𝐁𝐎𝐑𝐁𝐎𝐋𝐄𝐓𝐀, kaeya

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❝ Do tou want me or do you not? I heard one thing, now I'm hearing another ❞



ERA APENAS mais um dia comum na cidade da Liberdade. Clima ensolarado, poucas nuvens. A brisa fresca do entardecer acariciou seu rosto, movendo alguns fios de cabelo que ela cuidadosamente ajeitou para trás da orelha. Fechou os olhos, soltando um longo suspiro.


A paisagem verde e serena não conseguia acalmar seu coração inquieto. Parada diante da janela, contemplou a vastidão azul do horizonte. Seus pensamentos teimavam em permanecer no mesmo lugar, resistindo aos seus esforços para afastá-los.


Ela queria acreditar que os boatos não passavam de rumores infundados. Contudo, suas próprias ações o traíam. Deslizes sutis — quase imperceptíveis — revelavam a verdade que preferia ignorar. Se não o conhecesse há tanto tempo, talvez não tivesse notado nada de diferente.


Perguntava-se se deveria ter escutado Diluc anos atrás. Toda aquela raiva contra seu irmão adotivo parecia irracional na época, mas agora fazia completo sentido. Seu amado, na verdade, era o seu maior inimigo.


Trabalhava incansavelmente na Sede dos Cavaleiros de Favonius, dedicada a investigar crimes e delitos ocorridos em Mondstadt. Sua equipe, embora pequena e inexperiente, frequentemente deixava muito a desejar, obrigando-a a resolver os casos praticamente sozinha.


Jean depositava sua confiança na detetive, dando-lhe essa responsabilidade para aliviar um pouco da sua própria carga como líder. Há cerca de cinco meses, ela iniciara uma investigação sobre um possível traidor. Vazamentos de informações cruciais, ataques repentinos à cidade: sinais claros de uma colaboração com a Ordem do Abismo.


Alguém dentro dos muros estava os sabotando. Seus inimigos conheciam bem o território, sabendo exatamente onde atacar. Em um período de dois anos, as criaturas do Abismo começaram a aparecer com mais frequência — algumas até conseguindo ultrapassar os portões da cidade.


Os guardas passaram por um treinamento intensivo, aprimorando suas habilidades para combater esses monstros. Seu amigo viajante tornou-se fundamental nessa questão. Ela podia contar com sua ajuda para proteger Mondstadt, a terra abandonada pelo seu Arconte.


Sem uma divindade, estavam entregues à própria sorte. A detetive dos Cavaleiros não se deixaria abater facilmente. Partiu em busca de pistas, por menores que fossem. Estava determinada a encontrar esse espião e faria o impossível para achá-lo.


Seu povo teria alguém para protegê-los, algo que ela nunca teve: um salvador. Desde que sua terra natal foi destruída, lutou desesperadamente pela sobrevivência. Continuaria viva por seus falecidos irmãos, realizando os sonhos que pereceram com eles.


Sua alma quase saiu do corpo ao ouvir os sussurros pelos corredores. A possibilidade de o espião estar entre os Cavaleiros não foi descartada, ainda que resistisse a aceitar essa ideia. Buscava por mais e mais pistas, provas de que ele era de fora, de qualquer lugar, exceto dali. No final, foi tudo em vão.


𝐆𝐄𝐍𝐒𝐇𝐈𝐍, imaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora