-Pronto – o anfitrião sorri, tomado pela visão agradável diante de si – Acho que já podemos começar.
Hipersensível a todos os estímulos presentes no quarto, Taeyong sente seus músculos se contraírem involuntariamente. Sua respiração falha parecia superficial demais enquanto ele lutava para conter o olhar sobre o semelhante do Jung.
Avaliando a postura do submisso, Jaehyun desata o nó da gravata que antes estivera prendendo os pulsos do companheiro. O suspiro de desagrado de Taeyong foi abafado pelo acessório de borracha.
-Precisamos de um jeito para saber se você estiver desconfortável – explicou – Então, se quiser parar, apenas me mostre os dois dedos de uma mão – manuseou a palma do menor com cuidado, erguendo o dedo indicador e médio perante si – Tudo bem para você?
Completamente incapacitado de proferir uma resposta audível, Taeyong assente com o máximo de calma que o é possível obter. Jaehyun parece satisfeito, uma vez que puxa o submisso pela gag ball bem presa, fazendo com que ele se colocasse de pé diante de si.
Taeyong havia esperado tempos por aquele momento, era verdade. Mas tê-lo diante de si, com alguém que conhecera há menos de horas, trazia em si um desconforto semelhante ao medo. E por mais que a experiência de Jaehyun fosse incontestável, era impossível que o companheiro não fosse tomado pela insegurança.
-Calma – Jaehyun ditou em um murmúrio, parecendo muito mais ameno desta vez, ao perceber a hesitação do outro – Tem certeza de que quer fazer isso?
O outro não precisou de um segundo de reflexão sequer. Queria aquilo mais do que qualquer coisa na vida, e não deixaria o medo de situações desconhecidas tomá-lo naquele momento. Assentiu com força, tentando demonstrar toda a determinação em conter seu impulso natural de fuga.
-Então eu prometo que farei com cuidado – Jaehyun sussurrou, enfim, enquanto colocava-se em pé e cuidadosamente retirava as vestimentas do submisso. Taeyong deixou-se ser levado pelas mãos alheias, que o guiaram em direção ao colchão macio assim que o despiram totalmente.
Jaehyun tomou alguns instantes a admirar o submisso nu em sua cama antes que começasse o próprio ritual de despir-se. A música que vinha do andar de baixo abafava os suspiros do menor ao apreciar a beleza à sua frente
Naquele momento, era como se as experiências anteriores de Taeyong se resumissem a zero. O menor sentia-se tremer sobre os lençóis macios, a plena confiança em Jaehyun sendo o único alicerce para que ele não realizasse o sinal de segurança e saísse correndo do quarto.
Afinal, queria aquilo como louco, por mais que a situação parecesse amedrontadora.
E foi assim que, instantes depois, Taeyong sentiu-se ser vigiado como uma presa fácil. Jaehyun, já completamente despido, o dirige um olhar capaz de revirar seu interior em chamas, o desejo ardente parecendo queimar a pele do submisso.
-Abra as pernas – Jaehyun ordenou, o tom mais firme desta vez, de forma que Taeyong nem ao menos cogitou a hipótese de desobedecê-lo. E quando o submisso assim o fez, o outro apenas o encarou com mais luxúria – É todo meu.
E antes mesmo que Taeyong tivesse oportunidade de refletir sobre o significado daquelas palavras, o dominante atacou-o com precisão calculada. Em meio segundo, a gag ball era tudo o que impedia Taeyong de gritar sonoramente enquanto sentia sua pele ser marcada impiedosamente pelos dentes do companheiro, as mãos fortes deste vindo a agarrar os cabelos brilhantes do submisso, puxando com força a fim de tornar seu pescoço ainda mais expostos aos lábios ávidos que o exploravam. Mesmo com a total mobilidade das mãos soltas. Taeyong não teria forças para afastá-lo de si.
