Capítulo 13

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Os curiosos se amontoam em volta da fita amarela , colocada pela polícia. De uma ambulância, um médico desce apressado carregando alguns equipamentos necessários para os primeiros socorros. Agachando próximo a vítima, o profissional coloca dois dedos no pescoço para verificar a pulsação da mesma . O seu olhar se encontra com um dos médicos.

- Está morta ! – o médico levanta do chão e fica observando o corpo por alguns instantes . Os ossos quebrados e os membros retorcidos , causam um certo incômodo no mesmo .

- O que aconteceu? – pergunta Emilly ao homem que acudiu Jenk e Mag .

- Eu comecei a ouvir gritos de desesperos – o homem começa o seu depoimento – junto com a minha esposa , vim aqui pra fora , pra ver o que estava acontecendo. Chegando aqui na calçada , eu vi as duas crianças paradas , chamando pelo nome Ashley . A jovem então, num piscar de olhos apareceu, na janela do segundo andar e se jogou – termina o homem com os olhos cravados na janela do quarto .

- Obrigada – a investigadora volta a sua atenção para o policial Quenn – Não deixe as crianças sair da viatura.

Em um andar calmo e sereno , a investigadora caminha em direção a sua casa . O cenário de destruição na entrada da casa , chama a sua atenção.

- Que isso – comenta Emilly observando os móveis arrastados , os quadros caídos , os diversos objetos destruídos no chão. O único objeto intacto é uma cruz pendurada no alto de uma parede – Cada dia que passa , as coisas ficam ainda mais estranhas .

A movimentação de policiais na casa é constante. Os diversos oficiais recolhem os objetos do chão, enquanto alguns procuram por alguma evidência que explique o que aconteceu . Um dos policiais para no alto da escada e observa a investigadora . Andando sobre os objetos quebrados , Emilly se depara com o oficial há encarando .

- Tudo bem Ray ? – indaga Emilly estranhando o seu comportamento.

No rosto do policial surge um leve sorriso. Olhando para aquele sorriso, a investigadora se assusta .

- Assim na terra como no inferno – o policial retira do seu coldre uma arma . Engatilhando sua arma , Ray realiza um disparo em direção da investigadora .

O disparo acerta em cheio a parede.

- Ficou maluco , Ray ! – um policial intervém.

Ray realiza diversos disparos em direção da Emilly e dos demais oficiais presentes na sala . A investigadora conseguirá se esconder há tempo , antes de ser atingida pelos disparos . O mesmo policial que havia intervido momentos antes, dispara contra Ray . Outros oficiais disparam contra o policial, que tem seu corpo alvejado por diversos disparos .

Os disparos cessam . A arma que está em sua mão vem ao chão. O seu corpo despenca escada abaixo .

- Emilly! – Quenn aparece portando a sua arma .

- Está tudo bem – tranquiliza a mesma .

- Eu ouvi os disparos – Quenn observa o corpo do oficial Ray morto no chão – O que aconteceu?

Para a surpresa de todos , o corpo do Ray começa a se movimentar estranhamente. Seus membros começam a se retorcer violentamente. Surpreendente seu corpo levita perante aos olhos de todos . A sua boca emiti um gemido agudo e grave . Segundos depois, o corpo vem ao chão novamente, como se nada tivesse acontecido. Ao ver aquela cena assustadora , Emilly decidi sair da casa . Percebendo seu estado emocional, Quenn sai logo em seguida para acudi-la.

- Tudo bem Emilly? – pergunta o oficial.

- Eu não sei – responde a mesma encostando sua cabeça na viatura onde está Mag e Jenk – Eu não sei o que está acontecendo.

- Calma – Quenn abraça Emilly – Tudo vai se esclarecer. As investigações estão em andamento pra isso .

- Parece que algo ruim , quer fazer mal pra mim e para as crianças – Emilly troca olhares com Jenk e Mag – Principalmente com o Jenk !

- Tudo isso é estranho mesmo – afirma Quenn receoso .

- Eu já sei – Emilly embarca na sua viatura – Preciso levar Jenk para um lugar , mas antes vou deixar a Mag com uma pessoa .

- Pra onde ? – pergunta Quenn

- Um lugar sagrado .

Acelerando a sua viatura , Emilly conduz o seu veículo pelas ruas da cidade . Com uma certeza em sua cabeça. Solucionar tudo o que está acontecendo.

Alguns momentos depois

O controle que está em suas mãos cai no chão, com o susto que acabará de levar .

- Quem será? – calçando sua pantufa de ursinho a mesma caminha em direção há porta .

- Oi ! – cumprimenta Emilly ao vê-la.

- Emilly ! – responde a mesma surpresa – Quanto tempo – seu olhar se encontra com das crianças – Mag ... E você quem é?
- Ele é o Jenk – comenta Emilly – Any, eu preciso de um favor seu .

- Pode falar .

- Eu preciso que fique com a Mag , por um instante. Vou levar o Jenk em um outro lugar .

- Tudo bem – Any da as mãos para Mag – Eu cuido dela .

- Daqui a pouco eu estou de volta – responde Emilly entrando na sua viatura.
- Vamos comer alguma coisa – Any comenta – Tenho a sua guloseima preferida ... Bala de chocolate.

Dirigindo a sua viatura, Emilly observa pelo retrovisor central o olhar triste e cabisbaixo do garoto. Alguns minutos depois conduzindo a viatura, a mesma chega em seu destino.

- Chegamos ! – Emilly avisa Jenk – Vamos ? – pergunta a investigadora dando as mãos para o garoto.

- Sim .

Subindo os poucos degraus da entrada do local , Jenk para de andar e observa os bancos da igreja.

- Porquê está olhando para os bancos ? – indaga Emilly.

- Eles não estão vazios – responde o garoto.
- Vamos andando – a mesma puxa o garoto pelas mãos .

Os passos calmos e serenos de ambos param ao ver o que desejavam .

- Padre ? – chama Emilly.

- Emilly, minha querida – cumprimenta o padre – Oi garotinho , tudo bem ?

- Mais ou menos – responde Jenk – Às vezes me sinto bem , mas na maioria do tempo estou triste .

- O que você está sentindo no momento? – pergunta o padre .

- Medo .

- Medo – comenta o padre – Medo do quê?
- Medo dele .

- Dele de quem ? – indaga o padre .

- Dele – aponta o garoto – Atrás de você.

Olhando para a direção que o garoto aponta , o padre apenas enxerga a imagem de Jesus Cristo crucificado . Porém, uma energia negativa ronda a imagem. Uma energia pesada .

- Que o mal desaparecerá e o bem prevaleça – o padre faz um sinal da cruz para se proteger espiritualmente. Colocando sua mão sobre a cabeça do garoto, o padre se prepara para iniciar sua reza – Em nome do pai , do filho , do espirito santo. Meu senhor, eu peço que proteja essa criança de todo o mal presente no mundo . Afaste o mal presente nesse local , não deixe que esse mal , leve a alma dessa criança. Amém!

- Tudo bem padre ? – pergunta Emilly ao vê-lo um pouco cansado .

- Tudo bem, só estou um pouco cansado – um singelo sorriso aparece em seu rosto – O Jenk está protegido .

- Obrigada padre .

De mãos dadas com o Jenk , Emilly caminha em direção da igreja . Do lado de fora da igreja , a investigadora embarca na sua viatura . O padre observa Emilly na viatura

- A morte é inevitável!

O Culto do Diabo : A morte é inevitável Onde histórias criam vida. Descubra agora