31. Azul contra vermelho

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Pov Itachi

A assinatura de chakra dele havia se tornado familiar demais, era simples identificar, embora não quer dizer que não desse trabalho para seguir já que Deidara ainda era um fugitivo, então sua presença sempre era mantida em porções baixíssimas e o idiota tinha certeza que nossos encontros eram algum tipo de brincadeira de esconde-esconde, ele fazia questão de escolher um lugar mais aleatório cada vez. E eu nem julgaria se fosse questão só de serem lugares estranhos pois deveriam ser secretos então a obviedade não era recomendada, eu poderia entender becos e casas abandonadas, cavernas na floresta e coisas do tipo, porém entre tantos lugares que seria aceitável usar como esconderijo, casas grandes de vilas próximas onde haviam moradores, me forçando a prender quem quer que estivesse lá em genjutsus só para o seu divertimento me faziam questionar todas as escolhas que me fizeram acabar em situações como essas.

- Uau você foi rápido hoje. - Ele apareceu com aquele sorriso irritante dos fundos da casa quando eu já havia feito o serviço sujo.

- Seu pirralho. - Abri o botão de cima da capa. - Quantas vezes vou ter que avisar para você parar de arriscar tanto.

- Mas só tinham duas pessoas aqui. - Ele fez um bico com os lábios rosados. - E você sabe que ver o Sharingan em ação é um dos meus momentos favoritos. - Ele fez graça na frente de um dos senhores que estava sentado estático em volta da mesa de jantar. - Onde você o prendeu?

- Num sonho qualquer. - Cruzei os braços. - E se gosta tanto do Sharingan eu posso facilmente relembrá-lo da sensação.

- Ei! Não me ameace assim, somos amigos agora, que maldade! - Se voltou pra mim e fingiu tremores me fazendo revirar os olhos para o seu drama.

- Então pare de escolher lugares habitados para nossos encontros.

- Você admite que são encontros? - Me lançou um sorriso de lado chegando muito perto.

- Falei sério sobre você experimentar genjutsus novamente. - Avisei mantendo a posição e ele recuou imediatamente.

- Quanto mau-humor. - Suspirou. - Você não mudou nada desde que saímos da Akatsuki.

Imediatamente senti a terrível ânsia familiar e meu corpo enrijeceu, o que não passou despercebido por ele, embora eu tivesse certeza de não ter demonstrado uma reação exterior forte.

- Merda. - Ele pegou meu braço e me levou até a sala, eu estava sentado no sofá antes de notar. - Foi mal, eu não quis-

- Para. - Pedi colocando a mão na ponte dos olhos e me concentrando para reprimir a péssima sensação que às vezes me pegava quando eu me recordava daqueles anos.

Imediatamente Deidara permaneceu em silêncio do meu lado, e mesmo sem olhar eu sabia que ele estava roendo o lábio em meio a sua culpa.

- Estou bem. - Avisei abrindo os olhos e o pegando da exata maneira que imaginei. - Não faça essa cara.

- Ainda é um assunto sensível pra você... Eu não tive intenção. - Seus olhos perderam um pouco do brilho e eu não gostei disso.

- Eu sei pirralho. - Toquei sua testa empurrando de leve sua cabeça e ele abriu um leve sorriso melhorando a expressão e com isso meu humor também.

- Aliás, se sente-se culpado de verdade então chega de pássaros que explodem nas minhas janelas! Você assusta meu gato.

- Ahhh! O Kuro, como ele está? Quando vou poder conhecê-lo?

- Ele está bem, e você vai conhecê-lo numa próxima. - Respondi vendo sua cara se emburrar automaticamente.

- Você sempre diz isso e essa "próxima" nunca chega. - Reclamou olhando para baixo.

O Isekai de SasukeOnde histórias criam vida. Descubra agora