Epílogo

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"Uau, isso certamente foi um baile para ficar para a história!" Jay comentava com Carlos, enquanto os dois iam a caminho do seu quarto.

No final daquela noite todos estavam exaustos, felizes, mas exaustos com toda a quantidade de emoções que rolaram no baile.

No final do evento Carlos e Ben se despediram e cada um foi para seu quarto, relaxar e dormir. Carlos estava ansioso para ver Ben de novo, mal se despediu dele e o garoto já quer ir dormir para poder vê-lo de novo. Carlos bufou com o pensamento, a paixão deixa você tão bobo.

"Tenho certeza que sim, afinal não é todo o dia que alguém se transforma em metade polvo gigante e luta com um dragão que acontece de ser sua amiga." Carlos brincou.

Finalmente chegando ao seu quarto compartilhado, abriram a porta e os dois entraram. Jay aproveitou e já foi correndo para o banheiro.

"O banheiro é meu!" Jay gritou enquanto corria para o chuveiro, fechando a porta atras de si.

"Isso não valeu." Carlos gritou para o outro dentro do banheiro ouvir.

Ouviu a risada abafada que o ex ladrão deu. Agora ele teria de aturar a sensação de suas roupas molhadas secando em seu corpo. Não era uma das sensações mais agradáveis do mundo. Então tratou de se secar como pode.

Foi até seu armário, tirou uma toalha que estava guardada na gaveta e secou o restante da água que não tinha secado de seu corpo. Tirou suas roupas molhadas trocando-as pelo seu pijama seco.

Logo ele caiu sobre sua cama para esperar Jay desocupar o banheiro.

Foi quando suas costas bateram no amontoado de cobertas que estavam em cima da cama, que sentiu algo duro pressionando a região de suas costelas. Carlos franziu a testa com isso, se sentou, tateando as cobertas, suas mãos alcançaram um pequeno caderno de capa dura. Tirou ele de baixo das cobertas. O olhando, se lembrou que tinha pegado o livro na casa de sua mãe em Hell Hall, lembrou-se também que não tinha conseguido estudar o conteúdo do diário.

Agora que ele estava segurando o diário, a curiosidade voltou para ele com força total.
E que melhor hora, se não agora?

Se encostou na cabeceira de sua cama, ficando em uma posição mais confortável e abriu o diário na primeira página. Ao contrário do que ele pensava, não era esboços que estavam ali e sim páginas e mais páginas de escritas, feita pela sua mãe. Esse era o diário dela, mas não de desenhos de roupas como pensava antes, e sim, um diário pessoal.

Ele sabia que o que estava fazendo era errado, espiar o diário pessoal de alguém, se o diário fosse de qualquer outra pessoa ele teria deixado no mesmo lugar que tinha pegado, mas era de sua mãe, a mulher que matava animais para fazer casacos de pele.

Ou seja.

Ele já não tinha mais nenhum respeito por sua progenitora. Deu de ombros e se concentrou na leitura.

Começou a ler a primeira página com o interesse renovado.

Porém logo foi perdendo o interesse assim que continuava sua leitura, percebendo que não passavam de desilusões e ideias de uma mente mentalmente instável. Passou os olhos por frases desconexas e escritas inteligíveis, talvez para sua mãe tudo nesse diário fizesse sentido, mas para ele era tudo apenas palavras e frases sem contexto algum.

Iria jogar o diário de lado e decretar que foi uma perda de tempo ele ter pegado aquele diário, quando parou em uma página quase perto do fim das folhas do diário. Aquelas páginas pareciam ter sido escritas em um dos poucos, porém existentes, períodos de lucidez de sua mãe.

Descendants 2 - The Sea Witch Onde histórias criam vida. Descubra agora