Broken heart

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Acordei meio desnorteado tentando me lembrar o que houve noite passada olhei para o lado e vi Arm sem roupa, então me lembrei da noite de prazer que tivemos.

Me levantei sorridente e fui fumar um cigarro, fiquei olhando o corpo dele esparramado na cama, minha vontade era de tê-lo novamente.

Ele abriu os olhos e me olhou de cima abaixo.

— Bom dia — a voz dele estava totalmente rouca.

— Bom dia, quer um gole de água — ele assentiu, então fui buscar, quando voltei ele estava sentado na cama.

Ele estendeu a mão em minha direção e entreguei o copo à ele, após dar alguns goles ele soltoyum longo suspiro.

— Sobre essa noite, vamos fazer de conta que nada disso aconteceu— fiquei sem reação, ele se vestiu e saiu sem dizer  nenhuma palavra.

Me sentei na cama e fiquei perdido em meus pensamentos, uma dor profunda me atingiu no peito deixando tudo pior.

Fui trabalhar atrasado e muito desanimado, todos perceberam o clima aí meu redor alguns até tentaram me animar, porém sem sucesso.

Com o passar das semanas ele sempre me evitava, não me respondia e ignorava totalmente minha presença. Aquilo foi abrindo um ferida no meu peito eu já não sorria como antes.

Tomei uma decisão um pouco inusitada, pois já não aguentava sofrer mais naquela casa.

- Pete?

- Oi Pol aconteceu alguma coisa?

- Vou ir embora.

- Assim de repente? Se é sua decisão tudo bem, me fale se precisar de qualquer coisa- ele me encarava com um olhar triste.

- Muito obrigado Pete por tudo, continue sendo feliz com sua família linda nunca vou me esquecer de vocês- nos abraçamos durante um momento e fui para o meu quarto organizar minhas coisas.

Pete me deu uma quantia de dinheiro para ajudar com os primeiros meses, sai para fora e olhei pela última vez a frente da casa antes de entrar no carro.

      Arm

Percebi que Pete estava cabisbaixo então fiquei preocupado por conta do último episódio de sumiço dele, resolvi perguntar o que se passava.

– Está tudo bem Sr. Pete?

– Apenas um pouco triste com a partida de um amigo– tive uma estranha sensação.

– Quem seria esse amigo?

– Pol foi embora– senti meu sangue gelar, parecia que estava perdendo um pedaço de mim, entrei em total pânico.

– Pete para onde ele foi, que horas ele vai sair?– Pete se espantou.

– Não sei o destino, sei que ele foi para o aeroporto...

Antes que ele terminasse a frase sai correndo em direção a minha moto, sem capacete acelerei pelas ruas da cidade com o coração disparado. Chegando do aeroporto vasculhei toda a área mas sem nenhum sinal dele, me sentei no chão e comecei a chorar.

      10 anos depois...

Desde Pol partiu aguardei todos os dias ter notícias dele, chorei quase todas as noites com o coração partido me arrependi cada segundo que se passava, a dor dilacerava minha alma.

Pete e Vegas tiveram mais um bebê, a família deles havia crescido e estava linda, eu olhava e sempre pensava como eu e Pol estaríamos se eu não tivesse o deixado ir.

A imagem do rosto dele ficava cada vez mais borrada em minha memória,  mas aquele sentimento ficava mais forte em meu peito.

      15 anos depois

Os anos iam se passando e tudo continuava igual, nunca mais soubemos nada de Pol. Segui minha vida apesar do sofrimento que era não tê-lo por perto.

Acordei bem cedo, é meu aniversário de 50 anos, me olhei no espelho e as marcas do tempo já estavam mais aparentes, me pergunto como deve estar o rosto de Pol depois de todos esses anos, lágrimas escorreram por todo meu rosto.

Tomei meu café da manhã como todos os dias desde a partida de meu amado.

Os filhos de Pete já estavam terminando seus estudos e trabalhando, todos lindos e educados como o pai omega. Será que os nossos filhos também seriam assim.

Era quase horário de almoço e notei uma grande comoção na sala de visitas, Pete chorava enquanto era consolado por Vegas e seus filhos, me aproximei calmamente e vi que havia um homem nada familiar no cômodo.

Ao me aproximar mais notei que Pete segurava um papel com força enquanto chorava de joelhos no chão. Chamei Sanya para o canto, para perguntar o que estava acontecendo.

– O que houve com seu pai?– Sanya o chamava de pai e nunca havia perdido o costume.

– Papai queria descobrir o paradeiro de um velho amigo que já trabalhou aqui, contratou um detetive particular para buscá-lo, mas segundo notícias do detetive esse amigo faleceu pouco tempo depois de ir embora– Senti uma forte tontura, ainda tinha esperanças de revelo mesmo depois de muitos anos, meu corpo ficou mole e desabei no chão?

– Arm??– a menina me segurou e depois disso não vi mais nada.

Quando recobrei a consciência estava torcendo para que tudo não se passasse de um sonho, estava no sofá e Pete estava ao meu lado.

– Pete é mentira? Me diga que Pol ainda está vivo.

– Eu queria que tudo não se passasse de um mal entendido também.

Comecei a gritar e chorar como uma criança que quer algo, eu me perguntava por que o deixei ir, tudo era culpa minha. Me acalmei apenas com medicamentos.

Tomei remédios para dormir nos dias seguintes, semanas e meses que sucederam. Sentia uma dor horrível que não passava com nada, não consegui mais ficar na casa pois lembrava dele a casa passo, então decidi me mudar e me afastar de todos.

      Espero que todos tenham tido uma boa leitura, o próximo capítulo será o último da fic
         Bjs meus amores 💋

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⏰ Última atualização: Jun 03 ⏰

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