Os curiosos se amontoam em volta da fita amarela , colocada pela polícia. De uma ambulância, um médico desce apressado carregando alguns equipamentos necessários para os primeiros socorros. Agachando próximo a vítima, o profissional coloca dois dedos no pescoço para verificar a pulsação da mesma . O seu olhar se encontra com um dos médicos.
- Está morta ! – o médico levanta do chão e fica observando o corpo por alguns instantes . Os ossos quebrados e os membros retorcidos , causam um certo incômodo no mesmo .
- O que aconteceu? – pergunta Emilly ao homem que acudiu Jenk e Mag .
- Eu comecei a ouvir gritos de desesperos – o homem começa o seu depoimento – junto com a minha esposa , vim aqui pra fora , pra ver o que estava acontecendo. Chegando aqui na calçada , eu vi as duas crianças paradas , chamando pelo nome Ashley . A jovem então, num piscar de olhos apareceu, na janela do segundo andar e se jogou – termina o homem com os olhos cravados na janela do quarto .
- Obrigada – a investigadora volta a sua atenção para o policial Quenn – Não deixe as crianças sair da viatura.
Em um andar calmo e sereno , a investigadora caminha em direção a sua casa . O cenário de destruição na entrada da casa , chama a sua atenção.
- Que isso – comenta Emilly observando os móveis arrastados , os quadros caídos , os diversos objetos destruídos no chão. O único objeto intacto é uma cruz pendurada no alto de uma parede – Cada dia que passa , as coisas ficam ainda mais estranhas .
A movimentação de policiais na casa é constante. Os diversos oficiais recolhem os objetos do chão, enquanto alguns procuram por alguma evidência que explique o que aconteceu . Um dos policiais para no alto da escada e observa a investigadora . Andando sobre os objetos quebrados , Emilly se depara com o oficial há encarando .
- Tudo bem Ray ? – indaga Emilly estranhando o seu comportamento.
No rosto do policial surge um leve sorriso. Olhando para aquele sorriso, a investigadora se assusta .
- Assim na terra como no inferno – o policial retira do seu coldre uma arma . Engatilhando sua arma , Ray realiza um disparo em direção da investigadora .
O disparo acerta em cheio a parede.
- Ficou maluco , Ray ! – um policial intervém.
Ray realiza diversos disparos em direção da Emilly e dos demais oficiais presentes na sala . A investigadora conseguirá se esconder há tempo , antes de ser atingida pelos disparos . O mesmo policial que havia intervido momentos antes, dispara contra Ray . Outros oficiais disparam contra o policial, que tem seu corpo alvejado por diversos disparos .
Os disparos cessam . A arma que está em sua mão vem ao chão. O seu corpo despenca escada abaixo .
- Emilly! – Quenn aparece portando a sua arma .
- Está tudo bem – tranquiliza a mesma .
- Eu ouvi os disparos – Quenn observa o corpo do oficial Ray morto no chão – O que aconteceu?
Para a surpresa de todos , o corpo do Ray começa a se movimentar estranhamente. Seus membros começam a se retorcer violentamente. Surpreendente seu corpo levita perante aos olhos de todos . A sua boca emiti um gemido agudo e grave . Segundos depois, o corpo vem ao chão novamente, como se nada tivesse acontecido. Ao ver aquela cena assustadora , Emilly decidi sair da casa . Percebendo seu estado emocional, Quenn sai logo em seguida para acudi-la.
- Tudo bem Emilly? – pergunta o oficial.
- Eu não sei – responde a mesma encostando sua cabeça na viatura onde está Mag e Jenk – Eu não sei o que está acontecendo.
- Calma – Quenn abraça Emilly – Tudo vai se esclarecer. As investigações estão em andamento pra isso .
- Parece que algo ruim , quer fazer mal pra mim e para as crianças – Emilly troca olhares com Jenk e Mag – Principalmente com o Jenk !
- Tudo isso é estranho mesmo – afirma Quenn receoso .
- Eu já sei – Emilly embarca na sua viatura – Preciso levar Jenk para um lugar , mas antes vou deixar a Mag com uma pessoa .
- Pra onde ? – pergunta Quenn
- Um lugar sagrado .
Acelerando a sua viatura , Emilly conduz o seu veículo pelas ruas da cidade . Com uma certeza em sua cabeça. Solucionar tudo o que está acontecendo.
Alguns momentos depois
O controle que está em suas mãos cai no chão, com o susto que acabará de levar .
- Quem será? – calçando sua pantufa de ursinho a mesma caminha em direção há porta .
- Oi ! – cumprimenta Emilly ao vê-la.
- Emilly ! – responde a mesma surpresa – Quanto tempo – seu olhar se encontra com das crianças – Mag ... E você quem é?
- Ele é o Jenk – comenta Emilly – Any, eu preciso de um favor seu .- Pode falar .
- Eu preciso que fique com a Mag , por um instante. Vou levar o Jenk em um outro lugar .
- Tudo bem – Any da as mãos para Mag – Eu cuido dela .
- Daqui a pouco eu estou de volta – responde Emilly entrando na sua viatura.
- Vamos comer alguma coisa – Any comenta – Tenho a sua guloseima preferida ... Bala de chocolate.Dirigindo a sua viatura, Emilly observa pelo retrovisor central o olhar triste e cabisbaixo do garoto. Alguns minutos depois conduzindo a viatura, a mesma chega em seu destino.
- Chegamos ! – Emilly avisa Jenk – Vamos ? – pergunta a investigadora dando as mãos para o garoto.
- Sim .
Subindo os poucos degraus da entrada do local , Jenk para de andar e observa os bancos da igreja.
- Porquê está olhando para os bancos ? – indaga Emilly.
- Eles não estão vazios – responde o garoto.
- Vamos andando – a mesma puxa o garoto pelas mãos .Os passos calmos e serenos de ambos param ao ver o que desejavam .
- Padre ? – chama Emilly.
- Emilly, minha querida – cumprimenta o padre – Oi garotinho , tudo bem ?
- Mais ou menos – responde Jenk – Às vezes me sinto bem , mas na maioria do tempo estou triste .
- O que você está sentindo no momento? – pergunta o padre .
- Medo .
- Medo – comenta o padre – Medo do quê?
- Medo dele .- Dele de quem ? – indaga o padre .
- Dele – aponta o garoto – Atrás de você.
Olhando para a direção que o garoto aponta , o padre apenas enxerga a imagem de Jesus Cristo crucificado . Porém, uma energia negativa ronda a imagem. Uma energia pesada .
- Que o mal desaparecerá e o bem prevaleça – o padre faz um sinal da cruz para se proteger espiritualmente. Colocando sua mão sobre a cabeça do garoto, o padre se prepara para iniciar sua reza – Em nome do pai , do filho , do espirito santo. Meu senhor, eu peço que proteja essa criança de todo o mal presente no mundo . Afaste o mal presente nesse local , não deixe que esse mal , leve a alma dessa criança. Amém!
- Tudo bem padre ? – pergunta Emilly ao vê-lo um pouco cansado .
- Tudo bem, só estou um pouco cansado – um singelo sorriso aparece em seu rosto – O Jenk está protegido .
- Obrigada padre .
De mãos dadas com o Jenk , Emilly caminha em direção da igreja . Do lado de fora da igreja , a investigadora embarca na sua viatura . O padre observa Emilly na viatura
- A morte é inevitável!
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O Culto do Diabo : A morte é inevitável
TerrorDepois de presenciar eventos traumatizantes e vivenciar situações assustadoras , o garoto Jenk é acolhido por um investigador. Na frente do caso , Nil e a oficial Emilly começam a perceber que tudo isso de brutal e misterioso que está acontecendo é...