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Sorri diante dos flashes disparados em minha direção. Mesmo sentindo meu astigmatismo dando sinal de vida e minha pupila dilatando diante do contato direto com aquele tipo de claridade excessiva, continuei sorrindo e fazendo algumas poses. Como estou atrasada, é normal toda a atenção dos fotógrafos e paparazzis do evento estar focada em mim.
Catarina, como a responsável por minha produção para a noite de premiação da MTV, se aproximou para ajustar alguns detalhes do meu cabelo e roupa. Sentindo a ansiedade tomando conta da minha mente, olhei em volta, buscando a entrada para o salão onde os prêmios já estavam sendo distribuídos.
— Só mais um vídeo e você já vai poder ser liberada pra assistir a premiação, amiga. Eu prometo. – a garota de tranças vermelhas sussurrou, em uma tentativa de me acalmar
— Isso é tão louco. – murmurei, ainda me sentindo ansiosa. Ri, incrédula, ao me dar conta da volta radical que minha vida tinha dado no último ano.
Deixei que minha amiga me guiasse até onde a produção do evento já me esperava com mais câmeras e ultra luzes potentes. O fotógrafo explicou que gravaria um pequeno vídeo para uso de divulgação em redes sociais de cada indicado aos prêmios.
Dessa vez, eu estava nas indicações. A vida é uma montanha russa mesmo.
Os minutos passaram torturosamente até que tivessem o material perfeito. Assim que fui liberada, segui até o final do corredor, com Catarina ao meu encalço, tentando verificar se sua obra de arte no meu rosto e cabeça ainda estavam intactos; porém, aquela não era a minha maior preocupação no momento.
Uma vez dentro do salão lotado de pessoas, sorri ao ouvir a categoria anunciada pelos apresentadores. Aparentemente, eu não estava tão atrasada.
— E o prêmio de álbum do ano, vai para... – todo aquele suspense me fez ter a sensação de que vomitaria à qualquer momento. — Matuê, com o álbum 333.
Arregalei os olhos, em êxtase. Gritei e aplaudi, assim como a maioria presente no local, a diferença era que, provavelmente, eu era a mais feliz pelo ganhador do prêmio. O assisti subir no palco, sorrindo, parecendo um pouco envergonhado. Ou talvez ainda estivesse incrédulo, afinal, aquilo abriria muitas portas para nós.
— Rapaz, né que é verdade mesmo? – ele riu, erguendo o prêmio. — Esse prêmio é o resultado de todos esses meses que passamos internados no estúdio. Só nós sabe o corre que foi. Um salve pra galera da 30, amo vocês, rapaziada. E um salve pra minha esposa, uma das maiores responsáveis por tudo isso. Esposa, eu te amo. E eu sei que esse é só o primeiro prêmio da noite que ela vai trazer pra nós.