"A chuva te mostra que nada é para sempre, até o sol aparecer e mostrar que há um novo começo!"
Bruna Nicole
Naquela manhã de sábado, o sol entrou pelas grandes portas de vidro que separavam a sala do jardim, essas as quais estavam descobertas pelas cortinas, despertando Simone de um sono profundo.Ela imediatamente tirou o travesseiro debaixo da cabeça e colocou sobre os olhos em uma tentativa de acabar com a claridade que a atingiu e voltar a dormir, porém não deu muito certo, uma vez acordada não conseguiu mais voltar ao sono. Se dando por vencida, ela se sentou no sofá do lado em que os raios de sol não a alcançava mais, observou a sala e tentando entender como havia chegado ali, forçou sua mente a relembrar os acontecimentos.
Seu olhar parou nas cortinas. Na noite anterior, a morena não teve tempo de reparar se essas mesmas cortinas estavam abertas ou não, porque ela chegou em um estado vergonhoso do barzinho do centro na noite anterior. Só tinha conseguido chegar em casa porque... as memorias foram ficaram claras como água em sua mente, a bartender desconhecida se ofereceu, “gentilmente”, para acompanha-la até o lugar que agora seria sua casa, lembrou-se também de tropeçar no meio do caminho e ser amparada por ela quando achou que beijaria o chão de bloco da rua, “Não foi dessa vez que você ganhou um arranhão nesse Rostinho bonito”, e de quando ela a deitou no sofá, tendo a delicadeza ― apesar dos coices que Simone dera nela a noite toda ― de tirar seus calçados e colocá-los organizados ao lado da mesinha de centro, e de colocar uma almofada sob sua cabeça para que não tivesse uma torcicolo agora quando acordasse. Bem, aquela interação fora um tanto estranha e diferente do que Simone estava acostumada, principalmente por ser tão reservada e introvertida, evitava contato com as pessoas o tanto quanto pudesse, mas aquela loira tinha um “jeitinho” só dela que a juíza ainda não conseguia definir ao certo em palavras, talvez “cativante” seria a descrição mais próxima a ela, porém para a morena não importava.
Talvez...
Naquela manhã, Simone sentiu um quentinho no coração talvez porque a redoma grossa de gelo que envolvia seu coração derreteu levemente que ela nem percebeu e talvez até demorasse mesmo a perceber, foram oram 10 anos construindo toda aquela parede, e a causa desse derretimento nem era o lugar quente em que estava ou o sol da manhã que refletia um pouco nela...
Talvez...
✨️✨️✨️✨️
O barulho das ondas do mar eram muito reconfortante aos ouvidos de Soraya, existia calmaria quando a água se chocava com a areia da praia e se recolhia novamente. Era por isso que todos as manhãs a loira corria na praia, não só pra manter o porte físico do seu corpo bem definido, como também para contemplar a beleza daquele lugar que ela tanto amava. Fazia um tempo que ela percorria a extensão da fachada de areia que era bem longa, usava uns shorts de corrida, um top e um boné que segurava um rabo de cavalo em cabelo. Ao avistar uma barraquinha conhecido por ela, logo seguiu em sua direção.
― Bom dia, seu Pedro! ― Disse animada para o já conhecido senhor dono da barraca.
― Bom dia, menina! Vai uma água de coco pra refrescar.
― Mas é claro!O homem rapidamente abriu um furo no coco e colocou um canudo de papel no mesmo, entregou para a loira, que logo deu uma golada.
Os dois encostados no balcão iniciaram uma conversa.
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Até Que Você Vá
RomanceSimone Tebet teve a infelicidade de perder tragicamente sua esposa. Consequentemente, com o passar dos anos ela se fechou para o mundo, se tornando uma mulher ranzinza e amargurada, focando somente em seu árduo trabalho e nada mais. Entretanto, devi...