Capítulo 9 - Golden Boy

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Spencer Reid.

Conan Doyle, realmente, foi um verdadeiro gênio, deixando um legado marcante que atravessou gerações com suas histórias de mistério e investigação. Seu icônico personagem, Sherlock Holmes, tornou-se uma inspiração para inúmeros outros personagens da literatura e do cinema. É curioso como algumas pessoas ainda acreditam que Holmes foi baseado em uma figura real.

Mais cedo, tive uma discussão por telefone com Manny sobre Agatha Christie e a influência que ela teve no gênero "quem-dunnit" - o famoso "quem foi o culpado" - que, na minha opinião, levou a um excesso de obras maçantes com a mesma abordagem. Agradeci por está longe, porque senti que ele teria me enforcado se tivesse por perto. Rio com esse pensamento quando viro a pagina do livro "O sinal dos quatro"

Manny andava bastante ocupado com seus planejamento escolares e e com o teatro, ele estava se dedicando muito a isso. Eu gostava de ver como é importante para ele incrementar na escola uma peça totalmente inclusiva. Eu gostava de ver a forma como ele ama lecionar.

- Então, Reid. - Morgan se senta a minha frente no jatinho, e tiro a atenção do livro para ele. - Como está isso?

- Mary Morstan é uma personagem intrigante. - respondo.

- Não o livro. Esse seu comportamento estranho e sigiloso. - o encaro sem responder. - Qual é, um tempo atrás você me pede conselhos, eu dou, e depois você some. Se você tem alguém novo importante na sua vida, eu gostaria de saber como essa pessoa é. Tem que ser alguém incrível para conseguir te acompanhar. - eu sorrio com seu comentário. Manny é sim uma pessoa incrivél. - Garcia me disse, ela diz que você tem agido um pouco estranho. Então apenas preenchi o resto, foi muito difícil não transmitir nada a ela, ele pega as coisas do ar.

- Não faço ideia do que está falando.- tento falar serio, mas sei que meu sorriso bobo me entrega.

- Eu sei que você está no jogo. - ele ri. Eu penso se deveria contar a ele. Ele já sabe de boa parte, e pelo jeito Garcia sabe de algo também. Mas o que ele acharia se soubesse que todas suas tentativas de me jogar para mulheres foi pura perda de tempo quando na verdade nem por elas me sinto atraído? Ele se sentiria enganado, por eu nunca ter sido sincero? E além de que eu e Manny estamos no começo de algo tão bom, não sei se quero compartilhar isso agora.

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Enquanto estávamos no apartamento de Manny, notei que ele estava notavelmente mais silencioso do que o habitual. Seus olhos pareciam distantes, indicando que ele estava presente, mas, ao mesmo tempo, sua mente parecia estar vagando por algum lugar distante. A atmosfera ao redor dele era calma, mas havia um toque de inquietação que não passou despercebido por mim.

- Você está mais quieto que de costume. - Digo e Manny olha para mim com um olhar pensativo e sorri levemente.

- Desculpe, estou apenas um pouco distraído hoje.

- Tudo bem? Se quiser conversar, estou aqui para ouvir.

- O aniversario da minha mãe é no próximo fim de semana. - fico atento, Manny já havia comentado que não se dava bem com sua família, e que seu pai faleceu a algumas anos, mas nunca entrou em detalhes. Nunca insistir. - Todo ano ela faz a festa, ela é a caçula dos irmãos, a única mulher. Meus  tios sempre fazem disso um grande vento naquele pequena cidade.

- As vezes eu esqueço que você é um menino do interior. - afago seu cabelo, fazendo carinho descobri que ele adora ficar deitado em meu colo, ou em meu peito como agora, enquanto acaricio seus fios. Manny tem muito apreço pelo cabelo - por sua aparência como um todo - sempre impecável, gostava de ser o único a bagunça-los, ele não se importava com muito coisa quando estava em meus braços. Gostava de ser eu que o deixava numa grande bagunça de suor e fios soltos.

Golden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora