagem era pesada, valorizando sua beleza natural inegável.

Não demorou muito para que um servo viesse e a guiasse até onde a carruagem a estava esperando, junto a ela avia um Derrick impaciente que olhou raivosamente para Penélope quando a mesma Aproximou-se.

Ele estava pronto para reclamar lhe sobre a demora, as palavras venenosas na ponta de sua língua queimando para serem libertadas, mas isso não foi feito, as palavras em sua boca morreram assim que a figura bela e elegante de sua irmã adotiva surgiu em seu campo de visão.

Seus olhos brilharam, um brilho nada inocente e que não deveria ser direcionado para sua irmã menor de idade, mas que só Penélope parecia encherga. Era repugnante.

— Penélope.- Seu tom era frio.

— Jovem Mestre.‐ Respondeu com igual frieza.

A mão de Derrick estendeu-se em sua direção, uma proposta silenciosa de apoio na subida da carruagem que Penélope fez questão de dispensar, subindo em silêncio e permanecendo em uma distância segura de Derrick, que se estava irritado pela recusa de sua cortesia não demonstrou, sentando-se no lado oposto da carruagem.

A viagem até o palácio da rainha seguisse em silêncio, Penélope repassava mais algumas vezes seu plano de fuga em sua mente enquanto tratava de ignorar o fato desconfortável que era estar em um lugar sozinha com Derrick.
Felizmente a viagem do ducado até o dito castelo não era longa, e logo a carruagem parou.

Derrick foi o primeiro a decer e quando Penélope estava por fazer o mesmo a mão de seu irmão mais velho foi novamente estendida em sua direção, a repulsa foi imediata junto ao desgosto pois realmente precisaria de ajuda para descer da carruagem, mesmo assim ela não se moveu de imediato. Irritando-se com tal demora Derrick agarrou-lhe a mão e a puxou, fazendo com que Penélope tivesse que praticamente pular da carruagem para não ir de encontro com o chão.

— Escute-me bem. Não pense que esqueci o que aconteceu da última vez, se você fizer algo como aquilo saiba que garatirei que não saia do quarto pelo resto da sua vida.– Essas foram as únicas palavras que Derrick dirigiu a ela antes que suas entradas no grande salão fossem anunciadas.

Os olhares dos nobres forma imediatamente para os dois integrantes da família Eckat que faziam sua entrada, todos focando-se especialmente  na figura de Penélope Eckat. Desprezo, nojo, raiva, inveja, desejo, vários eram os sentimentos que aqueles olhares direcionavam para a jovem, todos ali queriam ver sua ruína.

Penélope não se deixou abalar, aqueles olhares não a afetavam, nenhum daquelas pessoas importavam e ela faria questão de não atender suas expectativas de cada uma delas.