Prólogo

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Pov Lalisa Park Manoban

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Pov Lalisa Park Manoban

Peguei uma das canetas que havia em cima da grande mesa em que eu estava sentada, brinquei com ela entre os meus dedos tentando acalmar minha ansiedade, Bo Gum sabia que eu odiava esperar e odiava surpresas mesmo assim insistia em me deixar no escuro.

— Oi cunhadinha. — Jisoo falou sorrindo passando pela porta toda vestida de preto.

— Onde é o enterro?. — Brinquei enquanto ela se sentava na cadeira a minha frente.

— Eu gosto de preto, me deixa sexy. — Ela disse abrindo a pasta que havia trago consigo e tirando alguns papéis dela.

— Me fala logo o que seu irmão está aprontando. — Pedi impaciente.

— Calma eu passei por ele quando vim. — Assim que ela terminou de falar Bo Gum entrou na sala sorridente. — Olha ele ai.

— Desculpa a demora. — Ele disse calmo como sempre, depositando um selinho rápido em meus lábios antes de se sentar também.

— Obrigada por chegar antes que sua esposa me matasse. — Fiz careta para Jisoo e toda seu drama.

— Bom eu sei que você odeia esperar, então vamos logo ao assunto. — Ele se direcionou a Jisoo que se levantou indo até o meio do projetor que tinha na sala, ligou a tela mostrando uma imagem.

— Vamos fazer uma exposição de fotos de carros antigos. — Ela disse passando imagens de vários modelos. — Eu e Bo Gum achamos que isso seria um marketing positivo para nossos clientes colecionadores.

— Eu sei que gosta dessa parte artística, então pensei que gostaria de cuidar da fotografia e gravação. — Sorri para Bo gum dando outro beijo rápido em seus lábios.

Ele sempre fazia de tudo para que eu me sentisse o mais feliz possível, levando em consideração nosso casamento nada convencional.

— Ok vamos parar com essa melação.  — Jisoo falou nos fazendo rir. — Vamos precisar de uma fotógrafa e uma produtora visual, eu tenho uma amiga que conhece duas, inclusive elas já fizeram trabalhos parecidos com o que queremos.

— Perfeito Soo, você marca uma entrevista com elas pode ser?. — Bo Gum falou se levantando. — O resto é com você. — Ele sorriu novamente mostrando os dentes perfeitos e me dando um beijo de despedida.

— Ele está sempre com pressa. — Jisoo falou desligando a tela e se sentando de frente pra mim novamente. — Vamos ver se esse trabalho te anima um pouco, as vezes fico preocupada.

— Não precisa se preocupar, esse é o meu normal não sou uma pessoa muito animada igual você e seu irmão.

— Bo Gum se culpa, sempre está procurando formas de te agradar mas teme que esteja entediada com a vida que levam.

— Eu não estou entediada. — Menti, não queria Bo Gum com mais problemas do que já tinha para resolver. — Vocês dois tem que tirar isso da cabeça eu fiz escolhas e vou lidar com elas, agora me diz você vai marcar para quando as entrevistas?.

— Pensei em semana que vem, vou na casa de vocês hoje Bo Gum me convidou para o jantar. — Ela disse recolhendo os papéis enquanto eu me levantava.

— Que bom, estou precisando de uma segunda opinião no jardim.

Saímos andando lado a lado pelos corredores da empresa.

— Ainda está em dúvida sobre as flores?.

— Não sei se misturo os tipos, estava pensando em colocar uma rede também com banquinhos de balanço.

— Você parece minha avó falando.

— Cala boca, gosto de decoração e Bo Gum deixa o cartão sem limite dele ao meu dispor.

— Você tem a vida que eu pedi a Deus. — Paramos em uma das 5 salas de café que havia naquele prédio enorme, tantos anos e eu ainda conseguia me perder dentro dele.

— Ok falando sobre as fotos, como isso vai funcionar?.

— Você que vai me dizer como isso vai funcionar, estou totalmente fora do projeto só vou marcar as entrevistas.

— Você podia me dar uma mãozinha. — Servi uma xícara de café para JIsoo enquando colocava mais uma cápsula na máquina.

— Não vai querer minha ajuda vai por mim, eu não sei nem ligar uma câmera.

Jisoo tomou todo o café em dois goles me deixando espantada, terminei o meu sem pressa ainda tinha alguns minutos com minha cunhada, ela teria que voltar ao trabalho em breve e eu iria pra casa.

Bo Gum passava muito tempo na empresa e como meus pais não moravam na Coreia eu ficava a maior parte do tempo só em minha casa enorme.

Meus pais continuaram vivendo na Tailândia quando me casei, na época eles estavam prestes a perder nossa casa não tínhamos para onde ir e eu não conseguia arrumar emprego, até que conheci Bo Gum enquanto ele visitava o mesmo templo que eu costumava ir com os meus pais.

Acabamos conversando e ele ficou muito interessado em mim, tão interessado que pediu permissão aos meus pais para me ligar, não demorou para descobrirmos que ele era um homem rico, as conversas corriam rápido no templo.

Ele me mandava flores quase todos os dias com bilhetes e tudo, eu não podia negar que ele era um homem lindo, Bo Gum era alto e forte com um sorriso de tirar o fôlego de qualquer mulher, e claro, rico. A solução para todos os problemas meus e de minha família.

Mas eu não estava interessada em me casar, tinha acabado de sair da escola iria começar a trabalhar para realizar os meus sonhos de ser modelo, mas como eu faria isso se não tinha nem onde morar? então eu contei toda nossa situação pra ele, contei meus sonhos e minhas vontades mas infelizmente se eu me casasse com ele teria que deixar tudo isso pra trás, Bo Gum vinha de uma família tradicional da Coreia do Sul seus pais nunca aceitariam uma esposa modelo ou que trabalhasse em qualquer coisa, isso também impedia Jisoo de arrumar qualquer pessoa, assim que ela se casasse teria que abandonar a profissão que tanto amava e mesmo sabendo de tudo isso eu aceitei me casar.

Assim que nos casamos tudo que era dele virou meu também depois disso comprei uma casa grande e confortável para meus pais e me mudei com Bo Gum pra Coréia, deixei todos os meus sonhos enterrados na Tailândia junto do meu passado, junto da pessoa que eu mais amei lá também.

Eu não podia negar que tinha um carinho enorme por Bo Gum ele havia passado por cima de sua família para me dar um cargo na empresa e fazia de tudo para me ver feliz, mas eu não o amava não sentia atração física ou desejo, era cruel admitir que o via como um irmão, não como meu marido e mesmo não sendo culpa minha eu me sentia mal.

E eu tentava ao máximo ser uma esposa boa pra ele, e felizmente eu conseguia fazer isso sem muito esforço e tirando algumas coisas desagradáveis eu não podia negar que tinha uma ótima vida, tinha tudo que queria na hora que queria.

Esse era o meu destino, vivia o caminho que escolhi e sabia que esse caminho dificilmente faria curva.

All these years  •Chaelisa Onde histórias criam vida. Descubra agora