4. Não fode tudo (II)

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— Sabe que sou louco por você, Malu... — As mãos dele foram diretamente às minhas nádegas, apertando-as.

— Porra... — Abri o botão da calça dele, descendo o zíper apressadamente.

Dimitry pegou-me pelas nádegas enquanto cruzei as pernas em seus quadris, agarrando-me a ele, nossos lábios se encontrando ansiosos e enlouquecidos.

Ele me levou até a mesa de meu pai, pondo-me sobre ela enquanto o som de algumas coisas caindo no chão ecoava pela sala. Não ouvíamos quase nada dali, a não ser o som das conversas ao longe.

Dimitry abriu minhas pernas e puxou minha calcinha com habilidade, jogando-a para trás. Olhou-me com luxúria antes de umedecer os lábios:

— Você é minha, Malu.

— Me fode, Dimi... Agora...

— Primeiro com a língua, do jeito que você gosta...

— Rápido, Dimi... Seja rápido... — implorei, sentindo minha boceta clamar por ele.

Dimitri puxou meu corpo de encontro à sua boca, lambendo sem pressa minha boceta molhada, que clamava por seu pau majestoso. Deitei-me sobre a mesa, arqueando levemente as costas, num espasmo de prazer. Aquele desgraçado sabia exatamente como fazer eu enlouquecer por ele. A língua trabalhava de forma habilidosa e sem pressa, fazendo-me sentir sua saliva escorrer propositalmente.

Gemi quando um dedo circulou meu clitóris com força e minhas mãos foram para seus cabelos, que puxei sem dó:

— Não demora com esta porra! — reclamei.

— Sempre apressada... — Ele riu, ainda entre as minhas pernas.

— Não tenho culpa se seu pau se encaixa perfeitamente em mim... —provoquei, puxando os fios loiros com mais força, fazendo-o gemer de dor.

— Sua desgraçada gostosa... — Dimi levantou e fez-me sentar, enrolando os meus cabelos entre seus dedos e puxando-os com força, até que nossos rostos ficassem frente a frente. — Diz que vai sentir saudades de mim...

— Vou sentir saudades... Do seu pau! — Mordi o lábio, deixando-o possesso.

Dimitry abaixou a calça, junto da cueca, o suficiente para liberar seu pau. Retirou do bolso um preservativo e ajustou-o rapidamente na sua extensão. Abri as pernas e o senti entrando com força, sem piedade, me estocando como se o mundo fosse acabar naquele momento e sexo fosse nosso último pedido.

Fechei os olhos e pus as mãos por dentro de sua camisa, sentindo a pele de suas costas completamente lisa e o corpo magro e atlético, queimando como fogo.

Minhas unhas cravavam nas suas clavículas, deixando-o marcado, da forma como ele gostava. Nossas bocas se encontraram e os gemidos eram contidos no beijo depravado. Senti as gotículas de suor de Dimitry escorrendo por sua pele e gozei antes dele, incapaz de segurar mais um segundo.

Dimi seguiu me estocando, um pouco menos agressivo. Depois virou-me de costas, fazendo meus pés alcançarem o chão.

— Quer que eu goze de novo, gostosão? — provoquei.

— Agora é minha vez, sua safada. Do jeito que eu gosto... — Enfiou-se de novo, profundamente, fazendo-me gemer, tão molhada que o som de seu pau me fodendo ecoava pela sala.

— Não podemos demorar... — lembrei-o.

— Ele é melhor que eu, Malu?

Por que os homens sempre precisavam fazer aquela pergunta? Era tão importante para eles saberem que eram melhores de foda do que o companheiro ao lado?

E se eu dissesse que Dimi não era melhor que Robin estaria mentindo descaradamente. Não que Robin fosse ruim... Mas minha conexão sexual com Dimitry sempre foi perfeita.

— Você é o melhor, Dimi! — O deixei satisfeito, feito o líder da matilha.

Eu já tinha gozado e estava muito nervosa para conseguir chegar ao orgasmo pela segunda vez. Não lembrava de ter trancado a porta e a dúvida começou a me preocupar. E Dimitry não gozava nunca.

— Goza logo, porra! — reclamei, autoritária.

Era o que ele precisava para libertar-se por completo, a camisinha enchendo-se dentro de mim. O empurrei levemente para trás, com meu bumbum e agachei-me, pegando a calcinha jogada no chão, colocando-a rapidamente.

— Onde eu ponho isso? — Apontou para o preservativo.

Peguei a lixeira ao lado da mesa e abri a tampa, fazendo-o descartar ali mesmo:

— Depois eu ponho em outra lixeira, não se preocupe. Papai não virá ao escritório hoje... E nem amanhã. E não posso sair com isso atrás de um banheiro. Aliás, você quem deve se livrar desta porra e não eu — reclamei, ajudando-o a arrumar a camisa para dentro da calça.

Dimitry realmente tinha um cérebro de gelatina e não iria encontrar um lugar para descartar a camisinha. Arrumei meu vestido e estava com a mão na maçaneta da porta quando senti a dele, quente, sobre a minha. Virei na sua direção e encarei-o, ainda sentindo meu coração acelerado.

— Não aceito que seja nossa última foda — ele disse seriamente.

— Você pediu a última.

— Malu, você sabe que não consegue ficar sem mim.

— Dimi, foi sempre sexo. E você sabe disto. — Fui sincera.

— Sexo de boa qualidade.

— Ainda assim, "sexo"... Só isso.

— E quando eu sentir saudade?

Eu ri:

— Pensa em mim... E sabe o que fazer. — Pisquei.

Abri a porta e olhei pelo corredor, que estava vazio.

— Espera aqui um pouco e sai depois de mim, para não dar na vista. Não quero que ninguém nos veja juntos.

— Somos primos. Que mal tem? Sempre fomos muito "ligados".

— Fisicamente — falei séria.

— E emocionalmente.

Arqueei a sobrancelha:

— Não fode tudo, Dimi!

Saí sem olhar para trás, um pouco incerta se Dimitry estava conseguindo separar as coisas.

Por incrível que pareça, Heitor, Theo e Robin ainda falavam no meio da sala. E eu tinha certeza que era sobre negócios. Era exatamente isso que me irritava em Robin: falta de tempo para mim e noção de que a vida não era só ganhar dinheiro.

Entrei no meio do círculo que eles fizeram com seus corpos e meu pai pôs o braço sobre meus ombros:

— Onde estava, Malu?

— Eu... Fui ao banheiro. — Senti-me culpada e não olhei em seus olhos.

Robin pegou minha mão e tentou dar-me um beijo, mas recuei. Apesar de tudo eu tinha meus princípios. Não podia beijá-lo sendo que tinha acabado de beijar outro homem. Isso fazia eu não ser uma garota tão ruim. Ou não fazia diferença? Eu era uma vadia sem coração!

Minha tentação usa terno (A História de Maria Lua Casanova)Onde histórias criam vida. Descubra agora