06- Uma morte calma

56 12 0
                                    

|Elijah Mikaelson|

Ligo mais uma vez para o número de Sofia em vão, ela não atende. Tento o celular de Niklaus e permaneço sem respostas. Vejo na tela do meu celular, vinte e quatro mensagens na caixa postal.

- Eu estou indo para Atlanta, dane-se o que essas bruxas vão fazer. Sabíamos que a Sofia não estava segura e ainda assim não fizemos nada! Agora, pelo menos eu vou fazer. - Damon entra, pegando alguns de seus pertences que estão espalhados pelo cômodo que temos dormido desde que Klaus se foi.

- Eu vou com você, e não podemos deixar a Hayley sozinha.

- Não me importa se ela ir, contando que não me atrapalhe a fazer o necessário para salvá-la -
-

- Damon, se acalma, eu vou! Se ela está em perigo eu sou o culpado e vou tirá-la disso. Mas, por favor, se acalme.

|Sofia Campbell|

- Não o machuque! - Esbravejo, Klaus já está ferido, muito ferido.

- Ah, minha querida, eu fui muito passivo até agora. Essa é sua última chance antes que coisas, muito, muito ruins mesmo comecem a acontecer.

Meus olhos estão cheios de lágrimas, meu rosto dói quando me mexo por conta do sangue e lágrimas secas que o toca.

- Por favor - imploro, olhando em seus olhos.

- Mande a garota entrar. Depois pode mandar o garoto. - Ele manda para alguém que se esconde por trás das paredes e não sei quem é.

Uma garota loira entra como se fosse um robô na sala. Está hipnotizada, ela é apenas uma criança, deve ter no máximo 12 anos.

- Pare! Pare Steve, por favor! Não coloque crianças nisso. - Tento me mover mas com as mãos e os pés amarrados é impossível.

Tentei vencê-lo com magia mas nada que faço funciona.

- Eu nem comecei ainda querida. Me fale, há quanto tempo não liga para a sua mãe ou irmão? Uma semana?

- O que fez com eles? Eu juro que se encostar um dedo na minha família eu mesma faço questão de te matar. - afirmo. Meu irmão entra, tão hipnotizado quanto a garota. - O que fez com ele? Me responda! - grito, sei que vampiros não podem hipnotizá-lo. Tenho medo de ser alguma magia negra.

- Só um feitiço, nada de mais. Te prometo. - ele afirma para mim, se ajoelha e fica na altura do meu irmão - Faça o que combinamos garoto.

- O que você está fazendo com ele? Me fala! - começo a gritar, minha voz dói.

- Quieta! Abra a sua boca para aceitar minha proposta ou não fale. - sua calmaria me faz odiar ainda mais a sua voz.

Meu irmão pega a garota pelo pescoço, Henry não merece isso.

Grito, sem pudor, minha voz sai da minha garganta com mais magia do que nunca, sem perceber eu uso minha voz para avisar uma morte eminente.

- Eu faço! - grito antes que a garota perdesse todo o ar, mas parece que não importa mais, Henry não para e Steve se quer ousa pedir. - Você não está me ouvindo? Eu disse que eu faço, deixa eles irem, por favor. - o meu por favor foi baixo, suplicante. Não sinto mais forças para lutar.

- Você vai fazer depois que ela morrer, sabe como são minhas regras. - Sim, eu sei. Se ele estiver no meio de alguma motivação não será interrompido. Ele pode não iniciar a próxima, mas jamais ser interrompido.

- Por favor...eu não me importo de fazer o que você quer, só não faça isso com meu irmão, por favor. Estou implorando.

- Um...segundo - ele diz, vendo a cena com admiração. - Impossível, ela já está morta. - diz com uma semblante triste, claramente falso.

- Não! - os olhos de Henry transbordam, ele não pode evitar, parar, mas ele estava lá o tempo todo. Ele não merece isso.

- Seu miserável, desgraçado - Klaus resmunga, a cada sílaba aumentando sua força. - Ele é uma criança! - Todos na sala paralisam ao ver meu irmão com os olhos brilhantes, brilham em vermelho, forte e denso. Ele é um lobisomem. Os olhos de Klaus se enchem de lágrimas.

- Aberração nojenta ! Fique quieto! - Klaus começa a gemer de dor, vejo o quanto seu sangue está sendo atacado, envenenado pelo meu progenitor. - Agora, querida, como você concordou, vamos conversar nossos termos.

Ele puxou uma cadeira, a mesma que ele se senta para observar Klaus sangrando e a mesma que ele folhea seus livros enquanto alguém grita nesse porão imundo.

A porta se abre, e pela primeira vez em semanas vejo um rosto diferente que não está aqui para morrer. A ruiva me olha com pena, eu poderia creditar se não fosse ela quem nos colocou aqui.

Chloe pega meu irmão, desacordado, do chão e o leva para fora, não sei mais nada daí por diante. Meu coração se aperta querendo saber o que acontece fora dessa caixa.

- Para meu plano começar, preciso de uma herege, depois, o sangue dela. Preciso que drene toda a minha magia enquanto estou com o sangue herege no meu organismo numa noite de lua crescente, e adivinha, amanhã é a primeira, estará linda, brilhando no céu.

- E você quer que eu me transforme? No que esse plano inteiro te ajuda? Me parece mais uma coisa de maníaco.

- Bem, querida...nem tudo que nós bruxo sabemos está em grimórios, eu vivi muito e sei muito. O seu sangue, o sangue da minha filha amada, transformada em herege, mais a lua crescente me salvará do destino cruel que me foi prometido. Mas eu, como sempre, dei meu jeito de escapar.

- Mas eu não serei uma herege. Também sou banshee, já sou uma híbrida.

- Sim, agora será uma híbrida de três partes, não é incrível? Jack, venha aqui.

O garoto, amigo de Chloe entra, parece apavorado.

- Alimente nossa convidada de honra, por favor. - o vampiro estremece ao ouvir o pedido educado vindo de Steve.

Ele morde o próprio pulso, me alimento do seu sangue quando seu braço é forçado contra a minha boca.

- Boa noite, filha querida - ao dizer isso escuto pela última vez, de longe um grito tão sofrido, o cheiro do sangue é sentido por mim enquanto a pele da minha garganta é rasgada com uma faca. Perco minha força e caio, meu corpo não é mais comandado por mim. Minha morte foi rápida, e menos dolorida do que o que veio a seguir.

Autenticidade no Amor - TVDU Onde histórias criam vida. Descubra agora