I could lie, say I like it like that, like it like that

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Niall

Assim que passei pela porta de embarque senti vontade de dar meia volta e beijar Zayn de um jeito que ele jamais iria esquecer, mas como ele mesmo disse nós somos melhores amigos e é por isso que eu vou sentir a falta dele. E não porque ele tem a senha pra me desconfigurar inteiro, nunca me apaixonei por ninguém, nunca ninguém teve o poder de me destruir tão facilmente como Zayn aparenta ter.

É tão fácil ler todos os sinais e as entrelinhas, e me mata saber que existe a possibilidade dele me desejar tanto quanto eu o desejo. Mas meu jeito de levar a vida é um obstáculo pra que isso aconteça, não sei ser de outra pessoa, e o que tenho a oferecer pra ele... simplesmente não é o suficiente. Deixei que algumas lagrimas escapassem quando o piloto anunciou que iriamos decolar, eu poderia dizer que gosto desse jeito, que o nada é melhor as vezes talvez Zayn e eu sejamos pra sempre um nada porque quando ele for embora no outono ele vai voltar pra vida dele, então sim. O nada é o melhor que temos.

Cheguei em Nova York pouco depois das 20hrs, enquanto pegava minha mala senti meu celular vibrar mas não peguei por medo de perde a bichinha de vista o que quase aconteceu por pouco. No lado de fora estava aquela chuvinha chata de verão que era forte o suficiente pra transformar a cidade em um verdadeiro caos, nem cogitei a possibilidade de chamar um Uber então só peguei um dos taxis que ficam na porta do aeroporto, dei o endereço do Hotel que minha mãe me hospedou porque é obvio que ela faria uma coisa dessas. Levou uma hora até lá, eu estava cansado e com fome tudo o que eu queria era um banho e uma cama quentinha pra assistir alguma coisa.

- Bem-vindo ao Hilton, Sr. Horan seu quarto fica no 15 andar quarto 1523 – a recepcionista me entregou a chave, sorrindo jogando todo seu charme pra mim

- Obrigado – sorri cansado sem energia pra flertar com alguém, me escorei na parede do elevador sentindo o metal gelado em meus braço enquanto atendia o telefone – Acabei de chegar, mãe – massageei as têmporas me preparando pra algum tipo de drama

- Nós poderíamos jantar juntos...se você não estiver muito cansado – aquele era o tom que ela usava toda vez que levantava a bandeira branca depois de uma briga

- Eu adoraria

- Mas...

- Nada, eu só preciso de um banho antes e posso te encontrar – disse assim que passei pela porta do meu quarto desejando muito só me jogar na cama e ficar ali por tempo o suficiente pra minhas costas doerem e eu me levantar pra tomar banho

- Tudo bem meu amor, você pode descansar – essa é a merda sobre a situação com a minha mãe, seu tom de voz doce e compreensivo sempre me acalmavam – Amanhã teremos um dia cheio, tem um restaurante que eu gostaria de te levar

- Te vejo amanhã

- Eu te amo querido – algo na voz dela me dizia que ela queria muito que eu dissesse de volta e que fosse verdadeiro e não por obrigação

- Também te amo

Como o planejado eu fiquei jogado na cama encarando o teto por longos dez minutos até minha barriga roncar, pedi uma pizza e fui tomar banho. A água deslizando pelo meu corpo levando toda tensão junto com ela, então a intensidade daqueles olhos avelã brotaram como magica no fundo da minha mente, o que me lembrou que eu precisava responder as mensagens que ele me mandou e ligar pra Harry. Enrolei uma toalha em volta da cintura e tirei uma foto e sem pensar muito postei no story "qual é a boa hoje NY?" mesmo sabendo que eu não iria pra lugar nenhum além de minha cama, não esperei muito pela minha pizza que chegou bem a tempo.

Me esparramei na cama com a caixa de pizza, uma garrafa de cerveja e um milhão de cobertas quentinhas e confortáveis feitas de nuvens, coloquei Brooklyn 99 pra rodar ignorando as mensagens que não pararam de chegar, tinham umas 5 do Zayn, duas do Liam, três do Louis e umas 15 do Harry. Na metade do episodio de halloween da segunda temporada meu telefone tocou.

The Sky's Blue Next To YouOnde histórias criam vida. Descubra agora