03. O Casamento

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"Não é falta de amor, mas falta de amizade que faz casamentos infelizes."

Friedrich Nietzsche

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UMA SEMANA HAVIA SE PASSADO.

Uma semana em que me aproximei de Sabina e Rosemarie, de Raymond, Perceval, Godfrey e Ali. Uma semana em que também me tornei próxima de Clemence e Louise. Uma semana conhecendo o máximo de corredores que conseguisse. Uma semana sem ver oficialmente meu noivo, salvo quando entrei em seu quarto e o vi de cama.

Agora o dia de meu casamento chegara.

Estava tão nervosa que mal consegui engolir meu desjejum, que Louise havia arrumado em meu quarto com tanto carinho; nem mesmo o banho morno conseguiu me acalmar. Clemence me ajudou com o vestido. A cruz de prata pura em meu pescoço havia pertencido a minha mãe, e combinava perfeitamente com tudo. O véu branco fora posto em minha cabeça, e então eu estava pronta para olhar-me no espelho.

O vestido era branco, mas não simples; haviam pérolas e bordados de prata desde o decote até a altura do quadril, formando belos padrões. Um diadema de ouro com diamantes segurava o véu em minha cabeça.

Estava linda, mas nem isso conseguiu fazer com que saísse de meu estado de torpor.

Mal consegui notar Nathaniel me abraçando sorridente, ou as palavras que ele me disse, nem o caminho que percorremos de carruagem até a Catedral de Saint Vincent.

Minhas mãos tremiam.

Eu, Eleanor de Eyriss e princesa de Darian, estava com medo. Meu corpo tremia tanto que provavelmente cairia quando desse o primeiro passo assim que as grandes portas abrissem. Senti a mão de Nathaniel segurar a minha e entrelaçar seus dedos nos meus; o olhei e vi que ele me encarava seriamente, como se pudesse ler meus pensamentos.

— Não se preocupe, Eleanor — meu tio falou, enlaçando meu braço no seu — Não irei deixá-la cair.

Lágrimas vieram aos meus olhos e eu me dei conta do quanto era grata por Nathaniel estar ali. O jovem homem que era mais que um tio, era um pai e um irmão mais velho. Compreendia o significado por trás de suas palavras e soube que, por mais que estivéssemos em reinos diferentes, ele lutaria pela minha segurança, assim como eu pela dele. Iríamos nos proteger, um ao outro, como sempre fizemos.

Quando as portas foram abertas, concentrei-me apenas na mão de meu tio me segurando e mantive o caminhar elegante; não olhei para os lados, onde toda a Corte estava, mas olhei para frente, e ali estava o homem que daqui alguns momentos será meu marido.

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