𝐒𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒, xiao

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SEUS DEDOS tocaram gentilmente o rosto do adepti, vendo os seus olhos dourados se arregalarem sutilmente, enquanto os seus apenas o admiram com uma doçura inimaginável.


Passou os dedos pelas bochechas rosadas, tocando os fios de cabelo escuro, deixando um carinho confortável naquela região. Ele te observou em silêncio, sem se incomodar com as suas carícias. Estavam na mesma posição há minutos, ambos sem dizer uma palavra se quer, apreciando somente a presença um do outro.


Por detrás da expressão serena, o cérebro do adepti estava a mil por hora. Sentimentos confusos rodeavam a sua cabeça, causando lhe um aperto no peito. Não entender o que significava aquelas sensações o deixava angustiado. Era algo novo, inexplicável.


Seus olhos dourados tornarem-se inexpressivos novamente, analisando cada detalhe do seu rosto, atentos a cada mínima expressão vinda da sua parte.


— O que está sentido, Xiao?


[ nome ] quebrou o silêncio, sentindo uma certa ansiedade a dominar. Os fracos feixes de luz atravessavam pelas cortinas finas do cômodo, trazendo iluminação a face dos dois, tornando suas íris douradas ainda mais brilhantes.


— Eu não entendo. 


— O que você não entende? 


Sua resposta foi o silêncio. Xiao encarou fixamente as suas mãos unidas, exibindo uma expressão ilegível.


— Não entendo o porquê de você se preocupar tanto comigo. Não preciso que me proteja. — respondeu seco, sem olhar diretamente nos seus olhos.


Não era a sua intenção machucá-la, apenas se expressou da maneira que julgou correta. Ele jamais ousaria machucar você propositalmente, afinal, ele gosta de você. No fim das contas, ele estava certo. Poderia muito bem se virar sozinho sem a sua ajuda, ou pelo menos, era nisso que acreditava.

 

— Xiao, escute. — chamou-o com voz suave, vendo ele levantar a cabeça para vê-la.


— Sei que você pode se virar sozinho em muitas coisas, mas não importa o que aconteça, eu sempre estarei ao seu lado. 


Percebeu os olhos de Xiao ganharem um brilho diferente; talvez fosse o efeito da claridade de fora, porém, era como se eles parecessem mais “vivos”.


— Eu sei, você passou por muita coisa e posso ter uma noção do que como foi sofrer sozinho durante tantos anos. — apertou suavemente suas mãos.


— Eu não entendo esses sentimentos. — confessou, desviando o olhar para a janela do quarto, observando o sol sumir entre as montanhas.


— Normal, é difícil mesmo. — deu uma risada sem graça, sentindo o rosto esquentar. — Desculpa por tocar em um assunto tão delicado.


— Tudo bem. — disse simplista, encerrando a conversa.


Não perceberam, mas as suas mãos permaneceram unidas durante a conversa inteira. Era gostosa a sensação de ter a mão quente e meio áspera dele sob a sua. Xiao não demonstrou nenhum sentimento negativo durante a conversa, ele apenas prestou atenção e dialogou normalmente.


Sentia-se muito feliz por o ter ao seu lado. Tinha ciência do comportamento distante e fechado do rapaz. Era uma conquista em tanto tê-lo em sua casa, principalmente, em seu quarto. Na sua mente, não se passava nenhuma segunda intenção. Vocês queriam só relaxar após um longo dia. Digamos que, caçar hilichurls e slimes não seja o seu passatempo favorito. 


Assim como no lado de fora, o quarto estava igualmente escuro. A luz do luar atravessou as cortinas, trazendo brilho aos seus rostos. As madeixas esverdeadas caiam sob a face serena do adpeti, enquanto os seus olhos permaneciam fechados, destacando os cílios longos dele.


Ele ainda não havia soltado sua mão.


— Xiao. — o chamou, ganhando um aceno de cabeça como resposta. — Obrigada por passar o dia comigo.


— Não me agradeça. Não me incomodo de passar o tempo com você. Aliás, a sua casa tem um ar bem aconchegante. Me sinto bem aqui. — a sua revelação deixou [ nome ] surpresa, o que não passou despercebido pelo rapaz.


— Fico feliz em saber disso. — sorriu timidamente, ganhando a visão dos belos olhos âmbar de Xiao. Era incrível como ele conseguia ficar ainda mais encantador toda vez em que parava para admirá-lo. — Você sempre será bem-vindo aqui.


Xiao sentiu o coração acelerar, levando a mão livre ao peito. O rubor subiu para as bochechas pálidas, tendo os seus olhos tomados pelo desespero, vacilando o tempo todo entre as suas íris brilhantes e seus lábios, que de repente, tornaram-se terrivelmente atraentes.


Foi apenas um rápido tocar de lábios, mas o suficiente para arrancar uma exclamação do menor. [ nome ] observou seu rosto corado por um tempo antes de puxá-lo para um beijo mais demorado, permanecendo com a sua mão junto a dele.


— Espero do fundo do meu coração que você entenda o quanto é importante para mim. — arfou, encostando as costas da mão dele no seu peito.


— Parece... parece que você vai ter um colapso. — respondeu, ofegando, notando a leve preocupação em seu tom de voz.


— Quero que você entenda de uma vez por todas. Você é especial, Xiao. 


— [ nome ], o que você viu de tão especial em mim?


Desde que a conheceu, um estranho sentimento de afeto se apossou de seu coração. E esse sentimento foi o atormentando a cada dia. Todos os momentos ao seu lado, as lutas, as conversas, as noites admirando as estrelas; jamais esqueceria.


— Eu vi uma pessoa forte, mas sozinha. Então, eu te conheci melhor e passei a sentir o desejo de te ajudar, passar meus dias ao seu lado, não importa a situação. 


Puxou o rapaz para mais um beijo, um beijo inocente, cheio de doçura. Seus olhos se fecharam, aproveitando o momento. [ nome ] segurou o seu rosto delicado com as mãos, dando um sorriso que derreteu o coração pesado de Xiao.


— Vi alguém ferido, que escolhi ajudar. 


𝐆𝐄𝐍𝐒𝐇𝐈𝐍, imaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora