Corpos São Únicos

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Um dia, eu ganhei um pinto. Não, eu não estou falando de um pintinho de estimação ou algo assim, eu literalmente troquei de corpo com um cara cis e isso foi bizarro pra caralho! Olha, pelo menos naquele dia foi divertido, eu só não sabia das coisas bizarras que viriam depois...

— Toc Toc! Meu menininho, hora que acordar! — Uma voz de uma mulher desconhecida ecoou pelos meus ouvidos, me fazendo abrir os olhos confuso.

— Hmm...? Mãe? Você tá... Aawnn gripada? Sua voz tá meio... — Perguntei, esfregando as mãos nos olhos, enquanto dava um longo bocejo. — Diferente...

— Gripada? Não... Bem, venha tomar café! Você está atrasado, Kazuha! — Ela falou, e a voz se distanciou da porta me deixando confuso.

Kazuha? A Ei inventou de errar meu nome agora também? Agh, vou começar chamar ela de Mei se for assim.

Olhei para baixo, vendo um cobertor vermelho e me assustando com a situação, eu dormi com o cobertor vermelho hoje? Não, espera!

Virei a cabeça lentamente, olhando ao redor, o quarto era todo branco e vermelho, super arrumado com duas portas, uma para o closet e outra para o banheiro, esse não era o meu quarto!

Que coisa chique, o dono deve ser rico, eu dormi com um cara rico ontem depois da excursão da faculdade?!

Ah... Entendi, eu devo estar sonhando, que bizarro, primeira vez que eu sonho com algo desse nível, parece tão real...

Me levantei, indo até o banheiro limpar o rosto, tudo aqui é tão claro e arrumado, que anormal hahahaha o meu quarto é uma bagunça.

Em seguida após usar o banheiro, caminhei lentamente para o guarda roupa e tive um choque, pra que tenta roupa branca?! Agh, tanto faz, é só um sonho mesmo.

* * *

— AHHHH!!!! — Eu gritei assustado. — B-beidou! Q-que pegadinha de mal gosto é essa?!

— Kuni? Kuni está tudo bem aí dentro?! Você está me assustando! — Uma mulher falava do lado de fora da porta enquanto eu segurava a maçaneta com força para não abrir.

— Onde está a Beidou?! Quem é você?!

— Hmm? Sua mãe! Kuni, por favor abre essa porta, o que aconteceu? Algum problema com o absorvente?! — Ela perguntou de modo gentil, e eu senti meu rosto esquentar.

Absorvente?! Eu estou no corpo de uma garota?! Que vergonha! Como isso aconteceu?! É um sonho? Não, muito real para ser!

— Nahida, me ajuda aqui, ele não está respondendo... — A mulher perguntou, e outra voz doce foi ouvida.

— Oh! Kunikuzushi! Eu trouxe chocolate amargo! Pspsps gatinho! Sai do quarto!

—... Hmm... Eu... — Não, não, Kazuha se acalme. — Me desculpem.

Seja lá o que aconteceu, assustar as pessoas ao seu redor só vai piorar tudo...

—... Ele não me chamou de pestinha?! E também não mandou eu parar de tratar ele como um gato... Ei, acho melhor chamarmos uma ambulância.

— Não! Não! Sua pestinha! E-eu estou me sentindo melhor! — Abri a porta, sentindo meu rosto esquentar de vergonha.

Assim que eu percebi que não estava no meu quarto eu surtei achando que tinha sido sequestrado, ainda mais que o quarto dessa pessoa é super bagunçado, parece um cativeiro, quando passei pelo espelho e vi meu rosto completamente diferente, eu surtei ainda mais e acabei assustando elas com um grito...

Quando me deparei com a mulher de cabelos trançados senti meu rosto ficar pálido... R-raiden Ei?! Aquela mesma Raiden Ei policial de Inazuma?! Que tipo de castigo divino é esse... Oh meus Arcontes tenham piedade.

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