Apenas historias bobas daquele tédio...

Aquele ônibus

Estava no ônibus, fazendo uma excursão com algumas crianças da escola. Eu era a mais velha, então tive que ajudar as professoras a cuidar das crianças menores.

Eu nem sabia direito para onde estávamos indo, só sabia que era um sítio, mas não onde era exatamente. A viagem era longa, mas nos partimos de tarde, umas 15:48 da tarde. Eu não aguentava mais os gritos daquelas crianças e nem fone eu tinha levado. Eu era a única adolescente dalí, mas por sorte tinha vários professores alí.

Tatiane- Helô, vc pode levar a Luisa a ir no banheiro por favor?- Chamou a professora de balé, que aliás era minha amiga.

Assenti com a cabeça e levei a criança para o banheiro, ela tem dificuldade em levantar a roupa e a rua estava esburacada, fazendo o ônibus balançar, ficando difícil para se manter em pé.

Helô- Meu amor, segura aqui na tia ok?

Me segurando, eu a ajudei a abaixar a parte de baixo de sua vestimenta. Depois de um curto tempo, ela pede ajuda para botar ela novamento, e eu faço.

Voltamos para o nosso assento, ela junto com sua turma de um lado e eu do outro perto da Tati.

Estávamos perto do sítio, mas já era de noite. Como os pais dessas crianças deixaram elas com os professores em uma noite de sexta? Tirei esse pensamento e voltei meus olhos ao relógio. Já eram 18:09 da noite, uau. Aquilo estava parecendo um inferno. Eu só conhecia a Tati, Tainá, Márcia e a Daniele. Mesmo assim, estava achando aquela viagem um saco.

Acabou que depois de meia hora, o motorista avisou que iria parar em um hotel após o túnel. Acabou que chegamos no túnel, e estava bem escuro com um ônibus do lado esquerdo da pista.

Fiquei com um leve medo, mas não tanto quanto o Nicolas, a criança que eu mais amo dalí. Ele se assustou com a imagem do túnel a frente e veio correndo até mim.

Nicolas- TITIA EU TÔ COM MEDO- Disse ele segurando seu choro.

Helô- Calma meu lindinho, vai dar tudo certo ok? Não tem nada alí, só está escuro. - Tentando reconforta-lo, mas fracassando logo em seguida

Nicolas- E se tiver um monstro alí? Eu quero minha mamãe- Disse enquanto chorava sem parar

Helô- Nós já estamos chegando em um hotel, ok meu amor? Vai ser rapidinho.

Nicolas- T-tá bom...

Ele decidiu ficar no meu colo. Durante essa conversa o túnel estava meio longe, mas era nítido que lá estava só um breu, sem um pingo de luz.

Sem avisar, o motorista começa a estacionar ao lado do ônibus que estava parado a nossa esquerda.

Tainá- O motorista, pq vc esta parando agora?

Motorista-...

Márcia- O meu senhor, pode responder a pergunta da minha amiga por gentileza?

Motorista-...

Daniele- Ele não respondeu?

Márcia- Não, parece até que ficou surdo.

Decidi ir até o motorista, que ainda estacionava, com o Nicolas no colo.

Helô- Senhor, oq está acontecendo?

Motorista-...

Helô- O cara, eu estou falando sério. Esse ônibus está lotado de crianças e vc estaciona em lugar totalmente desconhecido e nem diz o pq. Pode esclarecer qual o sentido de estacionar aqui?- Perguntei, mas não deu em nada

Com todo aquele medo no ônibus, estava um completo silêncio, a não ser pelo suspiro daquele homem a minha frente que nem piscava ao estacionar.
Quando terminou, ele olhou para mim.

Motorista- Se virem, ou ouvirem algo estranho agora, apenas saíam do ônibus.- Ele disse, e se levantou para descer deixando as portas abertas

Helô- Senhor? Como assim?- Ele apenas olhou para mim e voltou sua atenção a escada

Observei ele indo até a mata ao lado da escada e um som te tiro. Tive de tampar os ouvidos de Nicolas, assim como as professoras e as crianças fizeram.

Após o barulho, observei o ônibus só lado. As luzes estavam ligadas, mas as janelas e portas fechadas. Era como se tivesse alguém alí, mas só usando o veículo para dormir.

Helô-Licença meu amor, é rapidinho ok?- Disse a criança, cujo nome era Maitê.

Ela se levantou e foi correndo para os braços de Amanda, uma dad professoras.
Deixei Nicolas sentado no lugar vazio e cheguei mais perto da janela. Consegui ver alguns pedaços de roupas nos assentos que mais estavam no meio. Vi dois sapatos, totalmente diferentes, jogados no chão, como se tivesse duas pessoas alí.
De repente, ouço batidas no metal do ônibus que observava, e percebi que realmente tinha alguem alí.

Helô- Meninas, levem as crianças para esse lado- Apontei para o lado direito do ônibus

Todas concordaram, pois tbm escutaram as batidas no ônibus.
Todas as crianças estavam do outro lado, enquanto eu e Nicolas, que implorou pra ficar comigo, olhávamos se tinha alguma coisa a mais alí.

Vi algo marrom subindo e descendo do assento a minha frente, como um cabelo.

Em alguns minutos, um homem, que sorria de orelha a orelha, roupas simples, cabelo extremamente curto, aparelho nos dentes gigantes, saiu de baixo de um assento e bateu na janela com força.
Todos nós nos assustamos, mas por sorte, Amanda na tinha chamado a polícia desde que o tiro aconteceu na mata.
Corremos para fora do ônibus na maior velocidade. A polícia chegou após nós descermos e o homem tentar quebrar o vidro com um machado.

Eu e as professoras apenas abraçamos as crianças na estrada, pois não sabíamos se era seguro seguirmos o caminho do túnel, voltar pela estrada, ou ir para a mata. Ficamos com tanto medo que nem decidimos pq fazer e apenas nos abraçamos alí mesmo, na ponta da estrada, na entrada da mata.

Antes da polícia chegar, só dava pra ouvir as crianças implorando para ir pra casa, as professoras rezando para deus salvar a todos nós, o machado na janela e eu tentando reconfortar todos com um mar de lágrimas em meus olhos.
Estava tentando conter meus desespero com as minhas palavras para as crianças até a polícia chegar e prenderem o homem.
Dissemos a eles que quando o motorista saiu do ônibus, ouvimos um tiro na mata, bem perto.
Encontraram o corpo do motorista, que cometeu suicídio.

Nem sei oq vcs acharam dessa história, mas se chegou aqui, muito obrigada por ler esse meu sonho maluco akakka.
Tchau tchau, e bons sonhos a todos!!
Vou tentar postar outro ainda hoje.
Bjs da Diana 💋💕!
(03\06\2023)