Cookies

5 0 0
                                    

Me chamo Teresa Potts tenho 57 anos, sou casada a 36 anos com meu marido Clayton Tweak. Temos seis filhos e todos já tem suas próprias casas. Eu tento vender doces nas ruas para conseguir um dinheiro extra, já que meu trabalho não ajuda em muita coisa. Meu marido odeia isso. Na sua visão significava que eu não valorizava ele.

Sexta-feira 18:37 PM

-VC COM ESSES BISCOITOS DE NOVO?!- Ele gritava, berrava, mas eu não podia fazer nada. Aprendi assim, o homem diz a mulher faz. -VC NÃO ME VALORIZA! NÃO VALORIZA TODO O MEU TRABALHO DURO PRA COLOCAR A PORRA DE UM PÃO NESSA MESA! VC DEVERIA SER GRATA! EU AINDA DEIXEI VC TRABALHAR, MAS ISSO JÁ É DEMAIS!

-Meu amor calma, eu paro. Está tudo bem querido- Disse calma, mas não faltava muito pra explodir ou chamar meus filhos.

-CALA A SUA BOCA!- E assim eu fiz. Ele falava, falava, falava, falava e falava. Não me deixava dizer um piu.

Ele não parava de gritar. Eu estava sentada no sofá olhando para ele chorando. Não aguentava mais ele berrando assim. Leves respingos de saliva caiam sobre meu rosto e eu sempre tinha que limpar. Percebi luzes se ascendendo lá fora. Não queria que ninguém visse ou ouvisse a gente, ou melhor ele. Sinto algo quente em uma de minhas bochechas. Era um tapa. Tudo se silenciou naquele momento, o meu choro, os gritos e as vozes dos vizinhos fofocando. Tudo silenciou. Ele não fez nada e nem pediu desculpas. Ele saiu da sala e foi para o quarto.

Me levantei e fui para a cozinhar molhar um pano e colocá-lo em meu rosto. Fiz e bebi um copo d'água segurando minha lágrimas. Ouvi uma batida leve na porta que não daria para ouvir do quarto. Deixei meu copo na pia e atendi a porta. Era a Dr. Yaki.

-Oe Teresa, está tudo bem aí?- Ela parecia preocupada

-Bem, não muito. Nosso casamento está indo pior do que eu pensava...

-Pq vc não se separa dele? Um divórcio? Te ajudaria a sair desse lugar!- Como se fosse tão fácil

-Minha querida, vc não entende! Ele é a minha fonte de renda. Se eu me divorciar não terei aonde morar. Meu emprego não dá conta, e muito menos os meus biscoitos!- Ela ficou calada e olhou para baixo. Parecia tentar encontrar uma alternativa para minha vida.

-Não sabia que a situação estava tão precária... Sinto muito Teresa. Qualquer coisa pode passar lá em casa ok? Fique bem!- Ela disse e se afastou indo para sua casa

Fechei a porta e voltei para cozinha terminar de tomar minha água.

-Ela estava tentando me ajudar a sair dessa... Eu preciso sair dessa. Eu só sei que tenho que dar um jeito, nem que seja fugindo daqui!

Ouvi barulhos no quarto e fui verificar. Era apenas o meu querido marido dormindo depois de um longo dia de trabalho. Ele poderia dormir a vida toda, não é? Ele está tão cansado, tão exausto... Tudo oq ele quer agora é descansar... Então se ele quer descansar, ele vai descansar.

Peguei o pano molhado do meu rosto e coloquei um aroma forte. Peguei mais dois pano e os rasguei no meio para ficarem maiores. Comecei pelos pés do meu amor, os amarrando, não muito forte para não machucar. Após isso, peguei o outro e prendi seus braços. Decidi pegar outro e amarrar seus pés a suas mãos. Peguei algodão e coloquei em sua boca. Peguei o pano aromatizado e prendi em seus nariz e boca para não acordar. Tirei um colchão velho que tinha no quarto e coloquei na sala. Deixei o ar-condicionado do quarto na menor temperatura para que ele ficasse fresquinho e fui para a sala dormir.

Sábado 07:38 AM

Acordei e fui tomar café.

-A conta de luz iria estar alta esse mês.- Foi um de meus pensamentos naquele café.

Lavei minha louça e fui checar meu marido. Ele estava inconsciente naquela cama. Coitado. Verifiquei sua respiração. Ele parecia um peixe morto. Fui para a cozinha e peguei uma faca de carne. A coloquei sobre minha cômoda, desliguei o ar e fui colocar meu marido no chão. Peguei a faca e coloquei em seu coração, só para ter certeza de que não estava vivo. Cortei seu corpo em pedaços pequenos para caberem em meu congelador. Aproveitei que algumas partes estavam congeladas e decidi colocá-los em meus biscoitos.

Coloquei meu avental que meu marido tanto ama e coloquei a mão na massa! Fiz apenas um para ter certeza de que não ficariam ruins e nem entregariam a carne humana. Estavam ótimos e açucarados! Fiz vários biscoitos da mesma maneira e com a carne de meu amado. Provei mais um para ter certeza de que fiz tudo certo novamente, e deu certo. Arrumei meu carrinho com os biscoitos açucarados e aumentei R$00,50 pelo novo delicioso sabor! Vendi para todos da minha vizinhança e, pelo visto, ninguém desconfiou.

Quando meus biscoitos tinham acabado, voltei para casa. De longe pude ver três adultos. Meus bebês vieram me visitar nesse final de semana. Chegando em casa os cumprimentei e todos me abraçaram.

-Mãe, aonde está o pai? Ele saiu?- Perguntou meu filho mais novo, Ayden

-Eu não sei meu amor, mas eu acho que ele fugiu. Nem as roupas ele levou!- Disse fingindo tristeza

-Ah, entendemos. Bem, podemos entrar? Estávamos com saudades dessa casa!- Disse a do meio entre os três, Lilian

- Claro meu amor. Podem entrar.- Disse abrindo espaço para eles. -Eu fiz alguns biscoitos mais cedo, mas sobraram alguns que não cabiam no carrinho.- A combinação do biscoito com a carne fez ter o dobro de biscoitos comparado a antes.

-Queremos sim, obrigada mãe!- Disse a mais velha, Laysa

Servi meus biscoitos a todos presentes. Percebi pelo olhar deles que gostaram. Realmente, estavam uma delícia. Quem diria que alguém arrogante teria um gosto bom? Acabamos com todos os biscoito que restaram e eles se serviram para lavar a travessa.

ACABOU! Exatamente 1000 palavras nessa história. Achei ela bem curta, mas tbm muito boa.
E foi isso!!
Bjs da Diana 💋💕!!
(11/06/2023)

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 12, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Apenas historias bobas daquele tédio...Onde histórias criam vida. Descubra agora