𖥻ꨶO Estranho do 303⻝︎݈݊ꨂ
3 horas e 37 minutos da madrugada, este foi o horário em que eu havia despertado. Não sabia o motivo, já que não ouvia nenhum barulho alto e nem nada do tipo. Na verdade, tudo estava muito silencioso. Nem barulho dos carros passando, nem vento e nem nada que poderia ocasionar o mínimo de barulho possível.
Jimin estava ao meu lado, porém ele também não roncava. A sua barriga apenas subia e descia de forma normal. Estava encabulado. Por que neste horário? Por que tudo está tão silencioso? No meio dos meus questionamentos mentais, eu finalmente ouvi um som. Não sabia o que era, mas se repetia de forma pausada. De dois em dois minutos, mais ou menos.
Segurei firme no cobertor que eu dividia com Jimin e me cobri por inteiro na tentativa de voltar a dormir, porém eu não estava conseguindo. Se passaram apenas dez minutos desde o meu despertar repentino, todavia ainda não estava entendendo. Poderia ser porque eu perdi o meu sono ou qualquer outra explicação, só que eu sabia que eu tinha que me levantar para ver algo. Estava resistindo à minha vontade louca de me levantar e ver o que estava acontecendo. O que mais me assustava era este maldito ruído e aparentemente não tão distante.
Eu tenho todos os motivos do mundo para desconfiar. Depois de mais cinco vezes, eu me cansei e tirei a coberta do meu corpo, logo tirei os meus pés de cima da cama e os coloquei no chão. Mesmo descalço, alcancei as minhas muletas e saí do quarto. Talvez eu tenha feito uma escolha errada, ou talvez eu realmente precisava descobrir o que estava acontecendo. Quem é suspeito e quem não é, quem é inocente e quem não é. Eu tomei a minha decisão. Eu não posso crer que o demônio insista tanto em pegar somente no meu pé.
Quando eu cheguei no corredor senti o vento costumeiro passar por mim. Estava desconfiado demais do silêncio das madeiras pregadas no chão e com a falta de uma faísca de luz para me guiar até a janela. Totalmente decidido, caminhei contra o vento e logo eu pude perceber que estava bem em frente a janela. Parecia um blecaute, eu não estava vendo absolutamente nada. Forcei um pouco a minha visão, todavia não tinha nenhum movimento estranho demais para a minha perspectiva. Não estava nem sequer ouvindo aqueles ruídos de uns minutos atrás. Não sabia quanto tempo exatamente fiquei ali esperando aquele som ou simplesmente tentando enxergar algo naquela imensa escuridão, só sei que foi tempo demais para acalmar o meu coração.
Eu dei as costas, mas foi então que eu pude ouvir de novo aquele barulho, me fazendo virar de imediato e me forçar a enxergar algo. O silêncio se alastrou de novo e talvez eu já tenha entendido o joguinho. Como nos clichês, assim que eu der as costas aquele barulho retornará. Decidido a pegar seja lá quem for no flagra, fingi que iria embora, só que quando eu dei as costas, eu não ouvi nada. Comecei a ir devagar para o quarto na expectativa de que o som voltasse a acontecer, porém não ocorreu nada. Quando cheguei no quarto do Jimin e abri a porta, eu finalmente me toquei. Não estava ocorrendo nada e era apenas loucura da minha cabeça. Pelo menos daquela vez foi. Porém quando eu olhei para a cama um grito medroso e descabido saiu dos meus lábios. Não, não foi um humano. Aquele gato estava de novo aqui. Ele não tem um lar específico, porém sempre retorna para esta casa quando decide que quer.
Jimin não havia se mexido com os meus gritos, pois estava tão cansado que se estivesse rolando uma festa de estourar os tímpanos ele não acordaria de uma vez. Isto me preocupa. E se eu estiver morrendo, quem irá me socorrer? Dei de ombros e fui com as muletas até o meu lado da cama, voltando a me deitar. Deixei a porta aberta, já que não sabia por quanto tempo o Miau continuaria a ter dono. Me aconcheguei novamente na cama não tão fofa e me cobri. De repente, um barulho começou a tocar alto. Não era nada demais, apenas o meu celular. Uma ligação.
Atendi no terceiro chamado e coloquei na orelha. Esperei um pouco e logo ouvi várias frases e palavras desconectas. Arregalei os meus olhos e me esforcei para sentar na cama e ouvir tudo. Notei que estava se repetindo e rapidamente procurei por um papel, todavia não tinha nada para que eu pudesse anotar. Eu sabia que havia alguma mensagem subliminar, ou nem tanto assim. Depois que desligaram, apenas cinco palavras ficaram na minha cabeça:
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O Estranho Do 303 ★ TAEGI
Fanfic▸ Esta história é uma ADAPTAÇÃO; a obra original pertence a thaistranha_, que concedeu autorização. ≛ ָ࣪ ❝'ー Na casa número 303 mora uma pessoa estranha. As pessoas não ousam a bater naquela porta, a falar com quem mora lá ou sequer fazem questão de...