O que era aquilo?

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Eai, pessoas!
Tudo bom?!
Q tal uma historinha minimamente sombria para acalmar a madrugada daqla q vos escreve e n tá com um pingo se sono?

Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

De manhã eu recuso isso aq kkkkkk

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Pov Sarah

Eu moro sozinha, passo a maior parte do meu tempo sozinha, vez ou outra acabo saindo com algum amigo, mas nada que faça uma diferença significativa na minha rotina, é quase o mesmo que precisar ir no mercado de última hora, quase irrelevante.

Por passar a maior parte do tempo desacompanhada, acabei desenvolvendo duas manias, uma era sempre estar com meus fones de ouvido e a outra era falar sozinha. Tinha longas conversas comigo mesma, debatia desde assuntos relevantes envolvendo política e pontos de vista de pessoas em diferentes realidades, as vezes discussões sobre qualquer assunto da faculdade, sobre como eu queria mandar certos professores irem se fuder, mas as vezes também era só uma critica de filme, uma análise de livro, coisas bestas, que geralmente são conversados com amigos ou colegas. De qualquer forma, eu falo muito e é como se sempre houvesse alguém comigo.

Não tenho nenhum tipo de mediunidade, até onde eu saiba, sempre considerei essa minha "companhia" como apenas uma coisa da minha cabeça desocupada, que só queria uma forma de se sentir minimamente acolhida, mesmo estando parada olhando para uma parede branca. Acho que também estava acostumada com escutar coisas dentro de casa e com o passar dos anos apenas ignorei tudo e qualquer sinal estranho, aquilo era normal.

Acontece que de uma tempos pra' cá a minha solidão vem piorando. Eu vejo as pessoas ao meu redor se divertindo, saindo, conhecendo gente nova e eu sou apenas a mesma garota com fobia social. Tenho me sentido mal, falado menos e escutado mais e nisso de escutar mais estou começando a ficar assustada.

Entenda que casas fazem barulho e aqui ainda mais, já que moro as margens de uma avenida movimentada, as pessoas passam aqui na frente e é como se estivessem no terraço de casa, as vezes até na sala, juro por tudo que é mais sagrado que já escutei pés arrastando aqui dentro e eu estava sozinha.

Um dia desses alguém passou correndo do corredor. Ainda consigo escutar o barulho dos pés tocando a cerâmica de forma rápida, logo em seguida a porta do meu quarto abriu, eu tinha deixado ela apenas encostada por causa do calor, mas alguém abriu ela e eu sei que não foi só o vendo, porque logo depois senti uma presença atrás de mim. Ainda não estava dormindo naquelr momento, ao menos acho que não, só sei que não tive coragem de virar e tentar enxergar o que quer que estivesse atrás de mim.

Quando finalmente a sensação de ter alguém do meu lado passou eu me virei, acendi a luz, coloquei meus fones e ouvido, um desenho infantil e só assim consegui dormir, depois de vários momentos tentando arrumar uma maneira lógica para tudo aquilo que eu senti.

Foi medonho.

Naquela noite não senti mais nada, mas aí o tempo passou, a porta continuava abrindo, mas agora não tinha presença. Eu ignorava o vendo batendo a porta da sala e da varanda, mesmo que fosse estranho, deixava de lado os estalos da geladeira e o eco que eles causam na casa, da mesma forma que preferir não dá atenção para os uivos que o vendo da sempre que passa por alguma frenta, e aque tem muitas frestas.

Procuro sempre dormir com os pés cobertos, isso me dá segurança, também comecei a fechar a porta de verdade, mesmo em noites quentes, mas então outra coisa começou a acontecer e é isso que tá' me deixou mais incomodada e apreensiva.

Por esses dias, tive que levantar de madrugada para fechar direiro a porta do banheiro, que estava batendo por causa do vendo e me deixando irritada com aquele barulho. Pensei ter escutado algo na sala, mas não podia ser nada de mais, então deixei para lá e voltei para minha cama, já que teria aula na manhã seguinte. Deitei de barriga pra' cima, pensei um pouco na vida e peguei no sono sem nem notar, apenas para acordar horas depois sem conseguir respirar direito.

Parecia ter alguma coisa no meu peito e que ao mesmo tempo apertava meu pescoço. O ar simplesmente não estraga, parecia que meu pulmão não era capaz de expandir e meu nariz não colocava oxigênio para dentro. Fiquei um tempo sem conseguir concluir essa atividade tão básica, não sei se segundos, minutos ou horas, sei que me me pareceram uma eternidade.

Quando finalmente consegui me virar de lado, voltei a respirar. Meus olhos estavam cheios de lágrimas, um misto de medo pelo que havia acontecido e alívio por estar bem.

Não sei dizer se foi o sono ou algo relacionado a falta de ar, sei que acabei dormindo de novo e dessa vez foi o despertador que me acordou. Eu estava bem, mas ainda havia a sensação da noite passada, eu sentia meu coração, não respirava muito bem, parecia agoniada com algo me tocado, tanto que no dia resolvi usar regata e não camisas de manga comprida, aquilo estava estranho.

Não tinha com quem comentar, qualquer um me diria que não passava de um sonho e achei por bem me convencer disso sozinha.

Então na outra noite se repetiu e denovo, denovo... Foi uma semana assim. Acordando assutada, com algo em mim, repetindo esse ciclo infernal várias e várias vezes. Até ontem. Porque ontem eu consegui olhar para o quarto e não apenas ficar no chão quando me virir para respirar. Eu vi uma coisa pequena, ou que estava abaixada, próximo da cama, indo na direção do espelho. A criaturinha sumiu por lá, pareceu apenas pular para dentro do meu tão amado espelho e sumiu.

Acendi a luz o mais rápido possível e fui até a superfície reflexiva pregada a parede, nele só havia uma pequena marca, parecia gordura, como quando alguém toca no espelho e fica a marca da mão, estava justamente no lugar que a criatura parecia ter passado.

Sinceramente, não faço a minima ideia do que aquilo poderia ser, mas era pequeno e, lembra os passos que eu ouvi no corredor, nada que convence que o dono daquele passos não era uma criança ou, pelo menos, algo muito pequeno.

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Boa noite e até mais 💕💕🌙

Efeitos da insônia - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora