31 de outubro, data também conhecida como "Halloween", um dia onde crianças saem fantasiadas para pedir doces pelas ruas de Haddonfield - Illinois. Era para ser apenas mais um Halloween comum para os habitantes da cidade, mas um incidente acontece.
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Neste exato momento, estava terminando de fazer alguns deveres de casa. O sol brilhava no céu e Kate me mostrava sua fantasia alegremente, era um vestido rosa rodado com uma varinha e uma coroa falsa. Suspirei fundo colocando meu lápis sobre minha escrivaninha, girei minha cadeira para o lado e encarei a menor.
Eu: Tem certeza que quer ir pegar doces? Sem o papai fica entediante... - resmunguei tentando arranjar uma desculpa para não sair de casa, a garota de 8 anos me encarou com os olhos arregalados, como se eu tivesse dito a pior coisa do mundo.
Kate: É uma noite especial! A tradição é pegar doces! - tentou explicar para mim se sentando ao lado de Luna em minha cama.
Eu: Pode ser a sua tradição - rebati os argumentos da criança —A minha é ficar em casa, tranquila, assistindo muitos filmes de terror! Só aceitei andar na rua para pegar doces...
Kate: Porque o papai disse que iria te dar dois livro em troca - revirou seus olhos e fez um biquinho com os lábios —Você não cansa de fazer negócios para cuidar de mim?
Eu: Sinceramente... Não!
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Posso afirmar com toda a certeza do mundo que não gostaria de estar aqui, mas a oferta do meu pai foi muito boa, e não deu para resistir na hora. Eu estava com um vestido preto, um suéter verde musgo aberto, coturnos e segurava uma pequena bolsa. Assobiava tranquilamente vendo minha irmã na porta de uma das casas com alguns coleguinhas da escola, não era tão ruim acompanhar ela, era solitário, mas me deixava com um tempo livre para refletir.
Ouvi um assovio do meu lado, era a mesma melodia que eu estava reproduzindo.
Um arrepio percorreu meu corpo, encolhi os ombros levemente. Poderia ser quem eu estava pensando? Quando olhei para o lado, vi uma pessoa com um macacão de mecânico e uma máscara branca, levei um leve susto colocando minha mão sobre meu peito.
O garoto riu por trás da máscara e logo a tirou, revelando seus cabelos loiros e olhos castanhos. Não é que era ele mesmo!
Michael: Me desculpe - parou de rir e me encarou sorrindo —Te vi parada e resolvi te dar um susto, só por bobeira, sabe? - acenei positivamente com a cabeça de maneira lenta, respirando fundo.
Eu: Está me perseguindo? - perguntei inclinando minha cabeça levemente para o lado, Michael me encarou confuso.
Michael: Claro que não! - negou o mesmo enquanto balançava sua cabeça em negação, confirmando sua fala —Por que eu iria fazer isso? É apenas um breve segundo encontro no dia, uma ironia do destino - explicou gesticulando com suas mão.
Nosso pequeno diálogo foi interrompido por um ser que deveria estar com seus amigos.
Kate: Quem é [apelido]? - perguntou analisando o loiro de cima a baixo com um olhar julgador em sua direção —Seu namorado escolheu uma boa fantasia, ele tem o espírito do Halloween! Ao contrário de certas pessoas - debochou da minha cara e começou a correr até seus amigos antes que pudéssemos falar qualquer coisa.
Ficamos em silêncio por dois segundos, assim que eu comecei a acompanhar minha irmã com passoa lentos. Michael deu uma leve corridinha e ficou ao meu lado.
Michael: Quem era a garota? - me perguntou curioso, revirei meus olhos levemente.
Eu: A peste da minha irmã - reclamei segurando na alça da minha bolsa —Ela me estressa muito, mesmo assim eu a amo... Sabe, amor e ódio andam lado a lado... - dei ombros pregando un chiclete de [escolha o sabor] e colocando em minha boca, estendi um na direção do garoto ao meu lado —Aceita?
Michael: Claro! Muito obrigado! - comecei a mastigar a goma sentindo seu gosto doce em minhas papilas gustativas —Humm. Isso é muito bom! Já é o meu favorito!
Eu: O meu também! - sorri em sua direção fazendo uma bolha, a mesma estoura após dois segundos —Gosto desse desde pequena!
Michael: Que interessante... - sorriu levemente em minha direção —Temos algumas coisas em comum pelo visto! - ri e eu acompanho sua risada leve encarando minha irmã.
[⏱️]
[Nome] estava jogada em sua cama encarando o teto acima de si mesma, soltou um pequeno suspiro se virando de lado. A lua estava no céu junto das estrelas, não havia nenhum sinal de nuvens ou tempo ruim. Já com uma roupa confortável, ela nem percebeu que estava caindo no sono.
Enquanto isso, do lado de fora, o garoto observava o chiclete em suas mãos. Conseguiu algumas informações úteis para ele, o sabor favorito de chiclete da garota de cabelos cacheados!
Myers deu uma risada sádica e encarou a lua tendo pensamentos impróprios, se lembrou do pequeno contato com a pele de sua amada quando pegou o chiclete, uma sensação estranha invadida seu peito.
Ele precisava de mais.
Ele precisava dela.
Ela era apenas dele.
Só dele e de mais ninguém.
Com pensamentos estranhos, ele caminhava entre as árvores de um lado para o outro de maneira ansiosa. A vontade de vê-la novamente começava a corroer o mesmo por dentro, Michael mordeu seu lábio inferior tentando amenizar todos os seus sentimentos, mas isso foi em vão.
Todas as memórias dos momentos dessa noite passavam e repassavam por sua mente perturbada, seu sorriso, seus olhos, seus óculos, seus lábios avermelhados enquanto ela mascava o chiclete, seu corpo... Tudo. Exatamente TUDO nela estava o enlouquecendo — não que ele já não fosse louco. Mas, o fato de que ele não poderia ver [Nome] nunca mais o assustava e não o deixava descansar.
Michael tinha que bolar mais planos, como se aproximar mais dela sem causar suspeitas e fugir da polícia, tudo ao mesmo tempo! Aquilo tudo estava o causando uma enorme dor de cabeça.
[⏱️]
Acordei no meio da noite com uma câimbra horrível na batata da perna, me levantei da minha cama rapidamente e senti minha pressão cair. Me estabilizei, conseguindo me apoiar contra a parede, e gemi de dor. Minha perna se contorcia, coloquei minha mão cerrada em frente a minha boca e mordi perto do dedão.
Que dor insuportável!
Normalmente, essas câimbras são comuns para mim, mas não com essa potência toda! Minha cabeça começou a latejar e eu peguei minha garrafa térmica em minha escrivaninha, caminhando mancando até lá.
Essa noite foi realmente bizarra... Mas, pensando positivamente, é a primeira vez que eu interagi com um garoto bonito e legal! Bom, pelo menos, ele me pareceu legal...
