STRONG LIKE A SLYTHERIN

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Enquanto a noite ia se aproximando, já ouviam-se os rumores à todo instante.

É claro.

A elite de Hogwarts nunca fica ilesa de uma fofoca.

Minhas mãos tremiam enquanto nos aproximávamos da sala de Dumbledore.

Charlotte deve ter percebido quando passou um de seus braços atrás de minhas costas, abraçando-me.

Era uma surpresa tremenda que as 4 pessoas mais improváveis de Hogwarts estavam, agora, andando lado a lado, de forma como se escondessem um segredo absurdo entre si.

O jantar estava prestes a ser servido, e os corredores lotados de alunos famintos após todas as aulas cansativas da tarde.

Por Merlin, estou apenas pedindo mentalmente para que nem mesmo a sombra de Derrick passe perto de Blaise neste instante, pois não sei o que o garoto seria capaz de fazer.

Zabini está tão desorientando, no momento, que é possível ver que Malfoy é o que está, praticamente, conduzindo-o até o escritório do Dumbledore.

- Caralho, vocês sumiram! - Theo corre até nós, do outro lado do corredor, vendo, claramente, a cara de poucos amigos que estamos no momento.

- Agora não, Theo. - eu reviro os olhos, sendo recebida por um olhão de confusão do garoto.

- Putz, agora que eu percebi, né. Vocês dois voltaram? - os olhos de Nott brilham, enquanto Charlotte empurra-o da frente.

- Você vai me explicar isso depois! - ele grita para ela, rindo. O timing de Nott é péssimo e ele, sinceramente, não liga para isso.

Nós estamos quase chegando próximos à Torre do Diretor quando esbarramos, justamente, nele.

- Ora, ora. - ele fala com uma calma impressionamento, analisando-nos de cima a baixo.

- Dumbledore, nós temos um assunto sério pra tratar. - Malfoy é o primeiro a dizer.

- Pelo que me parece, é sim. - ele observa Zabini que não disse uma palavra sequer e mantém uma feição completamente inexpressiva em seu rosto. - Eu posso separar 5 minutos para vocês. O jantar está prestes a ser servido, então não podemos demorar.

- Acredite, diretor, isso vai levar mais do que 5 minutos. - Charlotte fala, enquanto Dumbledore abre a passagem pela gargalha, revelando sua imensa sala.

Eu quase nunca venho aqui, e sempre me sinto, estranhamente, acolhida pela quantidade de livros e molduras pendurados pela sala.

Mas é claro, a sala de Dumbledore ainda me deixa completamente ansiosa pois só tratamos de assuntos extremamente sério quando estamos aqui. E, na maioria das vezes, não é boa coisa.

A porta atrás de nós se fecha quando eu sou a última a sentar na cadeira acolchoada em frente à longa mesa de madeira.

Dumbledore ocupa o assento do outro lado, de frente para nós, e força sua visão sob o óculos.

- O que eu posso fazer por vocês?

- Diretor, eu... - Charlotte começa a dizer, mas logo para sua frase. Ela respira fundo. - Eu gostaria de fazer uma reclamação sobre um aluno.

- Reclamação? Reclamação é o caralho, Charlotte! - Blaise responde exaltado, atraindo exatamente a mesma feição em todos nós: choque.

- Senhor Zabini...

- Nós gostaríamos de DENUNCIAR um aluno ao ministério, e ao conselho bruxo. Por ASSÉDIO! - Blaise enfatiza cada palavra, completamente revoltado.

- Assédio? - Dumbledore alterna seu olhar entre Charlotte e eu, abismado.

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