Proposta

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— Bom dia Adrien— diz Nathalie abrindo a porta do quarto — o compromisso de seu pai hoje foi cancelado, então voltamos mais cedo.

Marinette puxa o lençol sobre o corpo nú, enquanto Adrien se senta, sonolento. O movimento brusco de Marinette faz Nathalie levantar os olhos do tablet.

— vejo que não está sozinho. — sua voz não demonstra surpresa, e Nathalie apenas volta a conferir o tablet.

— bom dia, Nathalie.— Mari diz constrangida, a última coisa que esperava era ser pega pela secretária na cama de Adrien, pior do que isso só se o próprio Gabriel tivesse aberto aquela porta.

— bom dia Marinette, vou pedir para colocar mais um lugar à mesa. — tão repentina quanto chegou, Nathalie sai do quarto.

— que merda Adrien.— Mari sussurra, se jogando novamente na cama e cobrindo a cabeça com o travesseiro.

— acho que vamos ter que encontrar meu pai — Adrien puxa o travesseiro, sob o qual Mari se escondia, e sorri, embora parecesse preocupado — com certeza Nathalie vai contar a ele.

— agora eu queria ser a LadyBug e sair pela sua janela.

— isso pode ser muito pior do que enfrentar o Shadow Moth. Vamos sair dessa cama, antes que eles imaginem que estamos fazendo outra coisa...

— pior do que a morte é a espera da morte. — ela sussurra, jogando as pernas para fora da cama e procurando as roupas.

Se arrumaram rápido, Adrien colocando roupas simples e Mari vestindo a mesma roupa da noite anterior, à combinação de peças pretas parecendo muito inapropriada para encontrar o maior estilista de Paris. E de repente se preocupou com as marcas roxas em seu pescoço, nem tinha sua maquiagem para disfarçar.

Desceram as escadas de mãos dadas, parando ao ver Gabriel Agreste sentado à mesa para o café da manhã, a meses ele não se juntava a Adrien em uma refeição.

— Bom dia, senhorita Marinette. Bom dia, Adrien. — o pai fala naquele tom esnobe que somente ele conseguia dar a um cumprimento.

— bom dia pai.

— bom dia, senhor Agreste.

Adrien serve café e bolo de nozes para Mari, em seguida se serve, enquanto Mari se limita a cruzar as mãos sobre as pernas, como uma criança pega em uma travessura.

O silêncio na sala é ainda mais constrangedor do que nos outros encontros, até que Gabriel pigarreia, chamando a atenção de ambos, leva a xícara aos lábios enquanto encara o filho por cima dos óculos.

— estou extremamente decepcionado com você, Adrien. — a porcelana mal faz barulho ao ser devolvida ao pires. — esperava uma atitude mais digna do que seduzir a pobre garota na primeira oportunidade.

Apesar do tom de reprimenda notou Mari esconder o sorriso no guardanapo, e Adrien reprimiu a vontade de rir. Chamar aquele pequeno demônio de pobre garota, e acusá-lo de seduzi-la, era no mínimo engraçado.

— minhas intenções com a Mari são as melhores, pai, não estava tentando me aproveitar dela. — Mari olhava de lado para ele, como se dissesse que com certeza ele tinha se aproveitado.

— espero que você se responsabilize por isso, imagine o que isso faria com a sua ima...

— me desculpe senhor Agreste, mas não sou uma pobre garota que Adrien seduziu, nós estamos namorando a alguns meses, e é perfeitamente normal entre adultos ter... relações.

A interrupção fez Gabriel perder a linha de raciocínio, e por um momento ele apenas encara Marinette, então pigarreia novamente, e continua:

— espero que vocês no mínimo tenham usado proteção.

Seus segredosOnde histórias criam vida. Descubra agora