011

155 8 9
                                    

pov clarke

Mais dias se passam e a minha culpa e dor aumentam cada vez mais, ver a lexa todo dia com um semblante vazio me quebra, depois de nossa conversa achei que as coisas iriam melhorar, mas e claro que eu estava enganada, mas não a culpo, eu fiz merda, uma enorme.

Estou tentando me redimir, vou fazer de tudo para ganhar o perdão dela, lexa mudou meu mundo.

Choro quase todas as noites, e durante o dia finjo estar bem. Sinto falta da minha mãe, penso em ligar para ela e pedir um conselho, mas e claro que é a coisa mais patética do mundo, se eu ligasse para ela e falasse que estou " sofrendo " por uma mulher ela traria um padre para tirar o domínio do meu corpo.

hoje e uma sexta, raven e suas amigas vão sair, ela me chamou mas estou desanimada demais, então disse a ela que eu tinha que estudar, o que não e uma mentira.

Agora ja passa sas 22h e ainda nao vi lexa hoje, me preocupo.

Estou sentada na minha cama com vários livros abertos,  olho em direção da cama de lexa, e esta toda desarrumada, com algumas roupas em cima da cama e um baseado em cima de sua mesinha.

Vou em direção de sua cama e pego uma de suas blusas e levo em direção ao meu rosto para sentir o seu cheiro, um cheiro doce, o mesmo cheiro que eu senti quando ela estava em cima de mim, meus olhos se enchem de lagrimas, choro, e muito, estou tão arrependida, meu coração doi, meu corpo doi, só queria voltar no tempo e fazer tudo diferente, sento no chão com a sua blusa nas mãos e me permito explodir, minha respiração falha, mas não me importo, os sentimentos são tantos que o mundo exterior some, e so consigo pensar em lexa.

Então a porta se abre e lexa entra, e me olha, segurando sua blusa, sentada ao lado da sua cama.

ela vem em minha direção sem dizer nenhuma palavra, senta ao meu lado e então diz

- o que você ta fazendo? - ela susurra com a voz doce, e tenta limpar minhas lagrimas. Me pergunto como ela consegue ser tão boa e doce comigo mesmo depois de tudo.

eu não a mereço

ela me abraça, não consigo a responder nada, apenas a aperto em meus braços desejando que dure para sempre.

- me perdoa - indago entre sussuros - por favor, eu sei que não te mereço, mas por favor me perdoe.

ela olha para mim com seu olhar doce e penetrante, segura meu rosto e junta nossos corpos ainda mais.

- por favor, eu sei você me odeia, mas eu preciso de você.

- calma clarke, ta tudo bem - ela tenta me acalmar

minha respiração se normaliza, paro de tremer e as lagrimas agora não descem como antes, me afasto um pouco de lexa e vejo que ela tem apenas uma lagrima caindo em seu lindo rosto.

- eu sei que te machuquei - continuo falando

- ta tudo bem, eu consigo te entender. - ela e boa demais.

ela faz carinho no meu cabelo buscando me tranquilizar mais.

- tudo o que a gente fez desde que eu cheguei aqui foi brigar, eu não quero mais isso.

- eu também não clarke.

abraço ela novamente.

- eu acho que sou bi - afirmo, orgulhasa de mim mesma em dizer isso em voz alta.

- que bom - lexa da um sorriso para mim.

ela me olhando agora, com esse sorriso e esse olhar, me da borboletas no estômago, vou em direção ao seus lábios, na esperança de sentir o gosto deles denovo, mas lexa me impede como se soubesse o que eu ia fazer.

- não vou te beijar clarke - posso jurar que fiz um biquinho, igual uma criança

- por que não?

- porque vemos fazer do jeito certo agora, vamos recomeçar, vemos nós conhecer direito, e deixar acontecer, não vamos apressar. - como pode ela ser tão perfeita?

- parece certo.

- otimo,agora levanta desse chão e larga essa minha blusa- dou uma risada e me levanto, lexa faz o mesmo.

- obrigado por me perdoar- digo a ela limpando minhas proprias lagrimas.

lexa vem e me da outro abraço, aproveito e sinto o seu cheiro, como se fosse uma droga e eu estivesse viciada, também tiro uma casquinha, e aperto sua cintura e chego ela para mais perto do meu corpo, quando lexa percebe o que estou fazendo, ela se afasta

- safada. - ela diz dando uma risada

- eu não resisto a você.

nós duas nos deitamos na cama.

- então, você e bi, certo? você vai se assumir para as pessoas? - lexa pergunta.

- eu não sei ainda, pros meus pais acho melhor não contar, eles me matariam.

lexa se vira e me olha colocando meu cabelo atrás da orelha.

- eu sei como é. - ela diz

- você ja se assumiu para eles?-

- sim, a minha mãe demorou para aceitar, foi horrivel no início, mas com o tempo foi melhorando, quando meu pai morreu passamos por uma fase difícil,  mas agora estamos bem - ela da de ombros.

- não sabia que seu pai tinha...

- foi a 3 anos, acidente de carro. -ela completa, lexa fala disso com dificuldade, da para perceber,  sei que ela e uma pessoa que ja sofreu muito, sei que ela toma remédio para depressão, naquela noite, vi em suas coxas cicatrizes que tenho quase certeza que sao automutilaçao, e agora ela revela que seu pai morreu, fico com receio de fazer mais perguntas.

- não precisa ter pena de mim, eu estou bem, tenho dias bons e dias ruins - ela fala, quase como se estivesse lendo meus pensamentos.

- você e muito forte lexa.

ela vem em minha direção com um sorriso e me da um único selinho, leve e rápido mal consigo sentir o gosto de seus lábios.

- boa noite amor.- ela diz e vai para a sua cama.

amor.
amor.
amor.
amor.
amor.
amor.
amor.
amor.
amor.

fico sem fôlego, mas viro para o outro lado e tento dormir. Lexa me perdoou,  e me chamou de amor, me deu um selinho, e conseguimos conversar sem brigar. Acho que posso estar me apaixonando por ela, só talvez.

flawlessOnde histórias criam vida. Descubra agora