𝐀𝐃𝐄𝐏𝐓𝐈𝐒, albedo

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ALBEDO mantinha os olhos fixos no bloco de notas em cima da mesa, analisando suas últimas anotações. Soltou um suspiro cansado, passando ambas as mãos pela testa úmida. Estava estudando há mais de cinco horas e não conseguira nenhuma resposta satisfatória. As evidências encontradas por ele não estavam se encaixando. Faltava algo. A peça crucial para completar sua longa pesquisa. Seria mentira dizer que aquilo não o irritava, pelo contrário.


Apesar da natureza tranquila, Albedo estava à beira de um surto. Não sabia como havia desenvolvido tal fascínio pela criatura, porém, não iria parar até a entender completamente. Ele começou a se preparar para vê-la novamente, levando consigo seus materiais de estudo e pincéis. Se possível, faria um desenho breve dela. Assim, poderia guardar uma imagem sua para estudar no tempo livre.


Passou pelas portas do estabelecimento, deparando-se com as ruas movimentadas da cidade. Andou apressado, tentando acalmar sua respiração agitada. Tinha a encontrado no topo de uma montanha, em uma área mais isolada do Porto. Após observá-la durante algum tempo, notou que ela aparecia no mesmo lugar todas as noites. Estava anoitecendo, precisaria ser rápido.


Chegou ao local, subindo as escadarias rochosas. O caminho era íngreme, mas para quem passava dias inteiros na Espinha do Dragão, aquilo não era nada. Não demorou muito para as estrelas preencherem o céu noturno com seu brilho, trazendo consigo uma brisa suave. O alquimista respirou profundamente, observando a cidade de Liyue do topo do morro.


A estátua do arconte permanecia no mesmo lugar, as rochas que moldavam sua forma gloriosa, agora estavam deterioradas pelo tempo. Albedo se agachou atrás de uma árvore robusta, retirando o bloco do bolso. Observava de longe enquanto a criatura pousava próxima à imagem do deus. Ela recolheu suas asas delicadas, sua pele reluzindo sob o luar. O jovem começou a rabiscar em seu caderno, capturando meticulosamente cada mínimo detalhe dela.


Era um ser não humano, assim como ele. Albedo não conhecia muito da cultura de Liyue e seus habitantes, mas pelo que notou nos últimos dias, ela poderia ser considerada “incomum” entre eles. A mulher se ajoelhou no chão, curvando a cabeça diante da figura de Morax. Murmurou algumas palavras quais o alquimista não conseguiu entender e se pôs de pé novamente. 


O som de passos se aproximando surgiram no ambiente tranquilo, sua expressão serena tornando-se dura. Era um grupo de fatuis. Estavam armados, mas não chegaram a fazer nada. Não naquele momento. O do meio trajava roupas vermelhas que remetiam a chamas e provavelmente era o líder deles. Começaram a falar, porém, a mulher permanecia em silêncio, encarando-os com seriedade, a fúria oculta em seus olhos.


Estar perto dela, respirar o mesmo ar, representava um perigo iminente para eles. Além de perturbarem sua tranquilidade com suas idiotices, a intensa energia que emanava de seu corpo seria fatal para eles — algo que ela pareceu ignorar completamente. 


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