02. Chegadas

441 65 23
                                    

Olá queridas leitoras! aqui estou eu com mais um capitulo, espero que gostem.

Antes de iniciar o capitulo gostaria de avisa-los que a lugar "Caraíva", que é a comunidade onde se passará a historia, não condiz com o lugar real que leva esse mesmo nome, pois a descrita aqui é completamente fictícia, no decorrer da fic vocês verão que vão haver Cenários, atividades e afins que não existem na Caraíva real. Espero que isso não seja um problema, dito isso aproveitem o capitulo!

***

"Não há transição que não implique um ponto de partida, um processo e um ponto de chegada."

Paulo Freire

A vila estava um tanto movimentada naquela noite de sexta feira. Não era surpresa alguma isso acontecer porque era começo de julho, período de férias escolares, época que a chuva já estiava, ou seja, todos queriam curtir essa temporada no calor das praias e na maresia da água do mar. Como Caraíva era uma comunidade turística o resultado não podia ser outro, o barzinho localizado na rua principal - onde haviam muitos outros bares e lojinhas turísticas também - a qual Soraya Thronicke era a dona, estava lotado. O lugar era bem aconchegante, as paredes eram cobertas por um papel de parede que simulava madeira, iluminado por lustres com luzes amareladas, haviam vasos de plantas verdes em alguns cantos específicos, o salão era preenchido como conjuntos de mesas e cadeiras coloniais brancas, um balcão bem abastecido de bebidas para quem não quisesse se sentar as mesas. Uma ótima opção para uma noite de verão.Cada detalhe daquele lugar fora escolhido a dedo, meticulosamente pela própria Soraya quando chegou ali.

Ela era uma mulher de estatura mediana, tinha cabelos dourados assim como seus olhos da cor de mel e sua pele era naturalmente bronzeada, consequentemente por "morar na praia". Morava na comunidade a pelos menos 9 anos. Era conhecida e querida por todos os outros moradores da comunidade por seu jeitinho radiante e serelepe de ser.

Apesar de ser dona do estabelecimento, ela trabalhava igualmente seus funcionários, por todas as noites em que funcionavam. Ora no caixa, ora servindo as mesas, ora na cozinha e ora atendendo no balcão como fazia agora mesmo. Por hora o movimento estava mais tranquilo, sem clientes para atender no balcão e por enquanto, os das mesas todos atendidos ela resolveu que lavaria as pequenas louças de drinks de clientes que ela atendeu no balcão ainda a pouco, enquanto deixava, Olívio, o funcionário mais jovenzinho, no caixa.

- Dona Soraya... Não é melhor que a senhora fique no caixa e eu lave isso?

- Olívio, eu já disse para parar de me chamar de senhora, me faz parecer velha, garoto!

- Mas é que a senhora tem a idade para ser minha mãe, apesar de não parecer, é claro. - Ele disse com graça.

Soraya tacou um pano de prato no ombro do menino que passou a mão no local fingindo uma dor inexistente.

- Olha que você vai para a rua, garoto. E...

Falava brincando com ele quando o mesmo a interrompeu para se dirigir a outro alguém sentado frente a eles no balcão.

- Boa noite, senhora! O que deseja?

Foi então que a loira olhou para quem ele se dirigia. Havia uma mulher um tanto misteriosa, por assim dizer, perante os seus olhos. Não lembrara de ver alguém com os cabelos e olhos tão pretos em toda sua vida, e que ganhavam mais destaque pela pele clara e pelo gloss rose que ela usava. Mesmo vestindo uma camisa manga cumpridas erguidas até os cotovelos, calça jeans, e calçando um Oxford, era perceptível que ela era branca como um papel, uma turista atípica exatamente por estar vestida daquela maneira num ambiente "praiano".

Até Que Você Vá Onde histórias criam vida. Descubra agora