Sapphire - Aemond Targaryen (CONCLUÍDA)

10. O beijo

Assim que chegaram à uma prainha, Aemond ajudou Lyanna a sair do barco e dispensou os homens que os trouxeram. Só então ele se virou para encarar a noiva, que fazia malabarismos com a saia do vestido para que as ondas não o molhassem.

—Vem, ali é um lugar melhor. —Aemond a guiou até uma parte onde a água não chegava e Lyanna não conseguiu deixar de encarar Vhagar, que estava parada há menos de trinta metros deles.

—Eu tô com medo. —Lyanna assumiu. —De isso ser uma vingança.

—Vingança por qual motivo, Lyanna? —Aemond perguntou e tentou se aproximar dela, que deu um passo para trás. —Lya?

—Você me pegou aos beijos com outro homem quando eu teoricamente estava morta. —Lyanna respondeu. —Qualquer homem se sentiria no direito de me matar por desonrar seu nome.

—Eu não sou qualquer homem, Lyanna Stark. —Aemond se aproximou dela e a segurou pela cintura. —Caso não tenha ficado claro ainda, eu não te culpo pelo plano sujo do Dustin, entendeu? Ele se aproveitou da sua perda de memória para criar uma história que levou a você deixar ele beijar a sua boca.

—M-mas... —Lyanna tentou falar, mas Aemond colocou o dedo indicador nos lábios dela, a impedindo de falar.

—Lyanna Stark, algo em mim morreu quando eu soube da sua morte e eu só voltei a ter esperança de ser minimamente feliz quando soube da possibilidade de você estar viva. —Aemond acariciou seu rosto. —Então, eu preciso que você entenda que eu não quero interromper o noivado, eu quero me casar com você e ser um bom marido para que você goste de ser casada comigo, entendeu?

—Uhum. —Lyanna respondeu e encarou Aemond, que estendeu a mão para ela.

—Então vem comigo. —Ele a chamou e, juntos, os dois caminharam até Vhagar.

O dragão de Aemond era ainda maior de perto e, diferente do que Lyanna pensou, não era assustador ficar tão perto de Vhagar.

— Ñuha Ābrazyrys, Vhagar. —Aemond conversou com o dragão e, em seguida, completou com palavras as quais Lyanna não conseguiria repetir.

—O que foi isso? —Ela perguntou.

—Primeiro disse que você é minha esposa. —Aemond explicou. —Depois eu disse que você voltou para perto da gente. Quer passar a mão nela?

—Posso? —Lyanna perguntou e, encorajada por Aemond, se aproximou de Vhagar e colocou a mão na cabeça do dragão, deslizando como um carinho e sorriu quando viu que ela fechou osolhos.

—Quer que eu te carregue ou prefere subir sozinha? —Aemond perguntou.

—Como eu fazia? —Lyanna retribuiu a pergunta.

—Eu deixei você subir sozinha e me sentei atrás de você. —Aemond explicou. —Mas se quiser eu te carrego.

—Então eu consegui subir? —Ela perguntou animada e se aproximou da escada de cordas que levava até a sela do dragão.

—Conseguiu, mas talvez por conta dos desmaios seja melhor... —Aemond não conseguiu terminar a frase, porque Lyanna se desequilibrou e ele precisou segurá-la. —Tá tudo bem?

—Uhum. —Lyanna respondeu e se segurou em Aemond até que ele a ajudasse a sentar.

E, no momento o qual ele se acomodou atrás dela, Lyanna sentiu que era capaz de se derreter nos braços do príncipe, principalmente porque aquela conhecida sensação entre as pernas veio mais forte do que nunca, principalmente quando ele se inclinou um pouco em direção às cordas que direcionariam Vhagar. A intimidade de Lyanna foi diretamente pressionada contra o assento e o estômago da Lady dava cambalhotas apenas por imaginar o quão próximo Aemond estava dela.