Setembro; 1980 ||

9 4 0
                                    

Postes pelos corredores Pt.2

Na manhã seguinte, Lisa e Rose estavam ambas encostadas nos armários do corredor da escola. Após uma rápida conversa com a diretora, ela encarregou Lisa de mostrar a escola para os alunos que foram transferidos para a nova escola. Para a sorte da garota, não haviam tantos novatos assim, apenas 7, sendo 4 de sua turma e mais 3 de alguma outra sala.

Passando rapidamente os olhos pelos alunos presentes ali, ela pode perceber que faltava alguém, mas se nem essa pessoa  estava interessada de estar ali, por que ela estaria? afinal, estava ali apenas para ganhar algum ponto extra. Era uma tarefa dela, como um tipo de castigo, e Rose estava ali porque... Bem, Lisa arrastara a melhor amiga.

- Você quer dividir? ou..

- Não! Rose, não me deixe sozinha. - Lisa a olhava em desespero, Rose revirou os olhos e se virou para falar com os novatos. Explicando que fariam um tour pela escola, passariam pela quadra e explicaria o básico.

Sem o menor interesse em esperar seja la quem for que estava atrasada, o pequeno grupo começou a seguir Lisa que tomou a frente, enquanto Rose explicava.

Sair de usa rotina de não fazer nada, era algo muito estranho, Lisa estava acostumada com isso, Se ela não tivesse chego atrasada logo no primeiro dia, talvez as coisas poderiam ser diferentes, ela não estaria ali obrigada. Ela descobriria da pior maneira como seria sair de sua rotina de não fazer nada, com o mair furo de sua tediosa rotina, pois naquela manhã de terça feira, em uma das esquinas dos corredores daquela escola, na Pequena cidade de Oxbow, Lalisa Manoban esbarrou com seu, futuro, maior desafio.

Você conhece a teoria do caos? Ela diz que o bater de asas de uma borboleta pode causar tufão do outro lado do mundo, que uma pequena decisão, pode mudar o rumo da história.

Lisa não acreditava nessa teoria. Afinal, como um pequeno animal poderia provocar um desastre natural? Como um padre salvar uma criança de um afogamento poderia causar a morte de 60 milhões de mortos? Uma palavra a mais ou a menos poderia causar guerra? Mal sabia ela que fazia sentido. Fazia porque se parasse para analisar ela veria que se tivesse chego no horário, ou alguns minutos antes no inicio da aula na segunda, a senhora Evans não o mandaria para a diretoria e consequentemente não estaria ali tendo que apresentar a escola para o grupo de calouros.

Por fim, ela nunca teria notado aquela garota, afinal ela não era de sua sala, e não tinha a mínima curiosidade para saber de qual ela era. Mas naquela realidade, Lisa havia se atrasado, e ela estava apresentando o grupo e ela, definitivamente, acabou de esbarrar com sua maior dor de cabeça.

Então sim, alguns minutos de atraso, uma pequena decisão de não sair da cama mais cedo, fez todo o curso da história de Lisa mudar, porque uma pessoa pode fazer toda a diferença.

O corpo pequeno da garota bateu contra o de Lisa, ela quase não se moveu, mas a outra praticamente voou para trás caindo de bunda no chão.

Lisa olhou para baixo, mesmo com a garota sentada ela podia ver claramente que era mais baixa que ela, os cabelos longos pretos, um rosto angelical que acompanhavam um par de olhos de gato confusos. Ela já havia visto aquela garota antes?

- Merda. -- Olhou para cima ainda jogada no chão. - Você esta bem?

Lisa na entendeu, ela ficou confusa, e uma das coisas que ela menos gostava era ficar confusa. Num ato automático, a mais alta colocou as mãos no bolso do casaco e se encolheu ali.

- Você esta espatifada no chão e quer saber se eu estou bem?. -- Não fazia sentido, foi a vez da outra franzir a testa.

- Bem, nuca ouviu falar em ação e reação? Se doeu em mim, provavelmente doeu em você.

Not about angels - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora