Em meio a um ambiente místico, Lena é um ser espiritual que vive no Inferno buscando respostas para as coisas que sente, se colocando em dúvida de em qual lado ela pertence - seria dos celestiais ou dos infernais?
Lena foi criada como filha do Diabo...
NOTA DA ESCRITORA: Ao terminar a narrativa desse momento da história, percebi que ela ficou extensa em comparação aos capítulos anteriores, sendo assim, eu a dividi em três partes. Segue.
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Lena retorna para o interior do Inferno com Cérbero ao seu lado e mentalmente ela se concentra para excluir a imagem de Kara dançando, ela não pode correr o risco de rir em nenhum momento.
Lena decide antecipar seus deveres na esfera dos irados e se transfere para lá. Ao chegar, ela conjura sua armadura e espada, e avança contra o primeiro aglomerado de condenados que avistou lutando entre eles.
Os pensamentos de Lena voltam para Kara e Lena tenta focar em algo estratégico, ao invés da sua atração pela loira.
"Braços longos e fortes", Lena pensa enquanto decepa um dos braços de um condenado. "Ombros largos", Lena corta o tronco de outro condenado, deslizando sua espada na diagonal em direção ao ombro. "Pernas torneadas", Lena chuta a perna de outro condenado, quebrando o osso e causando uma fratura exposta. "E abdômen definido", Lena perfura o abdômen de um condenado que corria contra ela.
Na mente de Lena ela visualiza uma Kara de top de ginástica e calcinha de biquini, apoiando ambas as mãos no quadril e pernas um pouco afastadas uma da outra.
"Kara é alta, eu estou em desvantagem em um combate corpo-a-corpo", Lena pensa e olha para a sua espada de lâmina mediana.
Lena troca sua espada por uma lança com lâminas nas duas pontas e volta a atacar os condenados. Após uma hora espiritual de combate contra os condenados, ela arremessa os condenados feridos de volta para o rio de sangue fervente e decide procurar pela mãe de Jeremiah.
Enquanto Lena sobrevoa o rio, ela sente um demônio tentando falar com ela. Lena abre a sua comunicação.
— Lena, estou de volta – a demônio Andrea informa na mente de Lena.
— Voltou rápido! Me espere no seu camarote no salão de orgias. Estou a caminho.
O salão de orgias ("boate" ou "balada") de Andrea ficava em um plano entre o Espiritual e a Terra. Era como o Limbo, se estava lá e ao mesmo tempo não se estava em lugar algum. Esse plano astral ficava camuflado atualmente como uma balada underground, um local com música EDM, bebidas, drogas e muito sexo. Ao decorrer das décadas o ambiente foi se modificando, passando para bordéis modernos.
Geralmente os humanos não sabiam onde estavam se metendo, enquanto o local era administrado pelos demônios de Andrea e os humanos que serviam à Lilian. Esse era o local mais próximo que Lena chegou da Terra, além dos Portões do Inferno.
Uma das funções de Andrea era manter essa balada sempre cheia, pois 95% dos usuários frequentes eram futuras aquisições do Inferno na Câmara dos Mortos.
Por vários anos, Lena foi ao salão apenas como observadora, ficando em um camarote privado com Andrea, um com visão para todo o ambiente da balada. Andrea sempre deixou explícito o seu desejo por Lena e se não fosse pelo fato de Lena ser intocável pelos demônios, Andrea já teria realizado suas fantasias sexuais em relação à Lena. Como meio de provocar Andrea e fazer com que a demônio realizasse alguns dos seus desejos, Lena permitia que os humanos flertassem com ela algumas vezes e transava com alguns deles aos olhos observadores de Andrea, que os matavam após Lena se retirar.
