Sonhos... Não São Únicos?

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Meus olhos se abriram lentamente, dando de cara com um jardim de flores brancas, e... Alguém na minha frente.

Não estava vendo direito, tudo parecia ter "um filtro brilhante" o qual reluzia perante meus olhos, me deixando completamente encantado.

Agh... Eu juro que não consumi nada errado antes de cair no sono, as pessoas já acham que eu sou maconheiro sem fazer nada, imagina se eu falo sobre isso?

— Hm... Onde eu estou...? — Falei, com a voz um pouco falha, desviando o olhar para os lados.

Todo o cenário ao meu redor parecia exatamente igual, e a sensação de uma luz exagerada continuava ali, me perseguia e até me deixava um pouco tonto.

— Agh... — Ouvi o grunhido do homem de cabelos azulados jogado na minha frente, a voz era familiar.

Kunikuzushi, sim, era ele. O rapaz se levantou rapidamente, assustado com a situação, colocando ambas as mãos no rosto.

— Ah! Onde estamos?! Você me sequestrou?!

— Oh, oh, relaxa! — Me aproximei do rapaz, olhando ao redor. — Eu não faço ideia... Acordei aqui, mas não me sinto acordado.

— Agh... Eu não vou falar "é um sonho" da última vez que fiz isso você pegou o meu corpo, Kazuha do sonho. — Ele falou de modo hostil, e me virei confuso.

— Hahaha, você realmente pensou que estava sonhando o dia todo?! Desculpa, isso é um pouco hilário para mim. — Cocei a nuca, vendo as sobrancelhas do rapaz se arquearem em desgosto. — Que foi?! Como alguém pode passar o dia todo achando que está sonhando?

— Ohh desculpe senhor gênio, achar que troquei de corpo com um estranho é muito mais aceitável socialmente. — Ele cruzou os braços, me tirando mais algumas risadas.

Será que isso é um sonho? Eu posso estar sonhando com ele por causa de tudo o que está acontecendo esses dias, não me sinto acordado.

— Certo... Fala algo sobre você que não tem como eu saber. — O rapaz falou, me assustando um pouco.

— Hm? Ah! — Me ajeitei na frente de Kunikuzushi, um pouco confuso. — Certo, entendi, você quer conferir se estamos sonhando.

— Exatamente, você é mais inteligente do que parece, Kaedehara. — Ele revirou os olhos, pensando em algo. — Tsk... Lá vou eu expor um segredo para um desconhecido só porque o universo me prendeu a ele.

— Não fale assim, eu também vou fazer o mesmo... Mas como vamos garantir que o que falamos é real? — Perguntei, e vi Kunikuzushi corar de leve.

— Bem... Podemos provar amanhã cedo, embora eu realmente ache que isso é um sonho compartilhado ou algo assim. — Ele cruzou os braços. — Eu começo... Cara que complicado...

— Você parece ter muitos segredos perturbadores... Bem, a coisa mais secreta sobre mim é que eu sou gay e virgem? Ah, cara eu não sou de guardar segredo, nem sei o que falar. — Dei de ombros, vendo o olhar de Kunikuzushi se erguer.

— Ah que lindo, Kazuha Santo Kaedehara.

Arqueei a sobrancelha, vendo o rapaz se levantar repentinamente, ficando de pé na minha frente.

— Hmm... Algum problema?

— Não gosto de gente como você. — Ele colocou a mão na minha testa, levantando a minha franja. — Não banque o perfeitinho, você com certeza já fez alguma merda.

— E-eu não estou bancando nada... Eu de fato não sou de ment-

— Está mentindo agora! — O rapaz me empurrou para trás, me deixando deitado entre as flores brancas. — Eu já vi.

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