18.

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oioi, pessoas :))
tenham uma boa leitura,
all love.





Louis não tem ideia do que está fazendo. Ficou aliviado quando espiou para fora do banheiro e viu que Harry havia saído, sem dúvida querendo escapar do constrangimento o mais rápido possível. Ainda não consegue acreditar como agiu na frente do alfa, praticamente massageando seus bíceps e depois falando sobre aprender a cozinhar e outras coisas que não quer pensar. Ele havia fervido em seu constrangimento no banheiro por uns bons cinco minutos, andando em círculos e amaldiçoando seu ômega – privado de toque e sedento por um alfa – por fazê-lo parecer um tolo. 

Deus, não quer nem saber o que Harry deve estar pensando dele. 

Após tomar banho e trocar de roupa, saiu da casa dos Styles e começou a caminhar pelo caminho desgastado. Agora já se passaram cinco minutos e ele ainda está andando, exceto que não tem mais ideia de onde está, o caminho está longe de ser visto e não há nada além de árvores ao seu redor em todas as direções. 

Ele se sente... se sente fora de controle. Aturdido, confuso e envergonhado. Não consegue parar de pensar em Harry e não sabe o que há de errado com ele. A pressão fantasma da mão de Harry em seu pulso. O fantasma de sua respiração em seu ouvido quando eles estavam deitados juntos na cama. O toque de seus lábios em sua têmpora – sua testa, seus lábios

— Você passou anos e anos sem o toque de um alfa, Louis. O que você esperava? — ele murmura com raiva para si mesmo. — Esta semana inteira, Harry esteve ali parecendo injustamente atraente e tocando você com suas mãos grandes e sensuais o tempo todo. Faz sentido que seu ômega esteja se apegando. É natural. Tudo vai voltar ao normal quando voltarmos e você não precisa respirar o cheiro de Harry todos os dias. Tudo vai ficar bem.

Percebe que está falando sozinho como um louco e se contém. Continua andando, carrancudo enquanto empurra alguns galhos bloqueando seu caminho. Um deles volta e dá um tapa em sua bochecha e ele grita. 

— Ah, Deus. — arqueja, tropeçando cegamente por entre as árvores. Ele lamenta muito não ter seguido o caminho agora. O que ele estava pensando? Simplesmente entrou na floresta sem pensar e agora olhe para ele. Onde diabos está? E como diabos iria voltar? Ok, respire fundo, pensa, forçando-se a fazer algumas longas inspirações e expirações. 

Ele para no lugar e faz um círculo lento, procurando por qualquer coisa que possa ajudá-lo. Levanta a cabeça e olha para o pequeno vislumbre do céu espreitando por entre as copas das árvores. Tudo parece o mesmo. Nem sabe quanto tempo está andando também, tudo um completo mistério para ele. 

— Porra, eu vou morrer aqui. — diz, enterrando a cabeça nas mãos. 

Assim que realmente começa a entrar em pânico, uma voz fraca é registrada em seus ouvidos. Sua cabeça se levanta, o coração preso na garganta. Alguém está lá, ele percebe, os pés se movendo automaticamente. Ele segue o som, o ruído ininteligível eventualmente se aguçando e se tornando mais distinto. Alguém está cantando, ali, entre as árvores. 

Vê a fumaça em seguida, fios finos de cinza subindo para o céu. Ele desacelera um pouco, a cautela crescendo dentro dele quando percebe que pode ser qualquer um, e ele está sozinho. As árvores se tornam uma clareira e Louis avista uma fogueira queimando no meio. Ele percebe um movimento com o canto do olho e para. 

A figura que aparece um momento depois, cantando em uma língua que Louis não reconhece, não é outra senão a vovó Alice. Ela tem uma capa estampada sobre seu pequeno corpo, olhos fechados enquanto canta. 

hold on to your heart ও l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora