Capitulo 04: Amigas

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— Você estava me esperando?

Involuntariamente, senti um sorriso tomar meus lábios e eu abaixei a cabeça, com medo que ela talvez vê-se minhas bochechas rubras.
Que merda foi essa? Por que estou sorrindo?!

— É... foi um saco ficar trancada aqui, mal tinha o que fazer. E se eu fosse para o lado de fora, iria me perder de novo — fechou o livro e o colocou ao seu lado, soltando os travesseiro e se sentando na cama.

— Se perder de novo? — pergunto.

— Mais cedo, quando você fechou a porta na minha cara. Estava no tédio e decidi andar um pouco, pensando que conheceria as ruas daqui igual a palma da minha mão, mas lembrei que tenho péssima memória para isso— se levantou e colocou os travesseiro no lugar e depois foi a vez do livro — Foi a maior dificuldade pra achar você. Mas... enfim. Me diz como foram suas aulas.

Eu deveria ter um assunto tão tranquilo com um demônio? Um demônio que pode me matar a qualquer momento em um estalar de dedos... Tanto faz, se acontecer alguma coisa, acontece.

— Foi bom... — franzi meus lábios, incerta se deveria conversar mesmo com ela — Você não vai nem acreditar se eu contar!

Foda-se se ela é um demônio, um anjo, dane-se. Uma fofoquinha não mata ninguém. Me sentei na cama e bati na mesma para ela se sentar e ouvir melhor.

— Conta! — ela praticamente se jogou no espaço vago ao meu lado.

— Minha melhor amiga, Chaeyoung, ela tá apaixonadinha na bonitona da cantina, que com certeza tem um namorado — Momo não pareceu tão chocada quanto eu fiquei quando soube que ela estava gostando da Myoui.

— E elas tem um caso? — perguntou, pareceu até esperançosa para isso.

— Acho que não... Nunca vi Mina retribuir os olhares que Chaeyoung dava pra ela — deitei no mesmo lugar que estava — Mas quem sabe elas tenham um caso — dei de ombros.

— Quantos anos essa garota tem? — abraçou o travesseiro de gato.

— dezoito, o aniversário dela já tá chegando mesmo — joguei meus braços pro alto — Argh... que cansaço... As aulas estão matando minha coluna...

Os olhos de Momo brilharam — Sou boa em massagens, eu poderia fazer uma em você!

— Não sei se posso confiar... — ela fez cara de cachorro pidão — Você tá parecendo uma tarada assim.

— Ei! Eu tô me oferecendo dessa forma e é assim que sou tratada? — nega com a cabeça e eu ri nasal.

— Okay...— sorri e depois fechei a cara e apontei o dedo na cara da mesma — Mas nada de gracinhas!

Ela levantou as duas mãos pro alto — Calma, tá comigo, tá com Lúcifer!

— Eu tô com medo agora — me encolhi pra trás.

— Tire a blusa — pediu, me deixando boquiaberta com o pedido e eu segurei a blusa contra meu corpo — Não o que você tá pensando, sua pervertida.

— Vai que, né... — suspiro e ela solta uma risada escandalosa, e, querendo ou não, eu acabei sorrindo por isso.

Subi minha blusa até metade da barriga e olhei para Momo, a mesma me olhava atentamente. Bixa safada... Fiz um sinal para que ela se virasse e, contra gosto, me obedeceu. Terminei de tirar a blusa e me deitei de barriga para baixo na cama, deixando apenas minhas costas expostas e depois pude ouvir um suspiro da outra.

— E-ei, Dahyun... tu-tudo bem se eu... e
a-abrir o seu... — ela gaguejava, e mesmo estando de costas, senti que ela provavelmente estaria mais vermelha do que eu.

Antes que o Relógio Bater 00:00, Eu Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora