Jennie Pov.
A gente não tem como saber que tipo de grávida vai ser até realmente ser. Bem, a minha Rosie era...
—Jennie Kim você não foi comprar churros ainda?! Os desejos da filha não importam?! — Ela gritou do sofá, os pés inchados encima da mesinha de centro.
...Estressadinha.
Não faz nem cinco minutos que ela me mandou sair-
—Claro que sim, meu bem, eu vou agora mesmo, viu? Com essa roupa de pijama mesmo, ta vendo?! — Eu tentei amolecer o coração da Park. Óbvio que não deu certo. Suspirei, dando um beijo na testa dela antes de sair. — Tudo pelas minhas meninas!
Deus tenha misericórdia de mim e não deixa nenhum paparazzi ou fã aleatório me ver nesse estado, é por uma boa causa, por favor...
Fui num pé e voltei no outro — sim eu comecei a usar gírias de velha quanta tristeza... E mesmo assim quando cheguei a Roseanne estava com as bochechas vermelhas e um olhar de ódio.
É hoje que eu sou chutada da cama e durmo no chão.
Assinando minha sentença, eu fui até ela — com todo cuidado do mundo pra não irritar ainda mais a fera, e estendi a sacolinha de papel pardo com aquele doce que ela repentinamente ficou com vontande de comer.
Arregalei os olhos ao ver ela devorar tudo em menos de vinte segundos, em silêncio igual um animal selvagem.
—Você... Só trouxe isso? — Ela perguntou de boca cheia, apontando pra cozinha. Pisquei. Ela apontou com mais veemência.
Ah! Água, é claro!
Fui quase correndo e bati o miudinho no balcão de mármore chique que eu amava — no passado porque agora eu tava com ódio dele, tendo que xingar baixinho porque agora a Roseanne proibiu "palavras negativas".
Quase chorando, eu abri a geladeira e servi um copo cheio as pressas — Rosé já estava limpando a garganta, e derrubando algumas gotas no caminho, eu enfim entreguei a minha Rosie.
Ela tomou um longo gole antes de me chamar pra perto e eu engolir em seco — ando meio medrosa com essa versão dela, só pra receber um carinho na bochecha e um beijinho casto nos lábios.
—Obrigada, Nini. — Rosie diz, com um sorriso graúdo de marcar suas bochechas. Eu estava humilhantemente estática.
Fazia semanas que Rosie estava com um humor do cão — com todo motivo do mundo afinal ela estava toda dolorida, me dando chutes na cama enquanto trocava de posição e me dando olhares cortantes toda vez que eu chegava muito perto. Eu faço de tudo pra agradar ela e obedeço tudo que ela manda, sempre a disposição pra tentar amenizar as dores e facilitar a vida dela, mas somente hoje ela me demonstrou algum tipo de afeto...
Eu sinto que vou chorar.
—T-tudo bem. — Limpei a garganta, virando de costas pra piscar até as lágrimas regredirem. Soltei o ar pelas bochechas, tentando me controlar, mas senti as mãos esguias dela na minha cintura. Ela estava me abraçando por trás ou...? — Rosie...?
Ela encostou o rosto nas minhas costas e eu senti sua barriga volumosa me pressionar. A vontade de chorar triplicou. Felicidade.
—Eu te amo, Jennie... Minha, minha, minha... — Rosé soou sonolenta, as palavras acalentando meu coração de um jeito que só podia ser explicado como amor. Ela parecia bem satisfeita e animada, passando as mãos pela minha barriga lisa. — Ou melhor, nossa, não é Rosa?! Tem razão.
Eu ri, envolvendo as mãos longas dela nas minhas. Contente.
—Eu amo vocês. — Eu digo, me virando e me ajoelhando na frente dela, que estava sentadinha no sofá. Apoiei uma das mãos na sua perna e a outra na sua barriguinha rosada e redondinha. Sorri. — Amo mais do que as palavras conseguem transmitir.
Rosé deu um sorriso saboroso, daqueles que os lábios e os olhos brilham.
—Então porque você não me beija? — Foi o que ela disse, o ar cafageste que ela nunca perderia.
E eu a beijei, como a beijei. A beijei como se esse fosse o sentido da minha vida — e era um dos junto com cuidar dela e fazê-la feliz, a beijei como se meus lábios pertencessem apenas aos dela, porque realmente pertenciam.
Beijei de olhos fechados porque gostava de ver as faíscas. E beijei sua pele com minhas mãos também, cada curva e detalhe se encaixava nelas e causavam um suspiro. Arrepio. Nossas línguas juntas em uma competição sem perdedor algum, causando uma infinidade de chamas pelo meu corpo.
Surreal. Eramos magnéticas, sempre seriamos.
Quando nos afastamos, permanecemos em silêncio com apenas nossas respirações descompassadas ocupando todo o espaço. Nossos narizes se encostando, nossas mãos juntas de um jeito meio bobo e seus lábios na altura dos meus soltava um ar quente que eu chamava de lar. Sibilei um "eu te amo" rouco, mas ela juntou meus lábios em um bico, me calando.
Quando abri os olhos, seu olhar me dizia um atrativo "eu sei". E o castanho mel brilhoso e a pupila dilatada me diziam algo profundo que só com meu olhar mais atento eu poderia ler.
"Eu amo você".
Meu coração derreteu num sorriso que acompanhou o que surgiu nela.
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Mamães Kim & Park
Fiksi PenggemarCriar uma criança é naturalmente um desafio. Criar uma Rosanna Park-Kim era quase uma prova de fogo. Bem-vindos ao diário maternal das duas mães de primeira viagem mais atrapalhadas do universo, conheçam as mamães Kim e Park! Boa leitura ^-^