descanso pós almoço.

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No carro tocava alguma música aleatória e a cidade estava muito mais calma do que eu esperava. 

Teto observava tudo ao seu redor com curiosidade, afinal para ele era uma cidade totalmente nova. Eu sorria observando isso, meu coração estava tranquilo, até demais para quem estava com um "desconhecido".

— Você vem muito pra Floripa? — Teto perguntou me observando enquanto esperávamos o semáforo abrir. 

— Um pouco, meu doutorado é aqui então no começo eu vinha mais, agora são mais visitas pontuais. — ele concordou. — Já tinha vindo aqui?

— A um tempo atrás fizemos um show aqui, mas fiquei só no hotel. Estou me aventurando hoje contigo. — ele fez um pose fingindo ser corajoso. 

— Tu não tem medo de dirigir onde não conhece? — questionei enquanto o carro voltava a andar. 

— Tenho um pouco de receio, mas estamos com seguro 100% e eu não queria te deixar presa em um quarto, a gente precisava sair para que tu pudesse aproveitar. — senti meu rosto esquentar. — E eu também.

— Me usasse como desculpa, então? — questionei rindo.

— A desculpa mais bonita que eu já tive. — sorriu de novo e me quebrou de novo. 

— Sávio, já já eu derreto de vergonha! — virei de lado e o encarei, ele riu alto enquanto estacionava o carro. 

— Se você quiser, eu posso parar, mas é a mais pura verdade. — desligou o carro e se virou para mim. — É uma bela desculpa e eu estou muito feliz em poder tê-la comigo durante esses dois dias.

— Não precisa... Eu me acostumo, eu acho. — sorri envergonhada. — Obrigada por me proporcionar viver isso, eu estava precisando. Nem eu sabia o quão estava precisando respirar fora da minha rotina, eu me afundo demais na rotina e esqueço de viver. 

— Eu imaginei... — ele pareceu parar para pensar. — Sabe, você foi meio aventureira de aceitar minha proposta. 

— Nossa, obrigada. Agora tu acabou de dizer que eu pareço desesperada! — cruzei os braços, fazendo drama. 

— Não foi isso que eu quis dizer! — ele me puxou na sua direção, me abraçando. — Se for assim, eu também sou desesperado! Eu te conheci e literalmente puxei pra minha rotina.  — ri abafada por estar com o rosto colado no seu peito. — Vamos aproveitar ao máximo isso e fingir que a segunda não existe, promete?

— Prometo! — ele levantou o mindinho e eu cruzei o meu fazendo promessa.

—Agora, bora comer burritos!!! — ele ergueu os braços em comemoração. 

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Entramos no restaurante e era um lugar lindo, todo com decoração temática. 

Teto pediu um lugar mais reservado e o garçom nos levou até o segundo andar, tínhamos a visão direta da rua, mas ainda assim era aqueles vidros de quem estava do lado de fora não poderia ver. 

Ele puxou a cadeira para eu sentar e depois se sentou. Fizemos nossos pedidos, segui as indicações dele de o que seria bom.

Durante o almoço, conversamos sobre a vida. Ele contou sobre como começou na música e eu lembrei de ter visto alguns vídeos dele na época que fazia lives.  Contei sobre a minha vida, como é ser professora e sobre várias outras coisas. 

— Nossa, depois desse almoço, eu amaria uma meia hora de sono! — ele falou enquanto voltamos para o carro. 

— Eu também, seria muito bom. 

Minha vida é um filme? || TetoOnde histórias criam vida. Descubra agora