Doce martírio
Que encurrala o meu destino
Permaneço num delírio
Neste meu mundo tão sozinhoVestes da escuridão
Rematam o sofrimento eterno
Consolar o passado
Para viver um novo fadoCoração de cristal partido
Estilhaçado e esquecido
Pondero agora o que realmente sintoDanço, descalça e sozinha
Sobre vidros no chão
Sinto os cortes profundos tocarem este coração
Olhos que sagram
Lembrando daqueles que foram em vãoErrante alma que flutua
Entre horizontes ínfimos
Palavras sem pés nem cabeça
Decapito-as pela raiz
As que me faziam infelizTudo o que sinto,
É fruto do pensamento
Recordar o que era para ser vivido
Dor interminável permanece neste labirintoA expectativa, resultou numa mera decepção
Ilusão que afasta e cega a realidade
Dissolvo a tentação de desaparecer
E executo o passado, para o tentar esquecerProcuro a gnose da minha existência
Para poder entender a minha essência.
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A mente de um vazio
PoésiePoemas. Simples poemas escritos por alma e mente no qual o coração apenas sente.