Mais uma vez

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E quando a noite cai
E não resta ninguém
O vazio vem ao teu encontro
Ele abraça-te com os seus lamentos
Que te levam ao sofrimento

O sabor da solidão
Que é amargo e doce
Por ele que fere e recupera
O sentido a que se despreza
Aguarda a tristeza

E quando a noite cai
A caneta e o papel
Juntam-se á reunião
E escrevem com emoção

O sabor da inspiração
Que é fresco e quente
Por ele que alivia e preocupa
Deixando a mente que desocupa

Vendo o mundo girar lá fora
Ouvindo os sorrisos daquela gente
E tu fechado no próprio quarto
Numa eterna luta consciente

Tentando achar uma distração
Para que as lágrimas não manchem o papel
A que triste escrita emerge

E mais uma vez continuo aqui
Eu, eu e só eu
Sozinho para todo o sempre
Esperando a que o sono me leve novamente

A mente de um vazioOnde histórias criam vida. Descubra agora