Laço de Alfa e Ômega

3 - O cortejo

Lucius lacrou a última carta e enviou pela sua coruja, que saiu pela janela aberta de seu escritório. A porta abre e Narcisa entra por ela, com um vestido preto colado, um salto preto e os cabelos presos em um rabo de cavalo, ela segurava a bolsa em sua mão e tinha um manto transparente sob os ombros. 

- Você ainda não está pronto? - ela bufou irritada - Lucius, vamos nos atrasar

- Para que Narcisa? - ele disse a olhando com tédio

- Nosso jantar, vamos logo.

- Não vou sair para jantar com você. - ditou - Eu quero que você assine a porcaria do papel

- Eu não vou assinar divórcio nenhum, você não vai ficar com aquela criança! - foi até a mesa e bateu com a bolsa nela - Agora você vai levantar daí e me acompanhar para o nosso jantar

- Não vou - se levantou, irado - Você irá assinar o divórcio, por bem ou por mal

- Vai me bater?

- Não vou sujar minhas mãos, não bato em mulheres.

- Você não me toca mais, não me beija, não fala comigo direito, o que é que está acontecendo com você Lucius!

- Nunca irei encostar em você, fiz isso uma vez pois fui obrigado, para ter Draco, então não se iluda. - ele disse enojado

- Se depender de mim você nunca vai ficar com a bruxinha ômega

- Você não vai se meter no meio da minha relação, e se for preciso, eu vou levar esse caso ao Ministério para pedir sua prisão por tentar atrapalhar o laço de alfa e ômega.

Narcisa piscou surpresa , como se se lembrasse sobre a importância do laço, então ela se recompôs e saiu da sala. Lucius se deixou cair na cadeira de novo e viu uma carta aberta em cima da mesa, era de Maya. Ele deu um pequeno sorriso bobo, voltando a sentir o toque da menor em seu rosto, como se ela estivesse o fazendo agora. Ele observou a letra dela, era bonita e pequena, e a forma que ela assinava suas cartas era diferente, ela escrevia seu primeiro nome todo, mas os sobrenomes ela abreviava em somente a inicial. Maya G. M. Lucius viu outra carta, era do pai de Maya, Stanley Molina, nela dizia que o homem gostaria de encontrá-lo para conversar sobre o laço que unia Lucius e Maya, o Malfoy nunca ficou tão nervoso para responder uma carta. 

Duas corujas entraram pela janela, uma delas sendo a de Draco, e outra era do Ministério da Magia. Ele não esperava receber uma resposta tão rapidamente assim, mas ao abrir a carta Lucius percebeu que era apenas uma intimação para um encontro com o Ministro, então ele não tardou a se levantar, vestir o paletó e usar o Flú para ir até o Ministério. Lucius foi levado para a sala do Ministro rapidamente, este já o esperava.

- Senhor Malfoy, acabei de receber sua carta, por sorte já havia te enviado uma coruja antes. - ele se levanta para cumprimentá-lo - Sente-se.

- Bom, o que precisa?

- Vamos falar sobre a sua carta. O senhor disse nela que achou sua ômega, e por isso que se divorciar da senhora Malfoy.

- Exatamente. 

- Entendo, acredito eu que o senhor já tenha os papéis.

- Sim, mas Narcisa se recusa a assiná-los. 

- Isso é um absurdo, ela deve saber que tentar interferir em uma relação de laços é crime. O senhor gostaria que eu enviasse uma intimação para ela?

- Seria uma ajuda e tanto. Pretendo resolver isso o mais rápido possível para que eu possa estar perto da minha ômega

- Certo, então farei isso hoje mesmo. Quanto a carta que eu lhe enviei, foi para resolvermos sobre o julgamento do jovem Mcmillan. O julgamento dele está marcado para fevereiro, mas os pais dele entraram com um pedido para que ele ficasse solto nesse meio tempo, tanto para passar os meses restantes com a família, quanto para continuar estudando. Como o senhor veio até mim para pedir que isso não fosse feito, eu lhe chamei aqui para debater sobre isso, os pais do Mcmillan estão na sala de reunião no aguardo.