III - Revelações E Conflitos

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- Para isso, eles irão precisar do DNA das duas espécies - disse meu pai, seu tom grave ecoando na sala como um alerta.

- Mas como vamos saber quem é a pessoa mais jovem dos Microstos? - perguntou Jack, seus olhos fixos em meu pai, buscando respostas.

- Pai... lembra da garota que eu esbarrei há duas semanas? - perguntei, a ansiedade crescendo em mim.

Meu pai balançou a cabeça, concordando, mas o ar estava pesado de tensão.

- E se ela não for a pessoa mais jovem? - eu continuei, o coração acelerando a cada palavra.

- Mas para isso, ela teria que ser filha de algum Microst... - meu pai me olhou, a expressão mudando para uma mistura de surpresa e preocupação.

- Tyler! - exclamamos ao mesmo tempo, a conexão chocante nos atingindo como um raio.

Meus amigos nos olharam, completamente confusos.

- O que tem o Tyler? - perguntou Jason, franzindo a testa, seu olhar de dúvida evidenciando sua confusão.

- Ai, merda! - Jack gritou, seu rosto palidamente alarmado.

- Puta que pariu! - Arthur gritou, os nervos à flor da pele.

Karin e Jason se entreolharam, claramente perdidos em meio à nossa frenética troca de palavras.

- Gente, eu sou meio lerdo, que porra tá acontecendo? - perguntou Jason, o desespero começando a se infiltrar em sua voz.

- A garota... - comecei, mas fui interrompido.

- É filha do Tyler! - disse Arthur, a revelação causando um frêmito na sala.

- O quê?! - gritou Jason, agora parecendo um pouco mais alerta, a ficha finalmente caindo.

- Olha, isso é loucura! Por que um serial killer teria uma filha? - questionou Karin, a incredulidade evidente em seu tom.

- Qualquer um pode ter filhos, Karin! - disse Arthur, como se isso resolvesse a situação, mas a tensão só aumentava.

- Mas ele não é qualquer um, Arthur! Você ouviu o Max. Essa espécie é literalmente composta por assassinos. Se a pessoa nasceu assassina, o filho também nasce! - argumentou Jack, a frustração crescendo em seu rosto.

- Mas como vamos convencer ele de que a filha dele corre perigo? - Karin perguntou, olhando para nós como se buscasse uma solução mágica.

- Se Tyler descobrir não vai hesitar em nos matar - alertou Jason

- Não vamos convencê-lo. A última pessoa do mundo em quem Tyler confiaria sou eu - respondeu meu pai, seu tom grave quebrando qualquer esperança de um plano simples.

- Como você sabe disso? - perguntou Jason, sua desconfiança crescendo.

- Há muito tempo, nós tentamos matar um ao outro. Eu quase o matei, mas antes que pudesse ver-

- Ele disparou uma bala de prata - completei a frase, a lembrança do nosso confronto aterrador ainda fresca em minha mente.

- É. - Meu pai olhou para mim, o peso de suas palavras pairando entre nós.

- Como você sabe de tudo isso, pai? - perguntei, desejando mais informações que pudessem nos ajudar.

- Eu pesquisei muito sobre essa espécie, Agatha. Muito. Sei seus pontos fracos e fortes - disse meu pai, sua voz carregada de urgência.

- Quais são os pontos fracos deles? - perguntei, a curiosidade me consumindo.

- Platina. Também é um metal - respondeu meu pai, mas o tom de sua voz indicava que ele sabia que essa informação poderia não ser suficiente.

Agatha - Capítulo UmOnde histórias criam vida. Descubra agora