Meu pais

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Pov Lalisa Manoban

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Pov Lalisa Manoban

Bo Gum se sentou no sofá a minha frente, estava na nossa casa, era muito estranho entrar ali de novo depois de tudo que aconteceu, estava tudo no mesmo lugar ele não havia mexido em nada, e ainda usava aliança, eu não conseguia deixar de reparar nisso, e ele percebeu colocando as duas mãos no bolso do casaco preto que ele usava.

Ele parecia bem menos abatido, igual a mim, me resolver com Rose tinha me trago uma tranquilidade que eu não imaginava que só viria dela, não era só por Bo Gum que eu me sentia mal.

— Como você está?, tem cuidado da sua saúde?.

— Estou bem melhor, comendo de novo, a médica me passou algumas comidas que não aguçam o meu enjoo.

— Isso é muito bom, tem que estar forte para o bebê estar também.

— Sim, não se preocupe eu estou cuidando disso.

— Já contou para os seus pais?.

— Contei ontem, os dois estão. — Falei fazendo uma pausa. — Processando a informação.

Não deu para explicar toda aquela confusão por telefone, meus pais já estavam se preparando para vir pra Coréia, seria melhor para eles entenderem comigo explicando pessoalmente.

— Eu ainda não falei com os meus pais, eu conheço eles e você também você não pode passar por mais estresse agora.

— Você não precisa se preocupar com isso, quanto mais cedo meus pais e os seus souberem melhor vai ser para eles lidarem com isso no futuro.

— Você quer mesmo se separar?. — Eu ainda conseguia ver a dor em seus olhos ao falar aquilo. — Vamos ter um filho, um elo eterno entre nós dois.

— Bo Gum. — Falei respirando fundo e encarando os seus olhos. — Você não imagina o quanto eu desejei todos esses anos sentir o mesmo que você sentia por mim, não imagina o quanto eu chorei e a dor que eu senti durante esses dias, a prova é eu ter ido parar no hospital, eu não escolhi sentir nada disso, mas eu escolhi ser sincera comigo mesma e consequentemente com você também.

— Eu sei. — Ele apoiou o cotovelo nas pernas abaixando a cabeça, sabia que estava se segurando para não chorar também. — Eu vou ser sincero, ainda tenho esperança que você mude de ideia.

— Por favor Bo Gum, não faça isso com você mesmo, não é justo.

— Como vou conseguir superar isso, tendo um filho com você. — Ele não conseguiu segurar as lágrimas e eu também não.

Se instalou um silêncio doloroso, eu entendia o que ele queria dizer, e sabia que por mais que ele estivesse feliz com a gravidez ela significava que a vida de nós dois sempre estaria ligada, nada disso era justo, porque seria como olhar todos os dias para a lembrança do nosso divórcio, e pra ele seria como olhar para uma cópia minha, o amor da sua vida que ele nunca mais teria novamente.

All these years  •Chaelisa Onde histórias criam vida. Descubra agora