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Penélope on

    Já fazia tanto tempo que eu não tinha una noite boa de sono, vê-la  me fez não querer acordar nunca mais, será que se eu me matar finalmente poderei me encontrar com ela novamente?

    Inconscientemente meus olhos acabaram parando na grande janela que avia ano quarto, eu sabia que se pulasse dali de cabeça não demoraria nem dez segundos para atingir o chão, a adrenalina provavelmente faria com que meu coração parece ou eu morreria quando meu crânio atingisse o solo, já avia feito aquilo algumas vezes então sabia como deveria pular para que aquilo se concretizasse

      Meus pensamentos suicidas foram interrompidos por batidas na porta. Solto um suspiro frustrado pela possibilidade de ter que ir compartilhar outra refeição com o duque e seus filhos.

— Pode entrar, a porta está aberta.

    Diferente do que pensei a pessoa que passou pela porta não foi Pennel mas sim Emily, a surpresa em meu rosto foi imediatamente disfarçada, passando despercebida pela empregada.

— Bom dia, minha senhorita- Ela fez uma reverencia, uma das primeiras nesse lupem.

    A analisei em silêncio sem responder sua saudação, aquela roupa consertesa não era a da última vez que a vi, era limpa e bem arrumada diferente da outra que com a qual ela deve ter passado todos aqueles dias na masmorra, seu rosto estava mais pálido do que o normal e ela também estava calmamente mais magra.

    Solto um suspiro ao ver que ela não iria se levantar sem uma ordem clara.

— Levante-se.

    Nossos olhos se encontraram, mas aquilo não durou nem dois segundos já que ela desviou o olhar para baixo, apesar de rápida aquela pequena troca de olhares foi o suficiente para que eu avaliasse seu rosto.

    Pele pálida, olheiras profundas e medo preenchiam suas feições, a masmorra consertesa não a avia feito bem.

    Ninguém poderia me julgar por querer rir de sua desgraça, verdade? Foram tantas traições, tantos maus tratos...ouve sim seus momentos bons, cheios de confiança e amizade sincera, mas a dor os avia reduzido a nada.

— Por que está aqui?- Pergunto, mesmo já tendo uma ideia do motivo.

— Hoje pela madrugada os guardas me acordaram, ele me disseram que o duque estava me chamando, sinceramente achei que iria morrer. Quando nos encontramos ele me disse que eu não seria punida, me disse que a senhorita o pediu que não me punice, para que eu voltasse ao trabalho- A mesma parou, respirou fundo, provavelmente para controlar sua voz que estava ficando cada vez mais trêmula, e continuou— Eu não sei como agradecer, se não fosse pela senhorita eu agora poderia está no olho da rua, ou pior ainda, morta. Senhorita eu sinto muito, eu me arrependo amargamente por tudo que fiz, eu fiz um monstro com a senhorita que não merecia nada daquilo. Eu sei que não mereço perdão mas senhorita  por favor me permita compensa-la pelos meus pecados, eu imploro- Seu corpo já estava no chão a algum tempo e lágrimas saíam de seus olhos castanhos.

    Alguns dejavus passaram pela minha mente naquele momento, memórias um pouco difusas devido ao qual velhas eram de algumas vezes em que Emily implorou dessa mesma forma, quando a ameacei com o garfo no lupen número 41, quando tentei fugir do ducado e ela quis vir junto no lupen número 29, quando ordenei que Callisto exterminasse a casa Eckat no lupen 54.

     Essas eram algumas das memórias que passavam em minha mente, apesar de que a maioria eu não sabia quando aconteceu, perdi a conta depois do lupen dois mil duzentos e sessenta e quatro.

     Acho que fiquei muito tempo imersa naquelas memórias pois assim que voltei a mim percebi Emily olhando para mim, seus olhos preenchidos pela ansiedade e confusão.

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