capítulo um.

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A Casa Danvers nem sempre foi uma casa Real, um ramo ilegítimo de uma linhagem cuja filha foi renegada pelo pai, o cruel rei Ivan IV de Krypton, que um dia simplesmente decidiu deslegitimar todas as suas filhas, assim ficando somente seu filho como legítimo herdeiro, o futuro rei Karl I de Krypton. Sua Tetravó, Lady Aemma Danvers, era a filha mais velha do rei Ivan IV e tinha apenas dezesseis anos quando foi praticamente expulsa de tudo o que conhecia, para sua sorte ela já estava prometida a um Visconde com quem consumou o casamento. Crescendo distante em um vilarejo longe de Argo, Aemma e seu marido fizeram sua vida, prosperando em seus próprios termos.
E em uma reviravolta de eventos, seu avô, o antigo Visconde SegEl Danvers, se tornou Rei de Krypton. Já que o falecido rei Karl II não tinha filhos ou herdeiros legítimos para assumir o trono, assim em seu leito de morte legitimou todos os descendentes das filhas renegadas do rei Ivan IV. E assim, toda a linhagem viva e legítima de Aemma Danvers se tornou elegível para o trono, fazendo de seu bisneto o Rei da Krypton.

E assim, o Viscondado de Danvers, foi elevado à Monarca da Krypton. E há quase cinquenta anos, a Casa Danvers governa o país kryptoniano.

...

Kara nasceu no Hospital Universitário de Argo City, no dia 22 de setembro de 2001, sendo a terceira filha do rei ZorEl e da rainha Alura de Krypton. Seu nascimento foi celebrado com uma festa de duas noites por todo o país. O batizado ocorreu no dia 25 de setembro, na Capela Real do Palácio de Kandor, onde seu nome, de acordo com a tradição real dinamarquesa, foi revelado como Kara Nyssa Alura Aemma, Aemma em homenagem a sua tetravó, Nyssa em homenagem a sua avó, Alura em homenagem a sua mãe. Suas madrinhas foram a sua tia paterna, a princesa Milia de Krypton e a Rainha Marigold da Suécia; e seus padrinhos foram o príncipe herdeiro Haakon da Noruega e o seu tio paterno, o príncipe JorEl de Krypton.

Quando nasceu, Kara era a terceira na linha de sucessão, atualmente ocupa a quinta posição atrás de suas duas sobrinhas e sua irmã mais velha. E seu lugar na linhagem do trono só baixaria ainda mais, principalmente após o casamento de sua irmã mais velha Carol. Ela cresceu sabendo que um dia se casaria e se mudaria para outro país, talvez casada com uma princesa herdeira ou um príncipe sobresselente, só não imaginava que seria tão cedo ou que nem sequer pudesse conhecer sua noiva antes do matrimônio.

...

Kara apreciava todos os seus nomes e tinha orgulho de cada um deles, mas o que mais prezava era o apelido querida.
Querida.
Bem simples, mas não era a isso que se devia sua preferência.
Afinal de contas, dificilmente poderia ser descrita como uma mulher de gostos simples.
Desde pequena era apaixonada por estrelas, passando horas na varanda de seu quarto e observando as estrelas, tentando descobrir seus nomes e constelações.
Por ser a terceira filha, Kara sabia que tinha menos responsabilidades que a irmã e por isso tinha o privilégio de poder admirar tanto as complexidades da astronomia, sem pensar tanto em ser perfeita.

Definitivamente não era uma criatura simples.
Mas gostava de ser chamada de querida. Gostava porque quase ninguém usava aquele adjetivo. Era preciso conhecê-la para chamá-la assim.
Era preciso saber, por exemplo, que na primavera sua sobremesa preferida era sorvete de morango e biscoitos de chocolate, e, no inverno, potstickers. Adorava frutas, salgados e doces, não sendo muito fã de couve.
Quem a chamava de querida também sabia que, quando menina, ela adorava nadar no lago próximo de sua casa. Sabia também que, quando o pai dela morreu, de um infarto naquele mesmo lago, ela havia adquirido um medo de água.
Havia sido o pai dela quem a apelidara de querida. E o verdadeiro motivo para que o apelido fosse sua forma de tratamento preferida. Tinha sido concedido pelo homem que ela mais havia amado em toda sua vida.
E que morreu quando ela tinha somente treze anos.

The Mysterious Princess | versão karlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora