Twinkle Twinkle Little Star ( HyunLix )

Sombra Gêmea

O ruivo se desesperou quando viu que Hyunjin estava desde o dia anterior na mesma posição.
Iria surtar se todos os dias fossem iguais.

O ruivo suspirou, caminhando para aquela cadeira, olhando que a comida ainda estava no mesmo lugar.

– Prometeu que não deixaria estragar. – a voz soou ríspida, mas Hyunjin não se importava em levar bronca, era um sonho mesmo, não adiantaria reclamar com um fruto de seu cérebro cansado e doente.

– Eu... Estava te esperando... – o Hwang murmurou, suspirando ao ver as sardas no rosto alheio, mas doeu o coração, haviam tão poucas. – Suas estrelinhas...

O Lee franziu as sobrancelhas, entortando suavemente a cabeça para o lado, tentando compreender o que se passava na cabeça complexa de Hyunjin.
Quando o Hwang tocou sua face carinhosamente, dedilhando suas poucas sardas com os dedos ossudos e fracos, o Lee entendeu que ele dizia sobre suas sardas.

– Estão aqui. – disse direto, sorrindo com o afago em suas bochechas – Sente falta da paz... Não sente?

O Hwang teve a sua vez de se sentir confuso, Felix estava estranho demais.
Ele estava estranho desde o dia anterior.
Falava manso, dizia calmo, piscava lento, parecia cansado, mas indisposto a descansar.
Enquanto murmurava baixo ao invés de gritar, ele andava lento ao invés de correr, além de tudo, estava aceitando seus carinhos sem ter segundas intenções consigo.

Independente do momento, do quão triste estivesse, Felix nunca negava uma mão amiga e neste instante, estaria o empurrando contra um canto e o atacando, mas... Neste instante, ele parecia tão frágil.

Não parecia o seu Lix.

Suas lágrimas pareceram retornar ao rosto, não queria acreditar no que sua mente o fazia pensar, no que estava lutando para não ser a suposta realidade.

Entre tantas realidades, não queria que a sua realidade fosse aquela.

Ele talvez não fosse o seu Lixie...

Suas lágrimas caiam cada vez mais, deixando seu corpo tombar sobre o corpo baixo, o abraçando forte antes de soluçar.
As mãos dóceis tocava a sua cabeça, acariciando seus fios, ele definitivamente não era o seu Lixie.

Quando seus braços foram erguidos, sendo levantado com cuidado e levado para se deitar, o Hwang se debateu.

Não iria aceitar, não queria dormir.

Mesmo que este Felix não seja o seu Felix, não queria perde-lo, não queria dormir e o deixar escapar entre seus dedos.

– Jinnie... – aquele apelido martelou a sua mente.

Seus olhos se arregalaram, olhando para o Lee que sorria para si.
Aquele apelido não era do seu Lixie.
Ele o chamava de Lhama... Ele o Chamava de Baby... Quem o chamava de Jinnie era uma única pessoa...

Minho

O Hwang quis se matar. Como poderia ter se esquecido justamente do gêmeo? Justamente da cópia idêntica de seu Lixie.
Mas o que mais lhe doía era pensar no que ele estava fazendo ali, o ajudando.

Minho só o chamava para o zombar, seus apelidos eram para magoa-lo, mas naquele momento, ele parecia tão compadecido a si.

Suas lágrimas retornaram com tanta força, que seu corpo se tombou para o chão, sua visão escureceu, enquanto seus dedos tremiam cada vez mais.

O ar não existia em seus pulmões.

Iria desmaiar a qualquer instante.

– J-jinnie! Fica comigo! – o Hwang soluçou.

Ele era tão idêntico ao seu Lix, mas ao mesmo tempo tão diferente.

Ele era tão idêntico a Minho, mas ao mesmo tempo não era Minho.

Seja quem for...

Ele nunca havia conhecido aquela pessoa.

Não estava louco, ele não reconhecia aquela personalidade tão boa.

Ninguém era bom de verdade consigo, nem o seu Lixie.