CAPÍTULO 7 | FAMILY LINE (PART.1)

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(POV BRIANNA GRACE)

Meu corpo afunda na maciez do colchão, minha respiração errática. Ok, Hank Voight pode ser velho para algumas pessoas, mas ainda sabe o que faz. Uma pequena risada escapa da minha boca enquanto beijos suaves são depositado na minha nuca até o começo das minhas costas

— Quer saber de uma coisa? — Um arrepio percorre minha espinha quando o hálito de Hank toca minha pele — Nunca pensei que iria gostar de quebrar uma regra — Sua mão vai para meus quadris, tocando minha pele nua — Especialmente uma das minhas.

— E eu — digo devagar, virando-me para ele — Nunca pensei ouvir você dizer isso — Entrelaço minhas pernas nas deles e apoio minha cabeça em um dos meus braços.

Honestamente, nunca em um milhão de anos, eu imaginaria que um dia estaria tendo uma conversa de travesseiro com meu chefe. Principalmente o chefe sendo Hank Voight, o sargento mais durão de Chicago. Tenho certeza de que todos os policiais da cidade já ouviram falar das coisas que ele fez, as boas e as ruins, e todos têm algum nível de respeito por ele, mesmo que por medo.

Fico tão perdida em meus pensamentos que levo um pequeno susto quando Hank se aproxima do meu rosto e beija meus lábios em um rápido selinho. Um sorriso tímido se forma em meus lábios. Já se passaram algumas semanas desde que começamos a nos ver casualmente, e ainda me sinto um pouco estranha quando Hank é carinhoso. É como se ele fosse uma pessoa totalmente diferente quando estamos sozinhos. E provavelmente eu também, embora ainda esteja com um pé atrás. Eu não acho que isso vai se tornar algo mais do que é e, eu não posso e vou me machucar novamente.

Hank levantou colocando uma calça de moletom e, enquanto ele faz isso, olho as horas no meu celular. Suspiro aliviada, ainda é cedo, então posso ficar mais um pouco. Mas eu deveria? Quero dizer, eu quero, porém não sei se deveria. Eu sempre vou depois que transamos, talvez não imediatamente, mas nunca fiquei mais do que alguns minutos. E Hank nunca me pede para ficar, então isso deve significar que ele realmente não se importa, certo?

Eu rapidamente me levanto da cama procurando minhas roupas. Encontro minha calcinha aos pés da cama, a visto e volto a procurar pelo resto das peças.

— Vou terminar de me vestir — termino de colocar o sutiã que encontrei em algum lugar do quarto — e chamar meu uber ou.... Valeu — Pausa a sentença e agradece quando Hank me passa uma camisa xadrez. Olho para a roupa em minhas mãos surpresa, pois essa não pertence a mim. — O que..?

— Não precisa ir correndo toda vez que nos encontramos, Brianna. —Encaro o homem à minha frente, sentindo um misto de surpresa e timidez. Talvez eu estivesse errada — Se vista e me encontre lá embaixo

Ele se vira para sair do quarto, mas para antes de abrir a porta.

— Você pode vestir suas roupas se isso te deixar mais confortável. — Hank faz uma pequena pausa antes de continuar — Embora eu prefira você na minha camisa.

E então ele abre a porta e sai. Me deixando sem reação alguma. Eu definitivamente não esperava por isso.

Levei alguns minutos para voltar aos meus sentidos. Eu olho para o pedaço de tecido em minhas mãos. Era uma camisa xadrez verde, como as que ele usa para trabalhar às vezes. Posso sentir o perfume de Hank impregnado na peça e, sem pensar, a coloco perto do nariz, inalando seu perfume.

Deus! Este homem cheira bem. Eu poderia ficar assim por muito tempo, porém tenho que me vestir e descer. Rapidamente visto a camisa e a abotoo. Antes de sair, termino de procurar minhas roupas e as deixo em cima da cama, assim não demoraria tanto para me trocar ao ir embora.

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