Agora me deito pra dormir
Rezo a Deus pra guardar minha alma
Seu eu morrer antes de acordar
Rezo a Deus para levar minha alma
- Nightmare; HalseyEverything is Grey ───────────
Em um universo monocromático, são conhecidas como "Mono" as pessoas que não são capazes de ver as cores e assim, observam seu arredor atrás dos diferentes tons de preto, cinza a branco.
Com isso, da mesma forma que existem as almas gêmeas, no universo Mono não seria diferente. Todo Mono possui a sua Sonda, pessoas destinadas a acionar as cores no mundo de escalas cinzas, quando encontradas.
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Para Choi Jongho, a vida com cores era uma incógnita. Vindo de uma família com muitos Monos, já havia escutado histórias sobre a existência das "Sondas", mas agora, estando prestes a fazer 21 anos, achava que seria impossível achar a sua. Tendo em vista o fato de toda sua família ter achado seus parceiros relativamente rápido. Muitas vezes, antes de completarem a maioridade.
Contudo, sua vida não era mil maravilhas. Ao mesmo tempo que queria sim a descoberta da sua própria Sonda, os receios devido ao passado faziam com que o mesmo recuasse de qualquer mínima tentativa de interagir com qualquer outra pessoa. Tudo isso, causado pelo seu progenitor, recusava-se a chamá-lo de pai, o que causou a maior desgraça na vida de sua mãe.
Até os seus 7 anos de idade, conviveu com a melodia de gritos e choros da sua mãe enquanto a mesma brigava com seu pai, ou melhor.. Ele brigava com a mesma, tudo isso, girava em torno do fato de: Sua mãe era uma Mono e ele não era a sua Sonda. Porém, tudo piorou quando aos 10 anos, foi tirado de sua mãe e começou a morar com sua tia, essa, que nunca lhe disse qual fim sua mãe havia tido.
Agora, tudo o que lhe resta, são as lembranças sobre a mesma e os relatos contados pelos seus parentes, esses, que tentavam sempre animar a sua vida desde o ocorrido. No entanto, mesmo com tantos esforços, o único momento a qual ele se sentia feliz, era quando sua cabeça, ainda traumatizada pelo ocorrido, se entorpecia em meio às drogas.
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Se tornou um dependente químico muito novo e os únicos momentos sombrios que tinha, era quando se trancava no quarto que até então pertencia a sua mãe e observava a arte que havia em cima da cama da mesma. Todavia, como consequência do péssimo amadurecimento do trauma vivido, não que esses fossem sintomas próprios de uma depressão mas, as auto mutilações eram frequentes e o gosto metalizado acabava sendo diariamente experimentado.
Ao se olhar no espelho, se sentia ainda mais deprimido. Os cabelos zoneados, as pupilas jogadas, as roupas, tudo era cinza, trazendo assim um sentimento ainda menos acolhedor para o ambiente observado pelo reflexo. Ele estava tão desprovido de dor, mas devido a sua vivência, não achava que aquilo representava algo além. Isso era triste.
Entretanto, sua vida deu uma reviravolta no momento em que saía de casa para fazer algumas compras e apareceu para si um garotinho simples, de cabelos pretos, uma delicada marca de nascença um pouco abaixo dos olhos e apenas um ano mais velho que si, esse que apenas passava próximo a sua casa. A respiração do mais novo pareceu parar assim que pôs os olhos sobre o garoto, esse que se aproximava aos poucos da moradia, tornando assim, seu primeiro encontro com o mesmo um completo desastre.
Ao tentar chegar mais perto, tentando-o alcançar, estendeu a mão para o mesmo, mas a distância parecia só aumentar. Algo que aos poucos foi sendo explicado, à medida que sua visão ia escurecendo e percebia o corpo não muito musculoso chegar cada vez mais perto. A causa? O choque com a quantidade de cores que apareceu para si apenas de observá-lo de longe.
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Quando acordou, tudo havia voltado ao habitual. Os tons de branco, preto e cinza voltaram a fazer parte da sua rotina, o único problema causado era algo denominado de "Obsessão". A ideia fixa e persistente de conhecer quem era aquela pessoa, que havia posto cores a sua vida corroía as veias do Choi, ele queria, não.. Ele precisava de mais daquela sensação colorida.
Ainda aterrorizado com os pensamentos e obcecado com o garoto desconhecido, por ele ter o permitido ver cores, decidiu por tentar evitar o jovem ao que todas as lembranças anteriores apareceram em sua mente. Apesar disso, a dúvida que pairava na sua mente era "Eu deveria mesmo perseguir, ou melhor, ir atrás dele e me aproximar?".
Tendo sua cabeça a todo vapor, decidiu pegar alguns de seus remédios para dormir e tomá-los todos de uma vez. Na tentativa de afastar os pensamentos e talvez, se Deus estivesse ao seu favor, o fazer morrer antes de acordar, levando assim sua alma, e todos os pesadelos vigentes dos acontecimentos passados.
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┆ Notas da Autora┆
✧ Já peço desculpas pelos capítulos curtos dessa FourShot! Os capítulos serão um pouco resumidos em relação ao desenvolvimento do casal, mas tentei escrevê-los da melhor forma.
✧ Mesmo que seja uma ideia antiga, espero que vocês gostem.
✧ Vejo vocês no próximo cap ♡
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𝐂𝐨𝐥𝐨𝐫𝐬 - 𝐉𝐨𝐧𝐠𝐒𝐚𝐧𝐠
Fiksi Penggemar📓 ❝ Concluído ❞ 📓 Em um mundo Monocromático, são conhecidos como "Mono", as pessoas que vivem em uma espécie de mundo paralelo, onde não são capazes de ver as cores, Choi Jongho era uma delas. Um garoto cheio de traumas e vícios, que ao chegar ao...