Somos feitos de vários pedaços de crises e dores. E a fixação em sentir-se confuso e amedrontado supera o próprio vício nas drogas, que não afastam os problemas, mas só nos deixam mais dóceis para andar lado a lado com eles...
Toda vez que o vento sopra eu lembro daquele momento que não pode mais me machucar fisicamente, porém por que ainda dói?
Mentiras que eu contei diante do espelho agora cobram o preço do alivio passageiro.
Eu tenho medo de estar indo em direção mais uma vez para meu fim...
Ilusões mentem, mas quem não mente? Eles mentem para você e você ama acreditar.
É esse lupe eterno de pular de cima da montanha mais alta e rezar para dessa vez ter algo mais macio no fundo...
Quase sempre eu podia ver seus olhos tristes e eu não sabia o porquê.
Até que eu um dia tomei coragem de perguntar, e você disse, baby, pessoas choram.
Somos todos viciados nas dores e vagamos de mal em mal...
Enfim, quando encontramos um oásis verdadeiro no meio do deserto das decepções maculamos ele com nosso prazere em ficar dentro dessa loucura que é ver armas apontadas vinda de todas as direções. E até o gesto mais delicado de amor parece uma ameaça.
Pessoas que foram machucadas quando se deparam com outras que querem seu bem, acabam às machucando também.
Mas, baby, não é sua culpa, foi assim que você cresceu...
Presa em um labirinto criado por espelhos quebrados e a cada passo seu, seus pés sangram. Como poderia culpa-la por não se mover?
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Deposite em mim toda sua dor e me chame de lar
Non-FictionImagine um lugar onde você não precise mais se conter... No fim, todos nós precisamos extravasar tudo aquilo que nos transborda e acaba vazando.
