Capítulo 12 - Halloween

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- Vamos, pretty boy, que está todo mundo louco pra voltar para casa. - Morgan joga os braços sobre meu ombro no exato momento que encerro a ligação com Manny.

- Vamos.

- Eai, com quem estava falando? - ele pergunta com um sorriso malicioso.

- Por que você é sempre tão intrometido?

- Por que você é sempre tão misterioso? - retruca rindo. Eu paro no caminho e ele se vira para mim. - O que foi?

- Morgan, eu queria te contar algo. - Ele sorri, e sinto como se ele já soubesse o que tenho a contar, seus olhos me encaram em expectativa.

- Estou ouvindo.

- Estou namorando. - Seu sorriso se alarga.

- Já não era hora. - Não sei se ele se referia ao meu namoro ou sobre eu contar. - Eu fico feliz por você, garoto. Só quero te ver feliz.

Me seguro para não revirar os olhos como jeito que ele me chama, mesmo sendo alguns anos mais novo que ele, eu não sou exatamente um garoto.

- Isso é um segredo? Por que está contando só a mim? Vai ser difícil segurar essa novidade de Penélope. - Rio.

- Queria te contar primeiro, acho justo depois de todas suas tentativas de me juntar com alguém e eu nunca fui sincero com você.

- O que quer dizer?

- Todas aquelas mulheres bonitas que me apresentava... nunca daria certo. - Admito.

- Você é um gênio, justo ser seletivo.

- Não... - aperto meus dedos tentando encontrar palavras para explicar.

- Reid. - Ele se aproxima mais sério e a voz mais suave - Não precisamos fazer isso. Não precisa achar que me deve alguma justificativa. Eu que te peço desculpas por sempre te empurrar a isso e nunca perceber que te deixava desconfortável. Eu fui um idiota maior. - Ergo a sobrancelha concordando, meio surpreso pela sua resposta.

- Então você sabe.

- Com todo aquele papo de conselho amoroso, e sempre se referindo como "a pessoa". Por favor, respeita minha história. - brinca. - Tudo que me importa é que ele seja um cara bacana que te trate bem.

- Ele é. - sorrio.

- Ótimo. Posso saber o nome do corajoso que te roubou o coração? - ele aperta o dedo em meu ombro e me viro envergonhado. - Qual é, um nome não é pedir muito. Você anda muito misterioso.

Não era isso, sabia que assim que dissesse o nome a chacota viria.

- Manny.

- Manny...- ele repete pensando. - Não é um nome estranho... calma. Como Manuel Chapman? - ele pergunta e rio confirmando.

- Sim

- Seu nerdizinho, o professor de Alexandria? Sério? - ele leva a mão a boca chocado. – Entendo, se bem me lembro dele, você tem bom gosto, por essa eu não esperava.

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Na noite seguinte, conheci Sophia. Ela era bonita e jovem, com cachos rebeldes e bem definidos em seu cabelo. Ela abriu um sorriso acolhedor quando me apresentei. Originalmente, tínhamos planejado sair para jantar, mas mudamos de ideia e decidimos ficar no apartamento deles. Manny, e sua fraqueza por vinhos, nos leva perder as contas de quantas garrafas tomamos, exceto por Sophie. Mike, como eu já sabia, se tornava muito mais receptivo quando bebia. Sophia irradiava energia e tinha uma aura artística forte.

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