A informante

NOVE

ATENÇÃO! ESSE CAPÍTULO CONTÉM MENÇÃO DE ABUSO SEXUAL E USO EXPLÍCITO DE DROGA. SE VOCÊ NÃO SE SENTE CONFORTÁVEL POR FAVOR NÃO LEIA ESSE CAPÍTULO!

— Ela precisa vir comigo. — Joseph disse, mas, ao perceber a reação resistente de Halstead, Joseph respirou fundo. — Ela precisa vir comigo e depois você precisa escondê-la. Ela está correndo perigo.

Halstead não se sentia seguro. Tudo falava que ele não devia deixá-la ir, mas por outro lado, havia uma voz falando que ela deveria ir ou então estragaria o disfarce de Geórgia. Era como se tivesse dias vozes em seu ouvido e ele não sabia qual escutar.

— Onde ela está? — Joseph perguntou quebrando o silêncio.

— No meu quarto. — Halstead respondeu e Joseph arregalou os olhos.

— Oh...Não sabia que vocês eram algo. — Halstead olhou para Joseph e percebeu o desgosto em suas palavras e seu corpo tenso.

— Não somos. — Halstead limitou-se. Embora Joseph fosse um dos seus informantes ele ainda era um bandido e Halstead não tinha certeza em onde a sua lealdade se deitava. — Ela está dormindo.

Geórgia não estava dormindo, a mulher escutava tudo através do quarto do detetive e ao ouvir o que Halstead havia dito para Joseph ela sentiu uma forte pontada em seu coração. Talvez ela teria confundido as coisas e aquele beijo significou algo somente pra ela. Talvez ele só a beijou para controlar ela. Talvez Halstead não era o homem que Geórgia pensava que era.

— Claro, então, eu preciso levá-la comigo. O chefe está suspeitando dela. — Joseph explicou para Halstead. — Ele quer que ela vá até onde ele está, para conversar.

— Você tem certeza? Apenas conversar?

— Sim.

— Eu acho que essa decisão depende de mim não? — Geórgia saiu do quarto de braços cruzados e encostou na parede. Halstead olhou para a loira e não pode evitar de admirar a mulher. — Vocês dois estão decidindo a minha vida e nem se importaram em perguntar para a dona dela o que ela quer fazer.

Halstead e Joseph ficaram surpresos com o tom de voz de Geórgia, a loira parecia irritada e Halstead queria saber o porque ela estava irritada.

— Eu vou com você. — Geórgia disse. — Não tente me impedir. — Ela disse direcionada para o Halstead.

— O que está acontecendo? Porque você está brava? — Halstead perguntou confuso.

— Eu estou cansada de todo mundo fazendo decisões sobre a minha vida. Só isso. — Halstead sabia que não era isso mas preferiu não irritar a loira mais do que já estava irritada. — Vamos Joseph.

Joseph e Georgia saíram do apartamento de Halstead e entraram no carro. Geórgia respirou fundo e Joseph somente a observava. Ele percebeu que a loira estava brava e frustrada e ele sabia o porquê.

— Você ouviu, não ouviu? — Geórgia olhou para o amigo e revirou seus olhos. Ela precisava se acalmar. — Qual é Geórgia!

— Sim eu ouvir! E sim não estou feliz com o que eu escutei. Está feliz? — Joseph nunca havia visto Geórgia com raiva daquele jeito, algo que Halstead falou a deixou muito brava e ele sabia qual parte da conversa que ela escutou e não gostou.

— Então vocês eram algo?

Geórgia apenas acenou com a cabeça respondendo que sim e virou para a janela. Joseph percebeu que ela não queria conversar sobre aquele assunto e não forçou mais a loira.

Halstead subiu as escadas que levava para a inteligência completamente confuso com que havia acontecido em seu apartamento. Geórgia saiu extremamente brava com o policial e ele não sabia o motivo. O policial sentou em sua mesa, respirou fundo e começou o seu trabalho.